* Por Lívio Oricchio
Parece coisa pensada: uma temporada como a deste ano, com oito vencedores distintos nas 20 etapas, e corridas inesquecíveis, só poderia terminar mesmo com um espetáculo grandioso, à altura de tudo o que foi apresentado no campeonato. As fortes emoções do eletrizante GP do Brasil, ontem em Interlagos, retrataram com precisão o muito oferecido este ano pela Fórmula 1.
Os dois melhores pilotos do Mundial estavam na final, na última etapa do calendário, também relevante. Na realidade, se o aguerrido e capaz Lewis Hamilton, da McLaren, estivesse entre os candidatos ao título, seria mais representativo. Venceu Vettel. O evento está mais que bem representado. Ninguém conquista três títulos seguidos se não for brilhante.
Mas se fosse Alonso, também seria o caso. Na verdade, considerando-se a média mais alta do carro da Red Bull no ano, se o espanhol fosse o campeão talvez revelasse com ainda maior exatidão o que se assitiu nas pistas. Sem diminuir em nada Vettel, penso que com o carro de Alonso o alemão não chegaria à prova de Interlagos em condição de ser campeão. Com um equipamento na média inferior ao da concorrência Alonso me parece o mais eficiente.
Parte dessa carga de emoção vivida desde Melbourne, em março, se deve à preservação do regulamento, sem mudanças drásticas, à disposição da Pirelli de fornecer pneus concebidos para o show e até certos artificialismos, provavelmente necessários, como o flap móvel (DRS), para facilitar as ultrapassagens. 2012 lança desde já enorme interesse pela próxima temporada.
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