Muitas das vezes poucos gestos significam muito mais do que uma grande ação, assim começou a história do GP Brasil de 1999. Numa época em que a venda de ingressos era dificultada ao extremo, você só podia comprar diretamente na bilheteria do autódromo, uma ação mercadológica salvou aqueles tiveram dificuldades de adquirí-los.
Em uma ação inédita até então, a Petrobrás que acabara de ingressar na F-1, colocou um pacote especial de ingressos à venda na sua rede de postos de combustíveis. Ao comprar o ingresso, você ficaria em um setor exclusivo (setor E), com direto a lanche no local e ainda por cima ganhava um Kit composto por uma camiseta verde, um protetor auricular, uma almofadinha para se sentar e uma capa de chuva...tudo isso por apenas R$ 120,00. Sorte dos atrasadinhos que puderam comprar esta opção de ingresso com inúmeras vantagens, principalmente de acesso.
Mais uma vez a Prefeitura de São Paulo colocava à disposição dos aficcionados brasileiros um sistema de transporte dito inteligente. Dito porque esqueciam de ensinar o caminho de Interlagos para os motoristas, então a viagem do metro república até a pista sempre rendia muitas risadas do pessoal ensinando o melhor caminho para se chegar. Como cada um sabe uma forma diferente de se chegar, muitas vezes os próprios passageiros se atrapalhavam e confundiam as bolas, o que gerava uma reclamação enorme dos demais e muitas risadas quando o motorista não se conformava com o trabalho.
Desta forma só conseguimos chegar ao setor E por volta das 9 horas da manhã na expectativa de ver Rubens Barrichello correr. Nos treinos ele deu um show à parte, contra as Mclarens do outro planeta, Rubinho conseguira o 3º tempo, mas devido à equipe em que ele estava e seus desempenhos anteriores pouca gente acreditava numa possível zebra, mas neste dia os raios intensos de sol indicavam uma coisa diferente. Surpresas estavam para acontecer.
E começaram a acontecer logo na largada, com Coulthard ficando parado e Barrichello largando bem pulando para o segundo lugar. Arquibancada em festa, gritos, ansiedade. Ninguém tirava o olho da pista...de repente a surpresa, Hakkinen fica lento, parece que a marcha certa não entrou e Rubinho passa para primeiro. De um circuito de F-1, Interlagos vira um estádio de futebol com 75 mil pessoas gritando sem parar o nome de Barrichello.
Um vibração sem tamanho, olhares incrédulos, uma alegria sem fim, algo impossível de descrever, será que era o dia? - alguns perguntavam...mas esta festa toda durou 19 voltas. O tempo de Barrichello parar nos boxes. Depois disso, ao voltar atrás de alguns pilotos que não haviam parado ainda, teve tempo para realizar novas ultrapassagens, com arrojo e coragem, reascendendo a vibração da galera. Ele chegaria facilmente no pódium, porém a sorte não acompanha Rubinho em seu GP local, e o resto está registrado na história...
3 comentários:
e 10 anos depois, essa zica em interlagos vai acabar... ah se vai!!!
Amém!!
Caprichem na encomenda de velas pretas, pois além do Butão, vamos ter q zicar outros pra isso ficar mais fácil!
cacete me lembro como se fosse hj eu estava lá no portão G na reta oposta qdo o rubinho passou a maclaren foi tesão! eu tinha 11 anos lembro que na saida do autodramo tinha uns gringos falando ''hakinen hakinen'' ai meu irmão falo ''hakinem o caralho maluko '' uhhusauhsauhsa
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