quinta-feira, 31 de maio de 2012
Boa para brasileiros, época de Senna na F1 não era competitiva como hoje
A torcida brasileira ainda se recorda com carinho das manhãs de domingo em que acordava para assistir Ayrton Senna na Fórmula 1. Principalmente contra Alain Prost, Senna sempre proporcionou grandes e polêmicos duelos na busca pelo título. Mas, em termos de competitividade, o campeonato de 2012 tem mostrado muito mais emoção do que naquela época, informa o site de esportes do portal IG.
No Grande Prêmio de Mônaco do último domingo, Mark Webber se tornou o sexto piloto a vencer em seis corridas na temporada, algo inédito nos 63 anos da categoria. E o recorde pode aumentar, já que Lewis Hamilton e Kimi Raikkonen, por exemplo, já deram mostras de que também podem brigar por vitórias.
A prova em Monte Carlo também deixou claro o equilíbrio da temporada de outra forma: a diferença entre o primeiro e o sexto colocado ao final do GP foi de apenas seis segundos. Nas décadas de 1980 e 1990, ao contrário, não era incomum o vencedor dar voltas em quase todos outros pilotos do grid.
No GP de San Marino de 1991, por exemplo, Senna, que venceu a corrida, chegou a completar um giro em cima de Jyrki Jarvilehto, o terceiro colocado. Ele ainda deu quatro voltas no 10º colocado, algo impensável nos dias de hoje. Vale lembrar que Alain Prost venceu dois GPs, em 1985 e 1986, dando volta inclusive em cima do segundo colocado.
Um pouco dessa competitividade atual se deve também ao bom desempenho das equipes médias do grid. A Sauber, com Sergio Pérez e Kamui Kobayashi, é um exemplo de time que já chegou a brigar pelo topo em 2012. As únicas equipes, das 12 que competem, que não pontuaram até a sexta prova são as nanicas Caterham, Marussia e HRT. Entre os anos 1980 e 1990, era comum ver a temporada com 20 equipes no ano, com apenas metade delas pontuando durante toda a temporada.
Décadas passadas ficaram marcadas pela disputa entre poucos pilotos
Ao contrário de hoje, a “Era Senna” tinha como característica a disputa pelo título entre poucos pilotos, muitas vezes da mesma equipe. No ano de estreia do brasileiro, em 1984, o campeonato ficou concentrado no duelo entre Niki Lauda e Alain Prost, na briga interna da McLaren. Em 1985, Senna começou a chegar às vitórias, mas nenhum piloto alcançou a McLaren de Prost no campeonato. O francês manteve a hegemonia da equipe inglesa em 1986 e, no ano seguinte, a Williams de Nelson Piquet e Nigel Mansell comandou.
Em 1988, ano do primeiro título de Senna, a briga interna com Prost foi intensa e interessante, mas deixou o restante do campeonato em segundo plano. Naquele ano, apenas uma prova não foi vencida pela dupla da McLaren, um recorde negativo da Fórmula 1. Dali até 1991, os dois se mantiveram em um constante revezamento no topo.
Depois disso, a categoria viu hegemonias de carros como os da Williams no início da década de 1990, da Benetton de Michael Schumacher, da McLaren de Mika Hakkinen, até voltar a Schumacher, já na Ferrari, no início dos anos 2000. Depois veio a Renault, com Fernando Alonso, e, nos últimos anos, a Red Bull de Sebastian Vettel.
Em 2012, entretanto, é impossível falar em favoritismo de alguma equipe. Apenas a Red Bull conquistou duas vitórias no ano até agora e lidera o Mundial de Construtores. Entre os pilotos, porém, o líder é o ferrarista Fernando Alonso. A Ferrari, entretanto, é apenas a terceira colocada entre as equipes. McLaren, Mercedes e Lotus também aparecem bem na disputa.
Para os brasileiros, os anos de Piquet e Senna fazem falta. Até porque, mesmo com a disputa equilibradíssima em 2012, os pilotos do país não aparecem na briga por vitórias. Felipe Massa e Bruno Senna ocupam apenas a 14ª e a 13ª colocação no Mundial e o máximo que conseguiram foram sextos lugares em corridas. Para os fãs de automobilismo, no entanto, a temporada atual está com a dose perfeita de emoção e equilíbrio e já pode ser considerada uma das melhores de todos os tempos.
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3 comentários:
linda foto!!!
Igor a foto não esta linda porque tem dois carros vermelhos poluindo a imagem.
Até tem sentido a análise, mas só não tá melhor pq não tem o Senna. (hehehehehe....)
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