Tudo pronto para o GP Brasil de 2001. Ingressos comprados e a esperança de ver Rubens Barrichello vencer pela primeira vez no seu país natal faz com que uma verdadeira multidão invadisse Interlagos vestida de vermelho.
Após a sua primeira vitória e da sequência de bons resultados no final da temporada de 2000, esperava-se que ele pudesse fazer uma grande corrida e, por fim, acabar com o jejum que tanto o incomodava.
Mas tudo conspirou contra Rubinho no sábado, em nenhuma das 12 voltas em que ele tinha direito ele conseguiu encaixar aquela perfeita, aquela que fizesse vibrar a galera, aquela que animasse todos e incentivasse a aquele verdadeiro fervor que foi em 1999, resultado 8º no grid e uma ponta de frustração.
Chegou domingo, e pra quem gosta de corrida é o dia em que tudo acontece. Cinco horas da manhã todos de pé, últimos lanches sendo preparados, a ansiedade vai tomando conta de todos. Seis e pouquinho, todos à postos hora de sair e pegar os ônibus (ainda não eram oferecidas as vans) com destino a Interlagos.
As surpresas começaram ao entrar no ônibus e perceber que o motorista não sabia direito o caminho, para ajudar um argentino se prontificou...resultado, fomos parar na avenida errada. As risadas e as insatisfações e xingamentos tomavam conta enquanto uma outra pessoa resolveu assumir o controle da situação e tentar acertar os rumos com o auxilio dos demais passageiros. Mais insatisfação e a impaciência foi tomando conta de todos.
Mas tudo dá certo e tempos depois estávamos lá desembarcando na porta do Setor G que, por algum motivo tinha uma fila monstruosa que dava 2 voltas entre o portão do Kartódromo e o Portão 7. Muitos furavam fila, os vendedores ambulantes aproveitavam para vender capas de chuvas e outras "pechinchas" para inglês ver.
E nesse tempo, algo inesperado aconteceu. Uma vontade incontrolável de ir ao banheiro se fez presente e com o afunilamento da fila o desespero foi tomando conta e, com isso, o suor foi aparecendo. Suando frio não havia outra alternativa a não ser torcer para que a fila andasse o mais rápido possível, tarefa difícil já que a PM fazia um verdadeiro pente fino nas revistas. Quanto mais nos aproximávamos da entrada, mais incontrolável ficava a situação.
Enfim passamos pela revista e ao entrar, ao invés de corrermos para a arquibancada, o banheiro foi o seu destino. A sorte é que nessa hora os banheiros ainda estavam limpos e o papel higiênico estava mão, o alívio foi a melhor sensação do mundo naquele momento.
Passado o susto, voltamos a nossa atenção para a corrida e novas emoções aconteceriam. Na volta de verificação, antes do alinhamento para o grid o carro de Barrichello apresenta um sério problema. Nas arquibancas ninguém entende nada, Rubinho corre, a equipe corre, o narrador global reza, todos torcem, faltam 15 segundos para os boxes fecharem, o ronco da Ferrari toma conta de Interlagos, a galera vibra...a chance estava de volta na mesa. Veio a largada, os acidentes, a ultrpassagem clássica de Montoya sobre Schumacher...e o resto é história.
2 comentários:
Corto meu pescoço, mas não falo quem era o cagão dessa estória!!
Mas o segredo é esse, ir no banheiro na entrada, pq depois.....
essa coluna fede!!!
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