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* Por
Teo JoséQuando iniciei meus primeiros passos no automobilismo, costumava cobrir provas de Turismo regional aqui em Goiás. Tinha bastante, como por exemplo, a Copa Centro Oeste. Também frequentava os kartódromos de Goiânia e Anápolis e nos dois casos, com dezenas de pilotos e até público. Depois veio a Fórmula 200, sucesso total, mais de 30 pilotos e corridas com até três, quatro mil pessoas assistindo. Bons tempos.
Agora por aqui tem Kart, Rali e um recém criado Centro Oeste de Turismo, que pouca gente sabe existir, com grid magro para duas praças.
Nas últimas semanas andei conversando com alguns pilotos, estes de regionais e fiquei ainda mais assustado com a situação, a inércia e a fome de dinheiro das federações. Claro, que não vou generalizar diria que a maioria e neste caso a de Goiás está inserida.
Fazer kart quase todas fazem, tem muitos pilotos, muitas inscrições, muitas carteirinhas pagas. Rali também é interessante por este motivo. Quem elege os presidentes são os clubes, a mesma pessoa ou laranjas tem mais de um e quase sempre gente ligada diretamente ao presidente e nunca são fiscalizados para saber se estão em ordem.
O papel de uma federação é também realizar eventos, mas hoje não se preocupam. Isto dá trabalho e responsabilidade. Na cabeça dos cartolas mexer com piloto e preparador é complicado. Se expor na imprensa também, tem desgaste. O melhor é pegar o dinheiro de inscrição de kart e rali e tudo bem.
Inventaram também em muitos estados o tal festival de arrancada. Você pega o seu carro e leva para um autódromo e sai arrancando. Claro depois de pagar inscrição. Na verdade estes tais festivais - aqui tiro os organizados e com campeonatos estabelecidos, como por exemplo, Paraná - só servem para destruir autódromo e encher os bolsos das federações.
Aliás, para onde vai o dinheiro de carteirinha e inscrição. Geralmente vão bradar, damos a infra-estrutura pronta. Qual? Pessoal de sinalização e comissários desportivos? Em provas regionais os comissários raramente recebem algo e equipe de sinalização, já foi o tempo de termos, pelo menos aqui, uma profissional.
Falta muita coisa ao automobilismo. Apoio de leis diretas, iniciativa privada querendo investir, melhores autódromos, categorias de base. Mas falta principalmente gente que queira fazer algo e não colocar alguma coisa nos bolsos. Falta gente competente e comprometida com esporte, isto é o que precisa.
Também seria bem legal que o ministério público investigasse os clubes existentes, os que dão direito de voto para muitas pessoas ocuparem o cargo de presidente. Neste país não existe só o futebol e as coisas feitas de forma errada também não estão só no futebol.
2 comentários:
isso mesmo, téo josé... as federações agem mais ou menos como a band faz com sua cobertura da f-indy... não estão nem aí!!!
E como não há quem fiscalize a federações, impondo regras e cobrando os resultados, atitudes e principalmente fazendo-as prestar conta de todo esse dinheiro arrecadado, a coisa continua na "lesma lerda".
Já falamos nesse tipo de assunto desde o começo desse blog e cada vez mais gente, inclusive os mais fomosos do ramo, vem falando a mesma coisa.
Mas e aí, o que mudou até agora?
Quando é que as federações vão cumprir com suas obrigações?
Então...
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