sexta-feira, 28 de março de 2008
Jean-Marie Balestre morre aos 86
Jean-Marie Balestre, ex-presidente da FIA, morreu nesta sexta-feira (28) aos 86 anos de idade, na França.
Balestre comandou a FISA (Fédération Internationale du Sport Automobile) de 1979 a 1991 e a atual entidade máxima do automobilismo mundial entre 1986 e 1993, antes de passar o bastão para Max Mosley, que dirige a FIA até os tempos atuais.
Ainda é desconhecida a causa da morte do ex-dirigente, que ficou conhecido entre os brasileiros como a pessoa que impediu o tetra do Ayrton Senna, já que admitiu a exclusão do então piloto da McLaren do GP do Japão de 1989 para ajudar o compatriota Alain Prost.
Balestre trabalhou como agente secreto da Resistência Francesa na Segunda Guerra Mundial. Seu envolvimento com os carros começou logo após o fim do conflito beligerante, quando foi o responsável pelo lançamento da revista "Auto-Journal".
Foi um dos fundadores da FFSA (Féderation Française du Sport Automobile) em 1950. Em 1961, tornou-se o primeiro presidente da IKC, a Comissão Internacional de Kart da FIA. Na década de 70, subiu à presidência da FFSA (1973) e da FIA (1978), que se transformou em FISA um ano depois.
Balestre foi o primeiro a bater de frente com Bernie Ecclestone, então líder da FOCA (Formula One Constructor's Association) pelo controle da F-1. Bernie comandava a queixa dos times menores, que eram deixados de lado na questão financeira, sobretudo em relação à Ferrari, Renault e Alfa Romeo.
Sem encontrar solução com Balestre, Ecclestone, auxiliado por Mosley, resolveu criar um campeonato paralelo organizado pela WFMS, algo como Federação do Automobilismo Mundial. A primeira corrida da categoria de Bernie foi um fracasso, e parte dos times que dela participaram resolveram voltar ao Mundial da FISA.
Após boicotes a corridas, tentativas de acordo, ameaças entre pilotos, ficou estabelecido que a FOCA (hoje FOM) cuidaria da área comercial da F-1, enquanto que a FISA determinaria os regulamentos técnico e esportivo.
Balestre foi um dos pioneiros na questão da segurança na F-1, implementando os "crash tests". Levantando tal bandeira, impediu o uso dos motores turbo a partir de 1989.
Mas seu maior ato como presidente envolveu aquela que é tida como a maior rivalidade da história da categoria. Balestre definiu o título de Prost naquele ano ao desclassificar Ayrton Senna do GP do Japão de 1989. Alegou que o brasileiro, após ser fechado pelo francês na chicane do circuito de Suzuka, utilizou um caminho proibido para retornar à pista. Anos mais tarde, Ballestre confessou a manipulação para privilegiar o compatriota, tirando o que seria o segundo título de Senna.
A atitude levou Max Mosley a concorrer à presidência da FISA. O atual mandatário ganhou de Balestre, e assumiu o controle da entidade em 1991. Jean-Marie tentou voltar em 1993, mas novamente perdeu a eleição, e resolveu ficar apenas com a presidência da FFSA — até 1996.
Fonte: Grande Prêmio
Balestre comandou a FISA (Fédération Internationale du Sport Automobile) de 1979 a 1991 e a atual entidade máxima do automobilismo mundial entre 1986 e 1993, antes de passar o bastão para Max Mosley, que dirige a FIA até os tempos atuais.
Ainda é desconhecida a causa da morte do ex-dirigente, que ficou conhecido entre os brasileiros como a pessoa que impediu o tetra do Ayrton Senna, já que admitiu a exclusão do então piloto da McLaren do GP do Japão de 1989 para ajudar o compatriota Alain Prost.
Balestre trabalhou como agente secreto da Resistência Francesa na Segunda Guerra Mundial. Seu envolvimento com os carros começou logo após o fim do conflito beligerante, quando foi o responsável pelo lançamento da revista "Auto-Journal".
Foi um dos fundadores da FFSA (Féderation Française du Sport Automobile) em 1950. Em 1961, tornou-se o primeiro presidente da IKC, a Comissão Internacional de Kart da FIA. Na década de 70, subiu à presidência da FFSA (1973) e da FIA (1978), que se transformou em FISA um ano depois.
Balestre foi o primeiro a bater de frente com Bernie Ecclestone, então líder da FOCA (Formula One Constructor's Association) pelo controle da F-1. Bernie comandava a queixa dos times menores, que eram deixados de lado na questão financeira, sobretudo em relação à Ferrari, Renault e Alfa Romeo.
Sem encontrar solução com Balestre, Ecclestone, auxiliado por Mosley, resolveu criar um campeonato paralelo organizado pela WFMS, algo como Federação do Automobilismo Mundial. A primeira corrida da categoria de Bernie foi um fracasso, e parte dos times que dela participaram resolveram voltar ao Mundial da FISA.
Após boicotes a corridas, tentativas de acordo, ameaças entre pilotos, ficou estabelecido que a FOCA (hoje FOM) cuidaria da área comercial da F-1, enquanto que a FISA determinaria os regulamentos técnico e esportivo.
Balestre foi um dos pioneiros na questão da segurança na F-1, implementando os "crash tests". Levantando tal bandeira, impediu o uso dos motores turbo a partir de 1989.
Mas seu maior ato como presidente envolveu aquela que é tida como a maior rivalidade da história da categoria. Balestre definiu o título de Prost naquele ano ao desclassificar Ayrton Senna do GP do Japão de 1989. Alegou que o brasileiro, após ser fechado pelo francês na chicane do circuito de Suzuka, utilizou um caminho proibido para retornar à pista. Anos mais tarde, Ballestre confessou a manipulação para privilegiar o compatriota, tirando o que seria o segundo título de Senna.
A atitude levou Max Mosley a concorrer à presidência da FISA. O atual mandatário ganhou de Balestre, e assumiu o controle da entidade em 1991. Jean-Marie tentou voltar em 1993, mas novamente perdeu a eleição, e resolveu ficar apenas com a presidência da FFSA — até 1996.
Fonte: Grande Prêmio
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2 comentários:
Não tem jeito, falou Balestre, o que me vem a cabeça é o episódio do GP da Japão, nada mais de bom que ele tenha feito interessa!!
e bem lembrado pelo Stik, o Senna deve estar aguardando ansiosamente a chegada dele lá....
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