segunda-feira, 8 de abril de 2013
MAIS RECORDES*
* Por Reginaldo Leme
Uma interessante pesquisa do site Total Race prova que são os pneus de rápida degradação, mais do que o DRS (asa móvel), os responsáveis pelo notável aumento no número de ultrapassagens nos três últimos campeonatos da F-1, inclusive o desse ano. Eu venho dizendo isso desde quando a Pirelli adotou corajosamente o novo conceito na produção dos pneus, mas é surpreendente a constatação de que o aumento beira os 400%.
Antes disso, a F-1 passou mais de uma década em busca de mudança nas regras que favorecesse a ultrapassagem, inclusive através dos próprios pneus, quando foram criados os que traziam sulcos. Com base na teoria de que, diminuindo a área de contato com o piso, as freadas seriam dificultadas possibilitando mais disputas em curvas. Não deu certo, mesmo com os sulcos tendo sido mantidos por dez anos. Mexeu-se em outros itens, aboliu-se os apêndices aerodinâmicos, criou-se o kers que, em seguida, foi proibido e voltou um ano depois, e até se permitiu asa dianteira móvel. Mas nada disso melhorou a média de ultrapassagens, mantida em torno de 15 por GP. Até que o pacote criado em 2011 incluiu uma clara determinação de Bernie Ecclestone para que os compostos de pneus tivessem sensíveis diferenças de performance entre eles, e durassem bem menos.
A Bridgestone estava se despedindo da Fórmula-1 e Bernie encontrou na Pirelli a disposição de assumir esse desafio, mesmo correndo o risco de deixar uma imagem de pneus pouco resistentes entre os usuários normais. O resultado, logo no primeiro ano, foi um duplo recorde – o de ultrapassagens e o de pit stops. Em 2012, mais acostumadas com os pneus de rápida degradação, as equipes aprenderam a fazê-los durar mais e conseguiram, em sete circuitos, fazer corridas inteiras com apenas um pit stop. Ecclestone não gostou. A Pirelli amoleceu ainda mais os pneus para 2013. E, assim como no primeiro ano, está provocando reclamação dos pilotos e engenheiros. Com o tempo todos vão aprender a trabalhar com os novos pneus, mas quem aprender primeiro vai levar vantagem.
A asa móvel, quando acionada, permite ao piloto que está menos de um segundo atrás de outro, um ganho de velocidade momentânea que varia de 10 a 12 quilômetros por hora, o suficiente para a ultrapassagem. Já a diferença de rendimento entre um pneu novo e outro no ponto de ser substituído pode chegar a 4 segundos numa volta, que é muito mais significativo.
Indiscutivelmente a F-1 está mais interessante. O Mundial do ano passado foi o mais equilibrado das duas últimas décadas e isso pode se repetir esse ano. Os pneus de alto desgaste, junto com o kers e a asa traseira móvel, elevaram a média de ultrapassagens por corrida para 58,9. Estima-se que o DRS seja responsável por 30% das ultrapassagens. Os outros 70% cabem aos pneus.
Uma interessante pesquisa do site Total Race prova que são os pneus de rápida degradação, mais do que o DRS (asa móvel), os responsáveis pelo notável aumento no número de ultrapassagens nos três últimos campeonatos da F-1, inclusive o desse ano. Eu venho dizendo isso desde quando a Pirelli adotou corajosamente o novo conceito na produção dos pneus, mas é surpreendente a constatação de que o aumento beira os 400%.
Antes disso, a F-1 passou mais de uma década em busca de mudança nas regras que favorecesse a ultrapassagem, inclusive através dos próprios pneus, quando foram criados os que traziam sulcos. Com base na teoria de que, diminuindo a área de contato com o piso, as freadas seriam dificultadas possibilitando mais disputas em curvas. Não deu certo, mesmo com os sulcos tendo sido mantidos por dez anos. Mexeu-se em outros itens, aboliu-se os apêndices aerodinâmicos, criou-se o kers que, em seguida, foi proibido e voltou um ano depois, e até se permitiu asa dianteira móvel. Mas nada disso melhorou a média de ultrapassagens, mantida em torno de 15 por GP. Até que o pacote criado em 2011 incluiu uma clara determinação de Bernie Ecclestone para que os compostos de pneus tivessem sensíveis diferenças de performance entre eles, e durassem bem menos.
A Bridgestone estava se despedindo da Fórmula-1 e Bernie encontrou na Pirelli a disposição de assumir esse desafio, mesmo correndo o risco de deixar uma imagem de pneus pouco resistentes entre os usuários normais. O resultado, logo no primeiro ano, foi um duplo recorde – o de ultrapassagens e o de pit stops. Em 2012, mais acostumadas com os pneus de rápida degradação, as equipes aprenderam a fazê-los durar mais e conseguiram, em sete circuitos, fazer corridas inteiras com apenas um pit stop. Ecclestone não gostou. A Pirelli amoleceu ainda mais os pneus para 2013. E, assim como no primeiro ano, está provocando reclamação dos pilotos e engenheiros. Com o tempo todos vão aprender a trabalhar com os novos pneus, mas quem aprender primeiro vai levar vantagem.
A asa móvel, quando acionada, permite ao piloto que está menos de um segundo atrás de outro, um ganho de velocidade momentânea que varia de 10 a 12 quilômetros por hora, o suficiente para a ultrapassagem. Já a diferença de rendimento entre um pneu novo e outro no ponto de ser substituído pode chegar a 4 segundos numa volta, que é muito mais significativo.
Indiscutivelmente a F-1 está mais interessante. O Mundial do ano passado foi o mais equilibrado das duas últimas décadas e isso pode se repetir esse ano. Os pneus de alto desgaste, junto com o kers e a asa traseira móvel, elevaram a média de ultrapassagens por corrida para 58,9. Estima-se que o DRS seja responsável por 30% das ultrapassagens. Os outros 70% cabem aos pneus.
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