terça-feira, 11 de agosto de 2009

NOVA COLUNA: RETROVISOR

Boa noite caros leitores.

A partir de hoje está no ar uma nova coluna neste blog, a coluna RETROVISOR, que trará a vocês acontecimentos interessantes ocorridos em data similar a de cada dia da postagem desta coluna.

E começamos lembrando do falecimento do piloto Tazio Giorgio Nuvolari ocorrido em 11 de Agosto de 1953.

Mas a lembrança desta data tem uma justificativa, pois não poderia eu vos falar da morte deste piloto sem antes contar um pouquinho de sua brilhante e marcante trajetória no automobilismo.

Tazio Giorgio Nuvolari (Castel d'Ario, 16 de Novembro de 1892 — Mantua, 11 de Agosto de 1953) foi um piloto italiano de motos e automóveis.

Aos 13 anos, em Castel d'Ario, estava a olhar para a moto do seu tio e este disse-lhe: "Se quiseres, empresto-a". Era uma brincadeira, mas não para o pequeno Tazio! Andou horas à volta da máquina, e numa manhã, não resistiu e montou nela. Contato, partida, mudanças... e a máquina arrancou aos trancos. Mas Nuvolari endireitou-se, acelerou... e aprendeu sozinho a pilotar.

Em 1915, com 23 anos, obteve a lincença de piloto de moto, mas é chamado ao Exército. Em 1917 casou-se numa cerimónia civil com Carolina Perina.

Finalmente, correu oficialmente pela primeira vez em 20 de Julho de 1920, em Cremona e a primeira vitória surgiu em 20 de Março de 1921, em Verona. Nessa altura conhece o ainda piloto Enzo Ferrari.

Sempre em motos Bianchi 350cc, nome da equipe a qual o contratou rapidamente após descobrir seu talento, ganha o GP da Europa em 1925, o GP das Nações por 4 vezes, entre 1925 e 1928, e o Circuito de Lario por 5 vezes, entre 1925 e 1929.

Seria campeão italiano, mas nos treinos do GP de Monza sofreu um acidente que resultou em duas pernas quebradas. Após terem engessado suas pernas os médicos lhe aconselharam a deixar as corridas. No dia seguinte entrou na corrida amarrado a sua moto, pediu aos mecânicos que o segurassem na largada e o agarrassem na chegada.

A lenda de Tazio Nuvolari teve início nesse dia, quando ele ganhou a corrida.

Começou a correr em automóveis em 1924 aos 32 anos de idade.

Em 1927 formou sua própria equipe comprando dois automóveis Bugatti 35BS junto a seu amigo e sócio Achille Varzi, mais tarde seu grande rival. Conhecido também por "il mantovano volante"(o mantuano voador).

Correu por varias equipes, entre elas aAlfa Romeo, Ferrari e Maserati.

Em 1932 Gabriele D'Annunzio presenteou Nuvolari com um emblema, uma tartaruga de ouro contendo a seguinte dedicatória:
"Para o homem mais rápido do mundo, o animal mais lento". Tazio considerou essa peça como um amuleto de boa sorte e passou a usá-lo em seu macacão. E também como seu símbolo.

Ao longo dos anos de competição, desenvolvera problemas respiratórios crônicos que então se manifestavam. Os médicos proibiram-no de correr novamente.

Mas, nada o segurava.

Algumas semanas depois estava em Genebra para o GP das Nações, onde usava uma máscara sobre o nariz e a boca, e assim se passaram outras competições em que o piloto aparecia pilotando com uma só mão para que pudesse segurar um lenço, que ao final das corridas estaria sujo de sangue. Em outra ocasião terminou a corrida sentado em cima de um saco de laranjas, solução improvisada para amortecer os impactos dentro do carro devido a quebra da suspensão.

É improvável que aqueles que estiveram presentes no GP de Albi de 1946 soubessem ou suspeitassem que estavam assistindo à última vitória de Nuvolari, então já com 53 anos. Deve ter sido impactante, porém, vê-lo desmaiar logo após receber a bandeira quadriculada. Durante a prova, o piloto inalara mais fumaça do que podia suportar.

Em 15 de abril de 1950 disputou sua última prova e infelizmente em 1952 teve um derrame que paralisou seu lado esquerdo, privando-o de uma morte mais nobre.

Morreu em 11 de agosto de 1953, em Mântua, e foi enterrado com seu capacete de corridas e seu volante preferido. O cortejo foi visto por toda a cidade.

A Itália enterrava um de seus maiores ídolos da época.

Estima-se que entre 25000 a 55000 pessoas tenham assistido ao seu funeral, cujo cortejo se prolongava por 1 milha (1,6 km). O caixão foi colocado em cima de um chassis, acompanhado por Alberto Ascari, Luigi Villoresi e Juan Manuel Fangio.

Nesse dia, Enzo Ferrari disse: "Como ele, não nascerá mais nenhum."
o seu túmulo está escrito: "Camminerai più veloce per le vie del Cielo".

Esse texto foi baseado em várias matérias que li na net.
Espero que tenham gostado.
Até a próxima.


Carolina Loli

4 comentários:

Igor * @fizomeu disse...

uma nova coluna...
uma nova colaboradora..
uma bela história...
começou bem, adorei!!!

Marcos - Blog da GGOO disse...

Caraca véio, que história!!
Não tinha lido ainda sobre ele.
O cara era louco de pedra mesmo.
Belíssimo começo da nova colunista.
Te cuida hein, Roque!!

Rodrigo Lopes disse...

Coluna SENSACIONAL!!! Parabéns Carolina!!!

o Cara era louco mesmo... teria dado um belo integrante da GGOO!!!

Prof. Augusto Roque disse...

Parabéns Carol, seja bem vinda.

O texto fantástico e a vida deste cara, maluca.

Mas os apaixonados pela velocidade, são sempre loucos.

Parabéns mais uma vez!