sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

INDYCAR: IMPACTO EM SUPORTE DO ALAMBRADO CAUSOU MORTE DE WHELDON

Em coletiva nesta quinta-feira em Indianápolis, a IndyCar divulgou um relatório da investigação sobre o acidente fatal de Dan Wheldon, na etapa de Las Vegas, no dia 16 de outubro deste ano, informa o site TAZIO.

Brian Barnhart, chefe de operações da categoria, explicou que diversos fatores contribuíram para que o acidente acontecesse e que não foi possível concluir se a exclusão de apenas um deles seria o bastante para a sua prevenção.

O impacto que matou Wheldon foi quando ele bateu com a cabeça no suporte do alambrado que fica junto ao muro de proteção, na parte externa da pista.

“Foram vários fatores que não são incomuns em uma corrida que se juntaram e custaram a vida de Dan”, afirmou o dirigente da Indy.

O número de 34 carros em um circuito de 1,5 milha não foi considerado um dos problemas, pois estaria dentro da capacidade da pista, tanto em termos de largura quanto de estrutura nos boxes. “Las Vegas poderia ter 37 carros no grid”, disse Randy Bernard, presidente da IndyCar. Segundo ele, também não foi encontrada nenhuma falha mecânica que pudesse contribuir para o acidente.

A investigação aponta que a batida teve a participação de 15 carros e começou com o toque entre James Hinchcliff e Wade Cunningham, na entrada da curva um, causando a rodada do segundo. JR Hildebrand, que vinha logo atrás, bateu em Cunningham. Logo depois, envolveram-se também Jay Howard e Townsend Bell.

Dan Wheldon vinha na 24ª posição, a 358 km/h. Ele se manteve em um traçado na parte interna da pista, tentando escapar dos carros que batiam à sua frente. Aproximadamente 3s8 depois do primeiro impacto, Wheldon reduziu a aceleração para 55% do curso do pedal. Um segundo depois, ele diminuiu para 10% e continuou assim até o impacto. Ele começou a frear 2s4 antes do choque e conseguiu desacelerar para 264 km/h.

O inglês bateu na traseira do carro de Charlie Kimball e decolou. Nesse momento, Wheldon foi submetido a uma força equivalente a 50Gs por trás, 100Gs lateralmente e 100Gs na vertical.

A traseira do carro de Wheldon bateu por cima do muro de proteção e o carro ficou paralelo ao alambrado, com o cockpit virado para a cerca e o bico apontado na direção da corrida. Ele acabou batendo em um suporte do alambrado com a cabeça, o que ficou evidenciado pelos danos na parte frontal do capacete do inglês. Esse impacto foi o que causou a morte da inglês.

Segundo Barnhart, a posição do muro e do alambrado não foram fatores que contribuíram para o acidente e eles funcionaram da forma como era esperado.

Uma comissão será formada para estudar medidas aerodinâmicas e mecânicas necessárias para a categoria correr em ovais de até 1,5 milha.

3 comentários:

Rodrigo Cabral disse...

Plausível a explicação e demonstração da equipe ao acidente. Agora, devem chamar os engenheiros e avaliar melhoria nestas cercas de arames..assim dizendo!

Bem que Willians e FIA poderiam ter dado uma explicação melhor no caso do Senna...aquela barra de direção e a rachadura no cokpit do F1 do Senna..não desce até hoje!

Como na Itália! nada se resolve...espera uma bomba mafiana..lá nos EUA..a polícia já estaria em cima..como ocorreu com Donw Whelden

Igor * @fizomeu disse...

que todos esse laudos e relatórios sirvam para a evolução da segurança na categoria...

Marcos - Blog da GGOO disse...

Na minha opinião foi uma lamentável fatalidade, os carros de fórmula são abertos e esse risco sempre vai existir.
O cara voou a 264 km/h, não tem muito o que fazer, por mais segurança que exista em todos os sentidos.
Mas é sempre assim, sempre que morrer alguém, vão reestruturar e melhorar as condições de segurança.
Hoje, o culpado foi o suporte do alambrado, amanhã, o postinho da placa de sinalização, depois de amanhã, a cordinha que amarra os pneus da barreira de proteção...e segue o bonde...