sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Fota sob risco. E, com isso, a Fórmula 1*
* Por Lívio Oricchio
Depois da corrida, ontem, Stefano Domenicali, diretor da Ferrari, declarou que o futuro da associação das equipes, Fota, está em jogo nesse final de temporada. Se nas próximas etapas seus representantes não se entenderem quanto ao Acordo para Restrição de Gastos, não haveria mais sentido a existência da entidade.
Diante da definição dos títulos de pilotos, para Sebastian Vettel, e de construtores, para a Red Bull, a questão da manutenção da Fota torna-se a mais importante, agora, para a Fórmula 1.
A Fota nasceu em junho de 2008 para enfrentar os desmandos de um presidente da FIA doente emocionalmente, Max Mosley, e para negociar em grupo também com Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da Fórmula 1. Mosley e Ecclestone sempre se aproveitaram da falta de união das equipes para impor suas ideias e conduzir os negócios de acordo com seus interesses.
A criação da Fota afetou tanto Mosley que, pessoalmente, interveio na aprovação do duplo difusor da Brawn GP, em 2009, um recurso ilegal perante as regras, com o objetivo de gerar uma batalha entre as equipes e, eventualmente, o fim da associação. Não conseguiu e a Fota passou por grande provação.
Agora o perigo é maior. Não há ninguém de fora instigando uma cisão no grupo. A origem do que já se pode definir com um conflito é interna. O texto do Acordo de Restrição de Gastos é dúbio e algumas equipes investem em determinadas áreas por acreditarem ser possível. Outras, não. Este ano Ross Brawn, da Mercedes, acusou a Red Bull que não acatar o acordo, o que representaria enorme vantagem para a equipe.
Christian Horner, diretor da Red Bull, louco da vida, desmentiu e desafiou alguém provar que sua escuderia não respeitou o acordo.
Nos próximos GPs os representantes das equipes vão se reunir a fim de estabelecer com mais clareza o que será permitido e o que será proibido fazer, vão procurar redigir um texto mais abrangente e bem elaborado que o atual. Será imprescindível que se chegue a um acordo quanto a esse texto e depois, ainda, que todos cumpram o que ficar acertado.
O momento é delicado porque no fim do ano que vem acaba o contrato da Fota com a Formula One Management (FOM) de Ecclestone. A Fota já colocou suas condições para estendê-lo: mais dinheiro para as equipes, participação na definição do calendário, uso em elevada escala da internet para levar a Fórmula 1 a um público mais jovem, revisão do formato do fim de semana de competição, dentre outras medidas que a Fota não abre mão.
A entidade até contratou uma empresa especializada em promoção de eventos para fazer da Fórmula 1 um produto de maior interesse e capaz de gerar interesse num público mais jovem. Os estudos da Fota apontam para uma perigosa elevada idade entre os interessados pelo evento.
Se a Fota deixar de existir, por conta de não haver acordo sobre como conter despesas, todo esse pacote que deverá beneficiar muito a Fórmula 1 provavelmente não será adotado. Não é o que pensa Ecclestone e seus sócios, do grupo de investimento CVC. Sua leitura sobre o que é o melhor para o futuro da competição não é a mesma.
Portanto, para o bem da Fórmula 1 é bom que haja acordo entre os representantes das equipes e a Fota continue existindo.
Depois da corrida, ontem, Stefano Domenicali, diretor da Ferrari, declarou que o futuro da associação das equipes, Fota, está em jogo nesse final de temporada. Se nas próximas etapas seus representantes não se entenderem quanto ao Acordo para Restrição de Gastos, não haveria mais sentido a existência da entidade.
Diante da definição dos títulos de pilotos, para Sebastian Vettel, e de construtores, para a Red Bull, a questão da manutenção da Fota torna-se a mais importante, agora, para a Fórmula 1.
A Fota nasceu em junho de 2008 para enfrentar os desmandos de um presidente da FIA doente emocionalmente, Max Mosley, e para negociar em grupo também com Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da Fórmula 1. Mosley e Ecclestone sempre se aproveitaram da falta de união das equipes para impor suas ideias e conduzir os negócios de acordo com seus interesses.
A criação da Fota afetou tanto Mosley que, pessoalmente, interveio na aprovação do duplo difusor da Brawn GP, em 2009, um recurso ilegal perante as regras, com o objetivo de gerar uma batalha entre as equipes e, eventualmente, o fim da associação. Não conseguiu e a Fota passou por grande provação.
Agora o perigo é maior. Não há ninguém de fora instigando uma cisão no grupo. A origem do que já se pode definir com um conflito é interna. O texto do Acordo de Restrição de Gastos é dúbio e algumas equipes investem em determinadas áreas por acreditarem ser possível. Outras, não. Este ano Ross Brawn, da Mercedes, acusou a Red Bull que não acatar o acordo, o que representaria enorme vantagem para a equipe.
Christian Horner, diretor da Red Bull, louco da vida, desmentiu e desafiou alguém provar que sua escuderia não respeitou o acordo.
Nos próximos GPs os representantes das equipes vão se reunir a fim de estabelecer com mais clareza o que será permitido e o que será proibido fazer, vão procurar redigir um texto mais abrangente e bem elaborado que o atual. Será imprescindível que se chegue a um acordo quanto a esse texto e depois, ainda, que todos cumpram o que ficar acertado.
O momento é delicado porque no fim do ano que vem acaba o contrato da Fota com a Formula One Management (FOM) de Ecclestone. A Fota já colocou suas condições para estendê-lo: mais dinheiro para as equipes, participação na definição do calendário, uso em elevada escala da internet para levar a Fórmula 1 a um público mais jovem, revisão do formato do fim de semana de competição, dentre outras medidas que a Fota não abre mão.
A entidade até contratou uma empresa especializada em promoção de eventos para fazer da Fórmula 1 um produto de maior interesse e capaz de gerar interesse num público mais jovem. Os estudos da Fota apontam para uma perigosa elevada idade entre os interessados pelo evento.
Se a Fota deixar de existir, por conta de não haver acordo sobre como conter despesas, todo esse pacote que deverá beneficiar muito a Fórmula 1 provavelmente não será adotado. Não é o que pensa Ecclestone e seus sócios, do grupo de investimento CVC. Sua leitura sobre o que é o melhor para o futuro da competição não é a mesma.
Portanto, para o bem da Fórmula 1 é bom que haja acordo entre os representantes das equipes e a Fota continue existindo.
Marcadores:
Bernie Ecclestone,
cvc,
Formula 1,
GGOO,
Lívio Oricchio,
Opinião
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário