* Por Lucas Santochi
Nos últimos anos, o Brasil tem tido um sucesso considerável em provas de endurance, especialmente com Jaime Melo Jr, bicampeão das 24 Horas de Le Mans na classe GT, e Thomas Erdos, que também venceu a tradicional prova duas vezes, na LMP2.
Em 2008, Ricardo Zonta competiu em 2008 pela Peugeot e subiu ao pódio com a terceira posição na classificação geral, um dos grandes feitos de um brasileiro em Le Mans.
Mas, até hoje, José Carlos Pace e Raul Boesel são os responsáveis pelos melhores resultados do país na mais importante corrida de longa duração do mundo, ambos com vice-campeonatos na geral.
Pace subiu ao pódio em 1973, competindo com uma Ferrari 312P oficial, enquanto Boesel conquistou o mesmo resultado em 1991, com um Jaguar XJR12, quatro anos depois de ter conquistado o Campeonato Mundial de Marcas, também com um carro da empresa inglesa.
Em 2012, podemos ter mais um brasileiro correndo na categoria principal de protótipos para tentar se tornar o primeiro piloto do país a se tornar campeão das 24 Horas de Le Mans e brigar pelo Título Mundial: Lucas Di Grassi.
O piloto está negociando um lugar como piloto reserva na F1 no ano que vem e tentará encaixar no calendário uma participação regular nas provas de endurance. Isso para evitar o que aconteceu em 2011, em que, sem lugar como titular na categoria de monopostos, ficou responsável pelos testes da Pirelli, sem disputar nenhuma categoria.
“É um desafio novo e muito interessante. Nunca um brasileiro ganhou Le Mans, e, de repente, ser o primeiro, seria muito legal”, explicou ao Tazio Autosport .
A vaga que o brasileiro cogita é na equipe oficial da Peugeot, que apesar de ter sido derrotada nas 24 Horas de Le Mans do ano passado pela Audi, dominou todas as outras corridas importantes da temporada e conquistou o título da Intercontinental Le Mans Cup, que dará lugar ao Mundial de Endurance a partir do próximo ano.
Ele já realizou um teste com o protótipo da equipe, o 908, e se mostrou bastante impressionado com o desempenho do carro.
“Acho que é o segundo carro mais rápido depois da F1. Tem muita força aerodinâmica, é pesado porque é feito para durar 24 horas”, disse. “Não é muito diferente. Fiquei até surpreso. É um carro muito rápido, que é veloz e por muito tempo. É uma categoria interessante e que agora vai ter uma etapa no Brasil. Então, pode ser uma coisa para se pensar”, completou.
Di Grassi explicou que também negocia com o DTM, o campeonato alemão de turismo, mas, em um ano que o Brasil volta a ter uma corrida de nível internacional, as 6 Horas de Interlagos, seria muito ver um brasileiro correndo em uma equipe de ponta do endurance.
Um comentário:
é uma pena, mas se falta vaga, $$$ e sobrenome para ele correr na F1, le mans é mesmo a melhor opção para o di grassi!!!
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