terça-feira, 27 de novembro de 2012
O MELHOR DE TODOS*
* Por Ivan Capelli
Ganhou Sebastian Vettel, ganhou a Red Bull. Mas, acima de tudo, ganhou a Fórmula 1. O tricampeonato do alemão, o mais jovem de todos os tempos, coroa o melhor campeonato da história da categoria. Assim como Fernando Alonso, que bateu na trave do tri, Vettel deu shows de pilotagem na temporada. E o GP do Brasil foi o desfecho perfeito para um merecido título. Uma espécie de resumo de todo o campeonato.
Vejamos: o tempo estava absolutamente maluco. Tão maluco que deu nó na cabeça de todo mundo, inclusive dos meteorologistas contratados da FOM. Era só o monitor mostrar “não chove mais” que começava a despencar um toró. Neste cenário caótico, Vettel decidiu agir com cautela. E, como que representando um microcosmo da temporada, começou mal. Foi cauteloso demais na largada, despencando de quarto para sétimo na primeira curva. Ao final da reta oposta, no afã de se livrar de qualquer confusão, freou cedo demais. Kimi Raikkonen precisou travar seus pneus e escapar para o lado externo da curva do lago para evitar um acidente. Bruno Senna vinha logo atrás e não teve a mesma reação. Arriscou uma ultrapassagem por dentro, não foi feliz e quase definiu o campeonato. Empurrou o alemão, que rodou com sua Red Bull e ficou atravessado na pista. Despencou para o último lugar, com o carro detonado, e ali parecia que tudo tinha terminado.
Como pareceu no decorrer da temporada 2012. Sebastian foi dado como carta fora do baralho na briga pelo título, quando ficou mais de 40 pontos atrás de Fernando Alonso na metade do campeonato, com apenas 3 pódios em 10 corridas. E, como que reproduzindo nas 71 voltas do GP do Brasil o mesmo roteiro do decorrer da temporada, partiu para a reação. E que reação. Me arrisco a dizer que foi uma das maiores recuperações da história em corridas decisivas, perdendo apenas para aquela loucura que foi a atuação de Ayrton Senna no GP do Japão de 1988.
Após o acidente com Bruno, Vettel caiu para 22º. A pista úmida estava um sabão, seu escapamento estava amassado, todos andavam com cautela, e o piloto da Red Bull não queria nem saber. Foi ultrapassando ensandecidamente até que, sete voltas depois, já era sexto. Conseguiu, em muito pouco tempo, tirar todo o atraso que o acidente lhe causou. Ali, praticamente garantiu o título. Porém… seria traído por sua própria equipe.
Como foi durante a temporada 2012. Quando Vettel esboçava reação no campeonato, a equipe lhe prejudicava. Quebrou quando liderava fácil em Valencia, quebrou em Monza quando marcaria pontos preciosos. E, quando estava em uma posição relativamente confortável no GP do Brasil, a Red Bull o chamou para os boxes para colocar pneus slick na pior hora possível. Uma volta depois, desabou uma tempestade sobre Interlagos e foi obrigado a parar de novo. A troca para intermediários, ainda, foi um desastre. Mecânicos atrapalhados, pneus ainda no cobertor, uma porcaria de pit stop.
E lá foi Vettel, na chuva, com o rádio quebrado, com o escapamento amassado, ser feliz na vida. Voltou em 10º e tornou a recuperar posições, até chegar em 6º. Nisso, com um rádio que parece ter voltado a funcionar, a equipe lhe avisou que o posto já era seguro e que bastava administrá-lo. E assim foi.
Cruzou a linha de chegada às lágrimas, tricampeão, com justiça. Não que Alonso não merecesse o título, também deu shows de pilotagem na temporada. Qualquer um dos dois seria um honrado detentor do título. Mas, pelo que fez na corrida final, contra tudo e contra todos, Vettel mereceu mais.
Fez no GP do Brasil, a melhor corrida do campeonato, a sua melhor apresentação no ano. E foi assim que terminou o melhor campeonato da história da Fórmula 1. O GP do Brasil representou tudo o que foi a temporada. O melhor do melhor.
