terça-feira, 16 de abril de 2013
O Brasil fora do calendário da F-1. A possibilidade é real, já em 2014.*
* Por Lívio Oricchio
São Paulo está fora do calendário da Fórmula 1 em 2014. E dependendo da evolução dos fatos até mesmo o GP do Brasil. É o que afirmou Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, ao Estado, ontem em Xangai, em entrevista exclusiva. “As promessas de reforma de Interlagos não foram cumpridas. Agora chega. Não fosse a relação antiga e os sentimentos que me ligam ao Brasil a Fórmula 1 já não estava mais lá.”
Há muito Ecclestone vem exigindo da Prefeitura de São Paulo a adequação do autódromo às necessidades atuais da Fórmula 1, segundo explicou ao Estado. “O traçado é um dos melhores do mundo, com certeza. Já a estrutura a disposição do público e das equipes é a pior do calendário. Não é preciso ser como isto aqui (o circuito chinês), mas deve atender às nossas necessidades operacionais.”
O dirigente inglês, que pela primeira vez levou a Fórmula 1 para o Brasil em 1972, disse ter-se colocado numa situação difícil com sua condescendência em relação à prova de São Paulo. “Não podemos mais cobrar nada dos outros autódromos com Interlagos ano após ano mantendo-se como está. Os demais administradores sabem o que é Interlagos, isso nos desmoraliza.”
Ecclestone contou ao Estado ouvir dos representantes das equipes não haver espaço para colocar as panelas, os alimentos, ter de realizar as reuniões dentro dos boxes por causa da ausência de salas, dentre outros constrangimentos. “Nem em pistas de rua, como Mônaco, Melbourne, Montreal, enfrentamos essas dificuldades.”
A equipe do ex-prefeito Gilberto Kassab realizou um projeto, definido junto com integrantes da FIA, para reestruturar o autódromo, com a criação de nova área de boxes, salas, banheiros e paddock no início da Reta Oposta. Tudo segue o padrão de exigência da entidade. E incluiu o valor da obra no orçamento da Prefeitura deste ano, estimado em R$ 120 milhões.
O atual prefeito, Fernando Haddad, contudo, não iniciou os trabalhos. “Este ano não espero mudanças. Mas se o autódromo não estiver na condição que a Fórmula 1 necessita em 2014 não iremos a São Paulo”, garante Ecclestone.
O Brasil está fora, então, do calendário? “Se até antes da definição do calendário não tivermos garantias de o autódromo estar como exige a Fórmula 1, sim. Não vamos sequer usar o tradicional asterisco de sujeito a melhorias no autódromo. Temos de saber já antes, de São Paulo ou outra cidade do Brasil.” A primeira versão do calendário é distribuída, em geral, no fim de julho.
O presidente da FOA diz ter alternativas a São Paulo. “Estive antes do Natal em Santa Catarina e confesso ter ficado impressionado com a disposição daquela gente em levar adiante o projeto de nos receber lá”. A convite do governador do Estado, Raimundo Colombo, e um grupo de empresários, Ecclestone viu de perto o que seria feito caso aprovasse a mudança do local do GP do Brasil.
“Acredito que se der o sinal verde eles iniciam imediatamente as obras”, afirmou ao Estado. “E o Rio de Janeiro também me procurou, mas lá seria um pouco mais difícil, embora, claro, tudo seja possível.” No caso de Santa Catarina seria construído um autódromo concebido pelo arquiteto de quase todos os circuitos mais recentes do calendário, o alemão Herman Tilke, na cidade de Penha, no litoral Norte do Estado, integrado ao Parque Beto Carreiro.
Essa mesma disposição de criar as condições para receber a Fórmula 1 Ecclestone disse não sentir nas autoridades de São Paulo. “Cansei das promessas. Fui informado que a cidade não vai fazer parte da competição de futebol que antecede a Copa do Mundo (Copa das Confederações) por causa de o estádio não estar pronto. Com a Fórmula 1 acontecerá o mesmo, não mais iremos a São Paulo e, quem sabe, ao Brasil, por falta de um autódromo”, garante.
