* Por Luis Fernando Ramos
O Mundial deste ano foi a junção de vários campeonatos em um só. Começou com um equilíbrio sem precedentes na história da Fórmula 1, com sete ganhandores distintos nas sete primeiras corridas. Depois teve um domínio de Fernando Alonso em junho e julho, uma McLaren ditando as cartas em agosto e setembro e a Red Bull mostrando força a partir de outubro.
Justamente este fato da equipe de Sebastian Vettel ter terminado a temporada em alta fez muita gente que o campeonato de 2013 seria sem graça. Afinal, a combinação do piloto com o RB8 provou ser forte demais nas corridas mais recentes. E as mudanças técnicas para o regulamento do ano que vem praticamente inexistem. Com uma base dessas, é muito provável que a Red Bull comece o ano que vem voando.
A FIA percebeu isso e, com duas linhas no meio do extenso comunicado distribuído ontem com as decisões do Conselho Mundial, trouxe de volta a expectativa de um campeonato equilibrado, pelo menos em seu início. Me refiro à decisão de restringir o uso das asas traseiras móveis na classificação. Até este ano elas poderia ser utilizadas indiscriminadamente. A partir do ano quem, apenas nas mesmas zonas que delimitam seu uso nas corridas.
Pois a grande força da Red Bull na reta final deste veio justamente na facilidade de colocar seus pilotos na pole position, tendo desenvolvido o carro para ser estável nas curvas mesmo com a asa traseira móvel aberta. Em ritmo de corrida, o RB8 era similar aos carros dos principais adversários, mas seus pilotos aproveitavam o fato de estarem na frente para poupar pneus e reagir às decisões estratégicas de quem vinha atrás. Ganhar assim é mais fácil.
Mas a FIA cortou as asinhas do time e essa vantagem desapareceu. Pelo menos até Adrian Newey ter outra ideia mirabolante.
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