quinta-feira, 20 de outubro de 2011

SENNA TRI, 20 ANOS - UM TRI BEM COMEMORADO

Em 1991, com então 11 anos, já conhecia um pouco melhor as coisas e torcia muito pelo título de Ayrton. Da expectativa para a corrida de Phoenix, as alegrias inesquecíveis do GP do Brasil às dificuldades que se sobrepuseram durante a temporada, o clima era de otimismo para aquela corrida. Da mesma forma que víamos as corridas de madrugada, separamos a pizza da janta na geladeira com o refrigerante e após um breve cochilo, lá estávamos nós para ver o GP do Japão.

A expectativa era grande. Na escola e nas conversas de família só se falava nisso. E, olhando pela janela, várias luzes acesas mostravam que a audiência estava alta, com muita gente vendo a corrida que poderia dar à Senna seu terceiro título.

Diferentemente das suas características, Senna fez uma prova prudente, controlando Berger desde a largada e segurando, com ímpeto, as investidas cada vez fortes do "leão" Niguel Mansell. Sabia que, apesar de não ter mais carro que o piloto inglês, tinha mais braço e inteligência. O que foi comprovado na 11º volta quando, na primeira curva, Mansell se aproxima demais do carro de Ayrton Senna, perde a frente e para na caixa de brita, dando ao brasileiro o tão sonhado título.

Na rua, fogos se ouviam, a gritaria tomou conta tal como se estivéssemos vendo uma final de Copa do Mundo onde a Seleção Brasileira de Futebol acabara de fazer o gol decisivo. Comemoração em casa. Todos se abraçando e lá fui eu, repetindo a cena de 1988, para acordar a mãe para contar como tinha sido.

No final as voltas foram passando e Senna se aproximando até ultrapassar Berger. Mais festa, mais gritaria. Neste momento, sobravam poucos pedaços de pizza e o refrigerante já estava pela metade. E, no seco, volta a volta foram acontecendo até o célebre final. Enquanto o Galvão já sabia que Senna trocaria de posição com Berger, nós já sabíamos que estávamos vendo a história ser contada diante dos nossos olhos.

E pensar que, apesar de todos os esforços de Barrichello e Massa, nunca mais teríamos tal alegria...ôoo saudades de se vibrar novamente nas madrugadas.

3 comentários:

Igor * @fizomeu disse...

inesquecível mesmo.. e é por isso que saudade é tão grande!!!

Marcos - Blog da GGOO disse...

Mais que saudade é a decepção e a falta de esperança de vermos algo, pelo menos, parecido!

Rodrigo Cabral disse...

Meu herói e ídolo! O melhor!