São Paulo está fora do calendário da Fórmula 1 em 2014. E dependendo da evolução dos fatos até mesmo o GP do Brasil. É o que afirmou Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, ao Estado, ontem em Xangai, em entrevista exclusiva. “As promessas de reforma de Interlagos não foram cumpridas. Agora chega. Não fosse a relação antiga e os sentimentos que me ligam ao Brasil a Fórmula 1 já não estava mais lá.”
Há muito Ecclestone vem exigindo da Prefeitura de São Paulo a adequação do autódromo às necessidades atuais da Fórmula 1, segundo explicou ao Estado. “O traçado é um dos melhores do mundo, com certeza. Já a estrutura a disposição do público e das equipes é a pior do calendário. Não é preciso ser como isto aqui (o circuito chinês), mas deve atender às nossas necessidades operacionais.”
O dirigente inglês, que pela primeira vez levou a Fórmula 1 para o Brasil em 1972, disse ter-se colocado numa situação difícil com sua condescendência em relação à prova de São Paulo. “Não podemos mais cobrar nada dos outros autódromos com Interlagos ano após ano mantendo-se como está. Os demais administradores sabem o que é Interlagos, isso nos desmoraliza.”
Ecclestone contou ao Estado ouvir dos representantes das equipes não haver espaço para colocar as panelas, os alimentos, ter de realizar as reuniões dentro dos boxes por causa da ausência de salas, dentre outros constrangimentos. “Nem em pistas de rua, como Mônaco, Melbourne, Montreal, enfrentamos essas dificuldades.”
A equipe do ex-prefeito Gilberto Kassab realizou um projeto, definido junto com integrantes da FIA, para reestruturar o autódromo, com a criação de nova área de boxes, salas, banheiros e paddock no início da Reta Oposta. Tudo segue o padrão de exigência da entidade. E incluiu o valor da obra no orçamento da Prefeitura deste ano, estimado em R$ 120 milhões.
O atual prefeito, Fernando Haddad, contudo, não iniciou os trabalhos. “Este ano não espero mudanças. Mas se o autódromo não estiver na condição que a Fórmula 1 necessita em 2014 não iremos a São Paulo”, garante Ecclestone.
O Brasil está fora, então, do calendário? “Se até antes da definição do calendário não tivermos garantias de o autódromo estar como exige a Fórmula 1, sim. Não vamos sequer usar o tradicional asterisco de sujeito a melhorias no autódromo. Temos de saber já antes, de São Paulo ou outra cidade do Brasil.” A primeira versão do calendário é distribuída, em geral, no fim de julho.
O presidente da FOA diz ter alternativas a São Paulo. “Estive antes do Natal em Santa Catarina e confesso ter ficado impressionado com a disposição daquela gente em levar adiante o projeto de nos receber lá”. A convite do governador do Estado, Raimundo Colombo, e um grupo de empresários, Ecclestone viu de perto o que seria feito caso aprovasse a mudança do local do GP do Brasil.
“Acredito que se der o sinal verde eles iniciam imediatamente as obras”, afirmou ao Estado. “E o Rio de Janeiro também me procurou, mas lá seria um pouco mais difícil, embora, claro, tudo seja possível.” No caso de Santa Catarina seria construído um autódromo concebido pelo arquiteto de quase todos os circuitos mais recentes do calendário, o alemão Herman Tilke, na cidade de Penha, no litoral Norte do Estado, integrado ao Parque Beto Carreiro.
Essa mesma disposição de criar as condições para receber a Fórmula 1 Ecclestone disse não sentir nas autoridades de São Paulo. “Cansei das promessas. Fui informado que a cidade não vai fazer parte da competição de futebol que antecede a Copa do Mundo (Copa das Confederações) por causa de o estádio não estar pronto. Com a Fórmula 1 acontecerá o mesmo, não mais iremos a São Paulo e, quem sabe, ao Brasil, por falta de um autódromo”, garante.
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