* Por Humberto Corradi
Terceira vez.
A Red Bull fatura mais um título de construtores e Sebastian Vetell se coloca como
o piloto a ser batido.
E agora?
O que esperar da Fórmula 1 em 2013?
Mais do mesmo?
O pessoal do energético quer assim.
Por isso não fez mudanças.
O time é bem entrosado.
Dinheiro não falta.
Tanto que tem até filial.
Sendo assim, como não sonhar com o tetra?
E ainda tem a estrela Adrian Newey.
Algum problema no reino da alegria?
Somente Mark Webber.
O australiano, que está em casa se recuperando da cirurgia na perna, acha que pode
ser melhor que Vettel.
Não sei se disse isso sob o efeito da anestesia.
Tudo bem.
Nada que Christian Horner não possa contornar.
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A Mercedes é um caso especial.
Quer brigar por títulos.
O sucesso na Fórmula 1 faz parte dos planos da Daimler.
Para entender.
Depois que assumiu a direção da empresa, o turco Dieter Zetscher vem acabando com
toda a diversificação que havia no negócio.
Quer os ovos numa única cesta: o mercado automobilístico.
A estratégia tem como objetivo ver a Mercedes dominando seu seguimento.
Por isso a marca não poupou esforços para contratar Lewis Hamilton.
O quartel general de Stuttgart quer ver sua estrela brilhando nas pistas de todo o mundo.
O plano dará certo?
Pode ser.
Estrutura e dinheiro não serão obstáculos.
Ross Brawn que se prepare.
Será cobrado como nunca na vida.
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No entanto o comandante do exército alemão não corre perigo de ficar desempregado.
A Ferrari sonha com sua volta.
A Scuderia Italiana deverá começar 2013 um pouco confusa.
As primeiras informações dizem que existem divisões.
Ninguém tem uma palavra firme sobre o que será o carro da próxima temporada.
Falta liderança.
É daí que surge o nome de Brawn.
A esperança é que o carro permita que Fernando Alonso possa aprontar das suas.
Há a torcida que o problema com os dados do túnel de vento seja resolvido de uma vez.
Apesar da altíssima tecnologia (como você pode conferir na imagem que ilustra esse post)
a coisa não funciona.
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E a McLaren?
Alguém duvida que os ingleses continuarão competitivos?
Penso que o pior problema será na classificação do sábado.
Das oito pole positions conquistadas pela equipe de Woking, Jenson Button foi
responsável por apenas uma.
E isso não é bom.
Hoje todo mundo sabe que largar atrás na categoria é sinônimo de problemas.
Como essa também não é a especialidade de Sergio Perez, poderá haver muitas
dificuldades ao longo da temporada.
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A Lotus.
O time mais legal do grid.
A equipe da moda conseguiu finalmente equilibrar sua contas.
A entrada da Coca-Cola com a Burn e o acordo com a Honeywell trouxeram milhões
de Euros.
Futuro brilhante?
Quer minha opinião?
Sei não.
Por conta do Kimi.
É um excelente piloto.
Porém creio que precisa acontecer um milagre para fazer Raikkonen brigar por
alguma coisa.
E sem luta alguém pode conseguir algo contra Vettel e Alonso?
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Falando da Williams.
Frank está num período de transição.
Quer ser independente.
Entretanto sua equipe não tem recursos próprios.
Depende do patrocínio trazido por Pastor Maldonado.
E essa dependência mina as pretensões da equipe de Grove.
A derrota na disputa pelo patrocínio da citada Honeywell deve ter sido um
duro golpe.
O cancelamento do C- X75, projeto conjunto com a Jaguar, foi outro.
O time conta moedas.
Até Bottas, mesmo sendo um protegido, teve que trazer dinheiro para completar
o orçamento.
4 milhões de Euros.
Seriam 6...
Mas a PDVSA fez o favor de aumentar de 40 para 42 milhões de Euros a anuidade.
É difícil planejar sem ser dono do seu destino.
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Os outros.
Sem prognósticos.
Só desejos.
Tenho esperança de pequenos brilhos da Sauber, que anda pelos cantos conversando
com a Porsche, e da confusa Force India.
Gosto do Vijay Mallya.
Parece habilidoso para contornar os problemas.
Com parceiros dos Emirados Árabes está tentando salvar sua empresa aérea.
Também que a Caterham e a Marussia se embolem com a Toro Rosso.
Mais?
Uma temporada sem acidentes graves.
Que caia uma chuva no GP de Abu Dhabi.
E que o retorno de Flavio Briatore ao paddock não se confirme!
Apesar de gostar de ver o circo pegar fogo...
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