quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
BALANÇO DA TEMPORADA*
* Por Lívio Orrichio
Acabou ontem, em Interlagos, a 62.ª temporada da história da Fórmula 1. Estive nas 19 etapas do campeonato. Penso ser oportuno um balanço do que vi e senti dos testes de inverno em Valência e Barcelona, em fevereiro, ao 40.º GP do Brasil, ontem.
Daqui a alguns anos, muitos se lembrarão da temporada de 2011 como uma das melhores da Fórmula 1. Não creio que será o caso, mas se em 2012 tivermos menos ultrapassagens e pit stops, a maior parte das corridas deste ano vão nos dar ainda mais saudades. Mas não é isso que espero de 2012. Deixemos para outro dia.
Confesso que quando vi na Malásia, em especial, os pilotos sendo ultrapassados por adversários que recorriam ao flap móvel, dei risada. O que é isso? , disse, afinal era uma luta desigual. As provas foram acontecendo, meus preconceitos sendo vencidos até que, após bela amostragem, rendi-me ao evidente: a Fórmula 1 ficou muito melhor, mais emocionante, menos previsível.
O que é mais impressionante nessa história é que tivemos uma edição de Mundial dentre as melhores, na minha leitura, apesar do domínio de um piloto e uma equipe. É um total paradoxo.
De repente, diante de tantos pegas empolgantes, como assistimos, manobras como dar o troco nas ultrapassagens, praticamente esquecidas já na Fórmula 1, o sucesso isolado de um concorrente ficou menor. Vettel e a Red Bull merecem todos os méritos e outros tantos que podemos lhes oferecer, meu discurso é outro, o de que a sua avassaladora campanha não comprometeu a grandeza do show.
Chamou muito a atenção, também, a maturidade de Sebastian Vettel. Quem o viu, por exemplo, no GP da Bélgica do ano passado, não poderia imaginar que agora não cometesse um único erro relevante. E que pessoa é esse menino, amigos. Nesses meus 21 anos ininterruptos de Fórmula 1, completados ontem, conheci bem poucos pilotos tão desprovidos dos vícios que o sucesso quase inevitavelmente gera. Atencioso, simples, cortês, Vettel é um verdadeiro campeão!
Nunca escondo que o piloto mais completo em atividade é, para mim, Fernando Alonso. Que temporada! Com o carro que dispôs chegou dez vezes ao pódio e ontem foi por pouco. Essa é a maior diferença para Felipe Massa. Sua capacidade é tanta que faz um carro ruim como o da Ferrari produzir muito mais do que se poderia esperar. Alonso faz a diferença. Este ano ratificou o conceito.
No meu blog os leitores fizeram um imagem equivocada da minha visão de Lewis Hamilton. Na minha lista, está junto de Alonso, Vettel e Robert Kubica como os mais talentosos da Fórmula 1. Este ano, contudo, me assustei em alguns momentos, ao vê-lo falar como um fantasma, voz pausada, olhar distante, indiferente ao que o cercava. Meu Deus, perdemos um dos mais fantásticos pilotos, cheguei a pensar. Felizmente nas últimas etapas resgatou um pouco do seu melhor. Aprecio os supertalentos, com Hamilton.
Deixei o Brasil de fora propositalmente. Merecerá um texto à parte. Obrigado por dividir esse espaço comigo ao longo da temporada. Tenho que em 2012 o campeonato será ainda melhor, com muitas ultrapassagens, pit stops e as vitórias mais distribuídas. Abraços!
Acabou ontem, em Interlagos, a 62.ª temporada da história da Fórmula 1. Estive nas 19 etapas do campeonato. Penso ser oportuno um balanço do que vi e senti dos testes de inverno em Valência e Barcelona, em fevereiro, ao 40.º GP do Brasil, ontem.
Daqui a alguns anos, muitos se lembrarão da temporada de 2011 como uma das melhores da Fórmula 1. Não creio que será o caso, mas se em 2012 tivermos menos ultrapassagens e pit stops, a maior parte das corridas deste ano vão nos dar ainda mais saudades. Mas não é isso que espero de 2012. Deixemos para outro dia.
Confesso que quando vi na Malásia, em especial, os pilotos sendo ultrapassados por adversários que recorriam ao flap móvel, dei risada. O que é isso? , disse, afinal era uma luta desigual. As provas foram acontecendo, meus preconceitos sendo vencidos até que, após bela amostragem, rendi-me ao evidente: a Fórmula 1 ficou muito melhor, mais emocionante, menos previsível.
O que é mais impressionante nessa história é que tivemos uma edição de Mundial dentre as melhores, na minha leitura, apesar do domínio de um piloto e uma equipe. É um total paradoxo.
De repente, diante de tantos pegas empolgantes, como assistimos, manobras como dar o troco nas ultrapassagens, praticamente esquecidas já na Fórmula 1, o sucesso isolado de um concorrente ficou menor. Vettel e a Red Bull merecem todos os méritos e outros tantos que podemos lhes oferecer, meu discurso é outro, o de que a sua avassaladora campanha não comprometeu a grandeza do show.
Chamou muito a atenção, também, a maturidade de Sebastian Vettel. Quem o viu, por exemplo, no GP da Bélgica do ano passado, não poderia imaginar que agora não cometesse um único erro relevante. E que pessoa é esse menino, amigos. Nesses meus 21 anos ininterruptos de Fórmula 1, completados ontem, conheci bem poucos pilotos tão desprovidos dos vícios que o sucesso quase inevitavelmente gera. Atencioso, simples, cortês, Vettel é um verdadeiro campeão!
Nunca escondo que o piloto mais completo em atividade é, para mim, Fernando Alonso. Que temporada! Com o carro que dispôs chegou dez vezes ao pódio e ontem foi por pouco. Essa é a maior diferença para Felipe Massa. Sua capacidade é tanta que faz um carro ruim como o da Ferrari produzir muito mais do que se poderia esperar. Alonso faz a diferença. Este ano ratificou o conceito.
No meu blog os leitores fizeram um imagem equivocada da minha visão de Lewis Hamilton. Na minha lista, está junto de Alonso, Vettel e Robert Kubica como os mais talentosos da Fórmula 1. Este ano, contudo, me assustei em alguns momentos, ao vê-lo falar como um fantasma, voz pausada, olhar distante, indiferente ao que o cercava. Meu Deus, perdemos um dos mais fantásticos pilotos, cheguei a pensar. Felizmente nas últimas etapas resgatou um pouco do seu melhor. Aprecio os supertalentos, com Hamilton.
Deixei o Brasil de fora propositalmente. Merecerá um texto à parte. Obrigado por dividir esse espaço comigo ao longo da temporada. Tenho que em 2012 o campeonato será ainda melhor, com muitas ultrapassagens, pit stops e as vitórias mais distribuídas. Abraços!
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