terça-feira, 18 de outubro de 2011
O descaso da Band com a Fórmula Indy*
* Por Ale Rocha - Poltrona/ Yahoo
O Grupo Bandeirantes deu um show de incompetência na cobertura do GP de Las Vegas (EUA), última etapa da Fórmula Indy em 2011. Dona dos direitos de transmissão para o Brasil, a empresa não foi capaz de interromper a programação da Band, do BandSports ou da BandNews para informar a morte do piloto Dan Wheldon.
Sem nenhum brasileiro na disputa pelo título da Fórmula Indy, o GP de Las Vegas não foi exibido ao vivo por aqui. Nem mesmo o canal pago do Grupo Bandeirantes dedicado aos esportes se deu ao trabalho. Apesar de se vangloriar por exibir apenas notícias durante as 24 horas do dia, a BandNews também não abriu imediatamente espaço para o acidente que envolveu 14 carros.
Lamentavelmente, a decisão do Grupo Bandeirantes não surpreende. É uma amostra do descaso na cobertura - em especial na televisão aberta - de outros esportes que não seja o futebol, principalmente quando não há brasileiros na disputa.
Das 17 corridas da temporada da Fórmula Indy em 2011, a Band exibiu apenas cinco ao vivo - entre elas a fracassada prova submarina em São Paulo. Já o BandSports transmitiu dez GPs. Sete provas foram jogadas pré-gravadas e algum horário livre da grade de programação dos canais. Os telespectadores, inclusive os assinantes, que se contentem com a esmola.
Ou seja, a crítica tão comum a Globo, acusada de comprar eventos esportivos para engavetá-los ou exibir mal e parcamente, cabe a outras emissoras.
Enquanto os pilotos eram socorridos em Las Vegas, Milton Neves elogiava os feitos do governador Geraldo Alckmin (SP) e reclamava de Antônio Anastasia (MG), pedindo melhorias para as estradas de acesso a sua cidade natal, Muzambinho. Às 20h, horário de Brasília (DF), já com a morte de Dan Wheldon oficialmente confirmada, a Band preferiu exibir o VT das primeiras voltas do grande prêmio como se nada tivesse ocorrido.
A Band já foi o "canal dos esportes". Pioneira na transmissão de diversas competições (futebol europeu, futebol americano, NBA, sinuca, entre outros) nas décadas de 1980 e 1990. Hoje, a emissora vende cerca de 25% de sua grade de programação diária para igrejas - inclusive no horário nobre. Celebrada em outros tempos por priorizar a informação, é destaque na mídia pelas piadas de gosto duvidoso do "CQC" e por reality shows desastrados, como o "Projeto Fashion".
Perdeu a identidade.
O Grupo Bandeirantes deu um show de incompetência na cobertura do GP de Las Vegas (EUA), última etapa da Fórmula Indy em 2011. Dona dos direitos de transmissão para o Brasil, a empresa não foi capaz de interromper a programação da Band, do BandSports ou da BandNews para informar a morte do piloto Dan Wheldon.
Sem nenhum brasileiro na disputa pelo título da Fórmula Indy, o GP de Las Vegas não foi exibido ao vivo por aqui. Nem mesmo o canal pago do Grupo Bandeirantes dedicado aos esportes se deu ao trabalho. Apesar de se vangloriar por exibir apenas notícias durante as 24 horas do dia, a BandNews também não abriu imediatamente espaço para o acidente que envolveu 14 carros.
Lamentavelmente, a decisão do Grupo Bandeirantes não surpreende. É uma amostra do descaso na cobertura - em especial na televisão aberta - de outros esportes que não seja o futebol, principalmente quando não há brasileiros na disputa.
Das 17 corridas da temporada da Fórmula Indy em 2011, a Band exibiu apenas cinco ao vivo - entre elas a fracassada prova submarina em São Paulo. Já o BandSports transmitiu dez GPs. Sete provas foram jogadas pré-gravadas e algum horário livre da grade de programação dos canais. Os telespectadores, inclusive os assinantes, que se contentem com a esmola.
Ou seja, a crítica tão comum a Globo, acusada de comprar eventos esportivos para engavetá-los ou exibir mal e parcamente, cabe a outras emissoras.
Enquanto os pilotos eram socorridos em Las Vegas, Milton Neves elogiava os feitos do governador Geraldo Alckmin (SP) e reclamava de Antônio Anastasia (MG), pedindo melhorias para as estradas de acesso a sua cidade natal, Muzambinho. Às 20h, horário de Brasília (DF), já com a morte de Dan Wheldon oficialmente confirmada, a Band preferiu exibir o VT das primeiras voltas do grande prêmio como se nada tivesse ocorrido.
A Band já foi o "canal dos esportes". Pioneira na transmissão de diversas competições (futebol europeu, futebol americano, NBA, sinuca, entre outros) nas décadas de 1980 e 1990. Hoje, a emissora vende cerca de 25% de sua grade de programação diária para igrejas - inclusive no horário nobre. Celebrada em outros tempos por priorizar a informação, é destaque na mídia pelas piadas de gosto duvidoso do "CQC" e por reality shows desastrados, como o "Projeto Fashion".
Perdeu a identidade.
Marcadores:
ale rocha,
Dan Wheldon,
Formula Indy,
GGOO,
morte,
Opinião,
tv bandeirantes
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
a band passou dos limites nesse último domingo... o acidente aconteceu poucos minutos após a transmissão do futebol, nada a impedia de dar a notícia e fazer uma cobertura jornalística mínima... desrespeito total com o público que acompanha o produto fórmula indy durante todo o ano e não durante o final de semana de corrida (e lucro$$$ para a própria emissora) em SP!!!
Parabéns, pelo texto, concordo com tudo que foi escrito...
Inclusive a Band já foi muito melhor até que a própria Globo e cobertura de grandes eventos esportivos como Olimpíada e Copa do Mundo... hoje vemos o Pan-americano na Rede Record que com todos seus defeitos está dando um show, tanto na tv quanto no site.
Quem derá um canal compre os direitos e comece a passar todas as corridas.
Como já foi feito pelo SBT... com Téo José seu narrador oficial.
Postar um comentário