* Por Flavio Gomes
Olhem esse interessantíssimo vídeo da Sky Sports, a emissora que transmite a F-1 para a Grã-Bretanha, que ajuda a entender o domínio da Mercedes neste início de temporada.
Martin Brundle explica, e “concerteza” nessas horas um ex-piloto ajuda muito na análise desta F-1 que em 2014 atingiu níveis de sofisticação técnica raramente vistos em competições de automóveis. A Mercedes fez uma coisa simples e, aparentemente, genial. Separou o compressor de ar do turbo da turbina, colocando o primeiro na frente do motor, conectado á turbina por um eixo. O compressor, assim, trabalha sob temperaturas mais baixas, e os intercoolers alocados nas laterais dos carros, que resfriam o ar que é devolvido ao motor, podem ser menores.
A disposição pouco comum desses dois elementos também reduz o “turbo lag”, aquele tempinho quase imperceptível entre enfiar o pé no acelerador e ver a potência sendo despejada no motor. E dá a possibilidade de construir laterais dos carros em tamanho menor, reduzindo o arrasto aerodinâmico. E, ainda, permite que a caixa de câmbio seja deslocada um pouco mais para a frente, melhorando a distribuição de peso do carro e trazendo o centro de gravidade mais para o meio do chassi. De quebra, a porção traseira da carenagem pode ser mais estreita, melhorando, adivinhem, a passagem dos fluxos de ar.
O vídeo é bem didático e dá para compreender bem o princípio mercêdico. Claro que todos os carros que usam esses motores devem ter sistemas parecidos. O que explica a sova que da marca alemã está aplicando sobre Renault e Ferrari no quesito unidades de força.
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