Quando o automobilismo se silencia, entendemos as razões. Novamente senti aquele silêncio que presenciei em 2007, lá em Interlagos no passamento de Rafael Sperafico. Vontade de ficar quieto, de chorar, de gritar não faltaram. Porém busquei responder: Por que isso aconteceu? Por que? Por que tinha que ser com ele?
Como sempre vão culpar os carros, a pista, o piloto, o estilo de pilotagem. Fórmulas e mais fórmulas foram e estão sendo formuladas para justificar um erro. Quem gosta de corrida, quem acompanha de verdade (e não só por noticiário fantasioso e aproveitador), sabe que toda corrida o risco de um acidente é iminente. E havendo acidente, riscos de morte são válidos também.
Aqui no blog, por exemplo, tanto se valoriza os pilotos em detrimento da máquina. Reconhece-se a ombridade daqueles que corriam sem cinto de segurança e quiçá um capacete (se podemos chamar aquilo de capacete) em comparação daqueles que correm hoje, em carros que mais parecem computadores.
Diferentemente da Stock, quem acompanha a Indy vê a evolução da segurança dos carros, vê a evolução na condução dos pilotos, não se pode falar que é algo amador. Muito menos insegura, principalmente para carros que andam a quase 400 km/h e dificilmente acontecerem mortes.
A discussão não tem que ser do carro, mas sim do formato como ocorreu. Por que os carros alçaram voo? Até porque, os pilotos que estão lá, na sua maioria, são bons. E, se no início, vibramos com qualquer acidente, vemos, com a confirmação dos acontecimentos, o vazio da morte se fazer presente.
Aos familiares de Daniel Wheldon, minhas condolências.
3 comentários:
belo texto... realmente vibramos com os acidentes, mas sentimos muito o vazio da morte qdo ela acontece bem na frente de nossos olhos!!!
É sempre assim, depois de arrombada a porta, coloca-se a tranca.
Ouvi comentários que foi tudo feito às pressas pq Las Vegas não podia perder esse espetáculo, que a pista não estava em condições ideais e outras coisas de cartolagem em prol dos ganhos financeiros.
Não sei se é verdade, mas coisas desse tipo vemos a todo momento no automobilismo, e quando ocorre uma m&rd@ dessas, ninguém põe essa pauta na mesa.
E quem paga o pato? Quem realmente dá o espetáculo e poucas vezes é ouvido e tem o respeito que merece.
Vá em paz, Dan, obrigado pelo seu show enquanto esteve nesse palco.
Belo texto Roque!
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