Ganhou Sebastian Vettel, ganhou a Red Bull. Mas, acima de tudo, ganhou a Fórmula 1. O tricampeonato do alemão, o mais jovem de todos os tempos, coroa o melhor campeonato da história da categoria. Assim como Fernando Alonso, que bateu na trave do tri, Vettel deu shows de pilotagem na temporada. E o GP do Brasil foi o desfecho perfeito para um merecido título. Uma espécie de resumo de todo o campeonato.
Vejamos: o tempo estava absolutamente maluco. Tão maluco que deu nó na cabeça de todo mundo, inclusive dos meteorologistas contratados da FOM. Era só o monitor mostrar “não chove mais” que começava a despencar um toró. Neste cenário caótico, Vettel decidiu agir com cautela. E, como que representando um microcosmo da temporada, começou mal. Foi cauteloso demais na largada, despencando de quarto para sétimo na primeira curva. Ao final da reta oposta, no afã de se livrar de qualquer confusão, freou cedo demais. Kimi Raikkonen precisou travar seus pneus e escapar para o lado externo da curva do lago para evitar um acidente. Bruno Senna vinha logo atrás e não teve a mesma reação. Arriscou uma ultrapassagem por dentro, não foi feliz e quase definiu o campeonato. Empurrou o alemão, que rodou com sua Red Bull e ficou atravessado na pista. Despencou para o último lugar, com o carro detonado, e ali parecia que tudo tinha terminado.
Como pareceu no decorrer da temporada 2012. Sebastian foi dado como carta fora do baralho na briga pelo título, quando ficou mais de 40 pontos atrás de Fernando Alonso na metade do campeonato, com apenas 3 pódios em 10 corridas. E, como que reproduzindo nas 71 voltas do GP do Brasil o mesmo roteiro do decorrer da temporada, partiu para a reação. E que reação. Me arrisco a dizer que foi uma das maiores recuperações da história em corridas decisivas, perdendo apenas para aquela loucura que foi a atuação de Ayrton Senna no GP do Japão de 1988.
Após o acidente com Bruno, Vettel caiu para 22º. A pista úmida estava um sabão, seu escapamento estava amassado, todos andavam com cautela, e o piloto da Red Bull não queria nem saber. Foi ultrapassando ensandecidamente até que, sete voltas depois, já era sexto. Conseguiu, em muito pouco tempo, tirar todo o atraso que o acidente lhe causou. Ali, praticamente garantiu o título. Porém… seria traído por sua própria equipe.
Como foi durante a temporada 2012. Quando Vettel esboçava reação no campeonato, a equipe lhe prejudicava. Quebrou quando liderava fácil em Valencia, quebrou em Monza quando marcaria pontos preciosos. E, quando estava em uma posição relativamente confortável no GP do Brasil, a Red Bull o chamou para os boxes para colocar pneus slick na pior hora possível. Uma volta depois, desabou uma tempestade sobre Interlagos e foi obrigado a parar de novo. A troca para intermediários, ainda, foi um desastre. Mecânicos atrapalhados, pneus ainda no cobertor, uma porcaria de pit stop.
E lá foi Vettel, na chuva, com o rádio quebrado, com o escapamento amassado, ser feliz na vida. Voltou em 10º e tornou a recuperar posições, até chegar em 6º. Nisso, com um rádio que parece ter voltado a funcionar, a equipe lhe avisou que o posto já era seguro e que bastava administrá-lo. E assim foi.
Cruzou a linha de chegada às lágrimas, tricampeão, com justiça. Não que Alonso não merecesse o título, também deu shows de pilotagem na temporada. Qualquer um dos dois seria um honrado detentor do título. Mas, pelo que fez na corrida final, contra tudo e contra todos, Vettel mereceu mais.
Fez no GP do Brasil, a melhor corrida do campeonato, a sua melhor apresentação no ano. E foi assim que terminou o melhor campeonato da história da Fórmula 1. O GP do Brasil representou tudo o que foi a temporada. O melhor do melhor.
Marcadores:
Formula 1,
GGOO,
GP Brasil,
Sebastian Vettel,
temporada 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário