sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
COLUNA DO ROQUE: EM MONACO EM 1975
Estávamos eu e um grupo de amigos, loucos por Fórmula 1 querendo novas emoções após o GP Brasil e a primeira dobradinha brasileira da história em Interlagos.
Devido ao milagre econômico vigente na época, após uma breve discussão entre possíveis destinos, chegamos a um consenso de onde iríamos gastar nosso rico dinheirinho: Mônaco.
Um mês antes, Marcos, Igor, Carolina e eu já preparávamos ansiosamente a viagem dos nossos sonhos, comprando passagens e reservando o hotel perto da curva Lewis.
Chegada a hora do embarque, camisas amarelas à postos, calças boca de sino vestidas rumo à Mônaco, onde nos encontraríamos com alguns pilotos brasileiros que estavam por lá para assistir a corrida.
Mal chegamos e o clima era totalmente diferente das demais corridas, faltava a festa de Interlagos, mas tinha um charme inconfundível. O glamour estava presente nos iates, nas lanças, no porto e a cada esquina.
Logo após encontramos Alex Dias Ribeiro que foi nos apresentar a pista, já fechada para o transito comum, mas aberta para um passeio de bicicleta. E de bicicleta lá fomos nós, percorrendo todos os pontos do circuito.
Na quinta feira os carros finalmente foram para a pista, pudemos assitir todas as emoções do restaurante que fica em frente a curva Lewis, feita em baixíssima velocidade, parecia que eles passariam reto, a cada nova freada.
O ronco dos motores, as freadas, as batidas, nada mais aguçava a vontade de estar um pouco mais além dos guardrails, de tocar nos carros, de fazer parte do circo todo, a alegria se misturava com a ansiedade.
Na sexta feira, o dia é monotonia para a F-1 e então, decidimos dar umas voltas, andando pelo túnel em direção aos S das Piscinas, ao chegarmos na rascasse, entramos nos boxes, lá longe José Carlos Pace conversava com Ingo Hoffman e Wilsinho Fittipaldi. Não perdemos tempo, fomos lá cumprimentá-los e, receptivos que são, nos mostraram alguns detalhes da pista e tudo mais.
Minutos depois, Emerson Fittipaldi se junta à turma e, com seu jeito característico de falar com as mãos, começa a explicar como é controlar um carro tão veloz nas estreitas ruas de Montecarlo.
Mas uma surpresa ainda nos restava, Emerson nos contou com exclusividade que correria de Coopersucar a partir do ano seguinte, para alegria de Wilsinho, cria e criador estaríam juntos.
Já era tarde, hora de ir embora, quando pudemos entrar nos boxes da equipe brasileira e ver como funcionava o FD-01, um dos carros mais lindos da história, Wilisinho fez questão de ligar os motores para ouvirmos o ronco do motor, só não pudemos entrar no carro.
A viagem dos sonhos estava perfeita, para ficar ainda melhor, só se um brasileiro ganhasse a corrida. Na sexta a noite, os festejos reais foram sem graças apesar dos bons champanhes servidos e de todos os pilotos participarem.
No sábado, os treinos começaram e a pole ficou com Niki Lauda e sua Ferrari relusente. Para a nossa alegria, Pace estava no pelotão da frente, seguido por Emerson, entre os 10 primeiros. Mas a tristeza ficou por conta da despedida de Graham Hill das pistas, ao não se classificar para o GP que o coroá-lo.
No domingo, chuva e a certeza de uma corrida emocionante, cheia de alternativas e alegrias. No final um resultado surpreendente. Lauda ganha, Emerson chega em segundo e Pace em terceiro.
Festa da torcida brasileira, festa com os brasileiros.
Horas depois era hora de voltar e relembrar, para sempre, essa aventura feita por quatro amigos...
Devido ao milagre econômico vigente na época, após uma breve discussão entre possíveis destinos, chegamos a um consenso de onde iríamos gastar nosso rico dinheirinho: Mônaco.
Um mês antes, Marcos, Igor, Carolina e eu já preparávamos ansiosamente a viagem dos nossos sonhos, comprando passagens e reservando o hotel perto da curva Lewis.
Chegada a hora do embarque, camisas amarelas à postos, calças boca de sino vestidas rumo à Mônaco, onde nos encontraríamos com alguns pilotos brasileiros que estavam por lá para assistir a corrida.
Mal chegamos e o clima era totalmente diferente das demais corridas, faltava a festa de Interlagos, mas tinha um charme inconfundível. O glamour estava presente nos iates, nas lanças, no porto e a cada esquina.
Logo após encontramos Alex Dias Ribeiro que foi nos apresentar a pista, já fechada para o transito comum, mas aberta para um passeio de bicicleta. E de bicicleta lá fomos nós, percorrendo todos os pontos do circuito.
Na quinta feira os carros finalmente foram para a pista, pudemos assitir todas as emoções do restaurante que fica em frente a curva Lewis, feita em baixíssima velocidade, parecia que eles passariam reto, a cada nova freada.
O ronco dos motores, as freadas, as batidas, nada mais aguçava a vontade de estar um pouco mais além dos guardrails, de tocar nos carros, de fazer parte do circo todo, a alegria se misturava com a ansiedade.
Na sexta feira, o dia é monotonia para a F-1 e então, decidimos dar umas voltas, andando pelo túnel em direção aos S das Piscinas, ao chegarmos na rascasse, entramos nos boxes, lá longe José Carlos Pace conversava com Ingo Hoffman e Wilsinho Fittipaldi. Não perdemos tempo, fomos lá cumprimentá-los e, receptivos que são, nos mostraram alguns detalhes da pista e tudo mais.
Minutos depois, Emerson Fittipaldi se junta à turma e, com seu jeito característico de falar com as mãos, começa a explicar como é controlar um carro tão veloz nas estreitas ruas de Montecarlo.
Mas uma surpresa ainda nos restava, Emerson nos contou com exclusividade que correria de Coopersucar a partir do ano seguinte, para alegria de Wilsinho, cria e criador estaríam juntos.
Já era tarde, hora de ir embora, quando pudemos entrar nos boxes da equipe brasileira e ver como funcionava o FD-01, um dos carros mais lindos da história, Wilisinho fez questão de ligar os motores para ouvirmos o ronco do motor, só não pudemos entrar no carro.
A viagem dos sonhos estava perfeita, para ficar ainda melhor, só se um brasileiro ganhasse a corrida. Na sexta a noite, os festejos reais foram sem graças apesar dos bons champanhes servidos e de todos os pilotos participarem.
No sábado, os treinos começaram e a pole ficou com Niki Lauda e sua Ferrari relusente. Para a nossa alegria, Pace estava no pelotão da frente, seguido por Emerson, entre os 10 primeiros. Mas a tristeza ficou por conta da despedida de Graham Hill das pistas, ao não se classificar para o GP que o coroá-lo.
No domingo, chuva e a certeza de uma corrida emocionante, cheia de alternativas e alegrias. No final um resultado surpreendente. Lauda ganha, Emerson chega em segundo e Pace em terceiro.
Festa da torcida brasileira, festa com os brasileiros.
Horas depois era hora de voltar e relembrar, para sempre, essa aventura feita por quatro amigos...
Marcadores:
coluna do roque,
Emerson Fittipaldi,
Ferrari,
GGOO,
GP Mônaco,
Jose Carlos Pace,
Niki Lauda
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Nossa, nunca vou me esquecer daquilo, foi emocionante, só quem esteve lá pra saber.
E na corrida, o bicho pegou mesmo, tá aqui uma amostra:
http://www.youtube.com/watch?v=2t2Ui0oK0n8
putz, me lembro como se fosse hj desse fds mágico (apesar de ainda nem ter nascido)
e essas colunas "viagem" do roque ainda vão acabar em livro (ou em internação)
Prefiro que acabe em livro.
MÔNACO..será que foi o pedido de alguém..ahah
Mas eu queria estar tbm :(
Vlw Roque
Postar um comentário