A tríade comandada por Bruno Michel e composta também por Bernie Ecclestone e Flavio Briatore criou a GP2 no começo de 2005. A nova categoria nasceu para substituir a moribunda F3000 e ser o último degrau antes de um piloto avançar para a F1 e tinha (ainda tem) como principal atração o fato de correr nas mesmas pistas do principal certame do automobilismo mundial, sobretudo na Europa, informa o site Grande Prêmio.
A combinação foi perfeita para a época, atraiu jovens valores, gerou pilotos de sucesso para a F1, inclusive o campeão de 2008, Lewis Hamilton, e parecia consolidada. Entretanto, hoje, o número de competidores que dão o último passo em direção à categoria é bem menor que no momento de sua criação, em meados da década passada. Em 2011, Pastor Maldonado, Sergio Pérez e Jérôme D’Ambrosio foram promovidos da GP2 e alinharam no grid da F1. Na próxima temporada, por enquanto, apenas Charles Pic, que nada fez de extraordinário na carreira, dará o ‘último passo’ e será piloto da Marussia.
Se for levar em conta a quantidade de pilotos brasileiros na GP2, o cenário é ainda mais complicado. Desde a metade da temporada de 2010, apenas Luiz Razia representa o país e é o único piloto a guiar na categoria. Sem perspectiva de alcançar o posto de titular da F1 na próxima temporada, o mais provável é que o piloto de Barreiras continue no certame em 2012.
Cada vez mais, os custos da GP2 estão mais altos. A escalada dos preços se mostrou mais intensa depois que a categoria adotou o carro novo, com arquitetura mais parecida com a de um F1, no começo dessa temporada. E se a GP2 tem como principal atrativo correr nas mesmas pistas da rainha F1, um dos fatores contra reside no número restrito de testes, o que está longe do ideal para quem se propõe a ser a última etapa de preparação antes de rumar para o ápice do esporte a motor.
A World Series, aos poucos, vem se tornando uma alternativa cada vez mais plausível à GP2. Antes baseada apenas na Espanha, a categoria, que conta com suporte irrestrito da Renault Sport — tanto que leva seu nome, World Series by Renault —, vem mostrando curva ascendente nos últimos anos, atraindo pilotos do programa de testes da Red Bull, campeões da F3 Inglesa e por fim, vários brasileiros.
Antes a GP2 era visto como único porto seguro antes do último passo rumo à F1, mas atualmente o quadro vem mudando um pouco. Tanto que, além dos brasileiros, outros pilotos que miram uma vaga na F1 tem buscado na WS a preparação final antes de subir para a categoria-rainha, caso de Valtteri Bottas, agora reserva da Williams. Os custos mais baixos, a maior quantidade de testes e o novo pacote técnico para 2012, que inclui também a asa móvel, têm atraído mais pilotos para a World Series.
Nada menos que cinco pilotos do país podem alinhar no grid da WS em 2012: Felipe Nasr, Lucas Foresti, Yann Cunha, Cesar Ramos e André Negrão devem formar a armada brasileira na categoria na próxima temporada.
3 comentários:
Não conheço o André Negrão, mas pelo que já vi os outros quatro andando, na minha opinião, ainda há esperança!!! Força pra eles!!!
Parece que desses nomes aí, o mais promissor é o Felipe Nars.
O negócio é torcer muito mesmo pra essa galera vingar logo, pq a coisa tá feia na F-1 pros brasileiros...
eu gostaria que a world series fosse transmitida por alguma TV brasileira em 2012, será pedir demais???
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