quarta-feira, 24 de abril de 2013
JENSON & CHECO*
* Por Flávio Gomes
Se tem um cara que a gente nunca imagina que vai ser inimigo do companheiro de equipe, é Button. Em 13, quase 14 anos de F-1, não lembro de nenhuma treta envolvendo o inglês com parceiro algum. Nem com adversários de outros times. Ele era meio despirocado no começo da carreira, mas logo caiu na real. E construiu uma imagem de piloto leal, correto e boa praça. Incapaz de esmagar uma formiga ou de falar mal de qualquer um.
Ontem, porém, soltou os cães sobre Pérez — especialmente nas entrevistas imediatamente após a corrida.
“Houve muita disputa limpa nessa corrida, o que é legal. Exceto com meu companheiro de equipe. Tive muitos companheiros ao longo dos anos, alguns bem agressivos, como Lewis. Mas não estou acostumado a pilotar numa reta tendo meu companheiro ao meu lado batendo rodas a 300 km/h. Esse não é o meu jeito de dirigir. Talvez seja a maneira que a gente vai correr agora, mas não é o jeito que eu quero. Ele me tocou por trás e de lado no meio da reta. Isso é perigoso, não gosto dessas coisas. Tive muitas brigas na F-1, mas nenhuma suja como essa.”
“Suja” foi a palavra mais forte que Jenson usou. Depois, disse que Pérez precisa “se acalmar”, caso contrário “alguma coisa perigosa vai acontecer logo”. “A gente faz essas coisas quando está correndo de kart, mas normalmente as pessoas crescem. E não é o caso de Checo.”
Uau. Chamou de moleque.
O mexicano tentou justificar o que fez. “Foram brigas agressivas com vários pilotos, lutei com eles como eles lutaram comigo. Concordo que fomos muito agressivos, mas ele também foi, e saí da pista algumas vezes. Temos de conversar. Foi um pouco arriscado demais o que Jenson e eu fizemos. Nos tocamos algumas vezes, mas quando você está lá dentro, tem a adrenalina toda e você está lutando. Espero que nas próximas corridas possamos ajudar um ao outro um pouco mais.”
Martin Whitmarsh conversou com Pérez. Disse a ele que bater na traseira do companheiro não leva ninguém para o céu. “Ele é jovem, vai aprender, e talvez tenha de se acalmar um pouco. Mas foi essa paixão, essa vontade, que fez com que ele passasse outros pilotos no fim da corrida. A gente não pode apagar essa chama.”
Uau. Chamou de fogoso.
Sam Michael, outro dirigente importante, falou que a McLaren, historicamente, libera seus pilotos para as disputas. “Somos uma equipe de corrida. Foi assim com Senna e Prost e com Button e Hamilton”, lembrou. “E sempre vai ser.”
Eu achei que Pérez exagerou. Não por disputar posições e brigar por elas. Mas por ser agressivo demais a ponto de, realmente, quase tirar Button da corrida. Isso, de fato, não se faz. Não se tira ninguém de corrida nenhuma, e quando se trata de um companheiro de equipe, o cuidado tem de ser maior ainda.
Passou do ponto. Deveria ter procurado Jenson e pedido desculpas. Mas, como já disse mais de uma vez, consta que o rapaz é meio da pá virada. Não sei se com essa personalidade que resvala na arrogância vai muito longe, não.
Se tem um cara que a gente nunca imagina que vai ser inimigo do companheiro de equipe, é Button. Em 13, quase 14 anos de F-1, não lembro de nenhuma treta envolvendo o inglês com parceiro algum. Nem com adversários de outros times. Ele era meio despirocado no começo da carreira, mas logo caiu na real. E construiu uma imagem de piloto leal, correto e boa praça. Incapaz de esmagar uma formiga ou de falar mal de qualquer um.
Ontem, porém, soltou os cães sobre Pérez — especialmente nas entrevistas imediatamente após a corrida.
“Houve muita disputa limpa nessa corrida, o que é legal. Exceto com meu companheiro de equipe. Tive muitos companheiros ao longo dos anos, alguns bem agressivos, como Lewis. Mas não estou acostumado a pilotar numa reta tendo meu companheiro ao meu lado batendo rodas a 300 km/h. Esse não é o meu jeito de dirigir. Talvez seja a maneira que a gente vai correr agora, mas não é o jeito que eu quero. Ele me tocou por trás e de lado no meio da reta. Isso é perigoso, não gosto dessas coisas. Tive muitas brigas na F-1, mas nenhuma suja como essa.”
“Suja” foi a palavra mais forte que Jenson usou. Depois, disse que Pérez precisa “se acalmar”, caso contrário “alguma coisa perigosa vai acontecer logo”. “A gente faz essas coisas quando está correndo de kart, mas normalmente as pessoas crescem. E não é o caso de Checo.”
Uau. Chamou de moleque.
O mexicano tentou justificar o que fez. “Foram brigas agressivas com vários pilotos, lutei com eles como eles lutaram comigo. Concordo que fomos muito agressivos, mas ele também foi, e saí da pista algumas vezes. Temos de conversar. Foi um pouco arriscado demais o que Jenson e eu fizemos. Nos tocamos algumas vezes, mas quando você está lá dentro, tem a adrenalina toda e você está lutando. Espero que nas próximas corridas possamos ajudar um ao outro um pouco mais.”
Martin Whitmarsh conversou com Pérez. Disse a ele que bater na traseira do companheiro não leva ninguém para o céu. “Ele é jovem, vai aprender, e talvez tenha de se acalmar um pouco. Mas foi essa paixão, essa vontade, que fez com que ele passasse outros pilotos no fim da corrida. A gente não pode apagar essa chama.”
Uau. Chamou de fogoso.
Sam Michael, outro dirigente importante, falou que a McLaren, historicamente, libera seus pilotos para as disputas. “Somos uma equipe de corrida. Foi assim com Senna e Prost e com Button e Hamilton”, lembrou. “E sempre vai ser.”
Eu achei que Pérez exagerou. Não por disputar posições e brigar por elas. Mas por ser agressivo demais a ponto de, realmente, quase tirar Button da corrida. Isso, de fato, não se faz. Não se tira ninguém de corrida nenhuma, e quando se trata de um companheiro de equipe, o cuidado tem de ser maior ainda.
Passou do ponto. Deveria ter procurado Jenson e pedido desculpas. Mas, como já disse mais de uma vez, consta que o rapaz é meio da pá virada. Não sei se com essa personalidade que resvala na arrogância vai muito longe, não.
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