quinta-feira, 10 de outubro de 2013
O legado de uma geração*
* Por Julianne Cerasoli
Na semana passada, Felipe Motta publicou uma coluna aqui no TotalRace fazendo um paralelo entre os GPs da Coreia de 2010 e 2013. Há três anos, vivíamos a expectativa de um título mundial sendo disputado por cinco pilotos e a certeza de que assistíamos a uma geração especial, com três candidatos a gênios e outros dois competentes o suficiente para terem seus momentos de protagonistas.
De lá para cá, vimos a queda vertiginosa de Webber na mesma proporção em que o ‘crash kid’ Vettel tomou ares de Deus. Tivemos, ainda, a volta de Kimi Raikkonen, outro nome daqueles que têm talento para entrar para a história entre os grandes.
Mas uma série de circunstâncias fez com que apenas um desses pilotos saísse coroado com títulos. O quarto seguido de um piloto de apenas 26 anos abre uma perspectiva completamente diferente daquela de 2010 para esta geração. E o que parecia um novo final de anos 1980 de repente mais parece uma repeteco da era Schumacher.
Concordo com Hamilton que isso é uma pena. “Eu e Fernando em quinto e sexto lugares no final, tenho nossa corridinha... temos mais calibre do que isso, deveríamos estar mais adiante e lutando por campeonatos mundiais com Sebastian”, se resignou após o GP da Coreia. É inegável o mérito do conjunto Red Bull/Vettel, que não pode ser culpado por nada disso, mas certamente a sequência de títulos vai deturpar a noção histórica do que representaram os grandes talentos que estamos vendo nas pistas.
Lendo comentários sobre a noção geral da época de domínio do “outro” alemão, normalmente vemos a depreciação de seus rivais. O único que costuma escapar é Hakkinen, que acabou tendo apenas três temporadas de “embate direto” com Schumi.
Por outro lado, a geração dos anos 1980 é lembrada pelos grandes embates entre Mansell e Piquet, Prost e Senna – e um tirando vantagem da rivalidade do outro.
Mas como será que a geração atual será lembrada? Seria Alonso um novo Fittipaldi, um piloto de agressividade controlada que foi campeão muito jovem e depois tomou decisões na carreira que o afastaram dos títulos? E Hamilton, será apontado como um Mansell tatuado ao invés de bigodudo ou terá tempo para se reerguer junto da Mercedes? Raikkonen vai mesmo ser o baladeiro “one hit wonder” como seu ídolo James Hunt?
Façam suas apostas.
Na semana passada, Felipe Motta publicou uma coluna aqui no TotalRace fazendo um paralelo entre os GPs da Coreia de 2010 e 2013. Há três anos, vivíamos a expectativa de um título mundial sendo disputado por cinco pilotos e a certeza de que assistíamos a uma geração especial, com três candidatos a gênios e outros dois competentes o suficiente para terem seus momentos de protagonistas.
De lá para cá, vimos a queda vertiginosa de Webber na mesma proporção em que o ‘crash kid’ Vettel tomou ares de Deus. Tivemos, ainda, a volta de Kimi Raikkonen, outro nome daqueles que têm talento para entrar para a história entre os grandes.
Mas uma série de circunstâncias fez com que apenas um desses pilotos saísse coroado com títulos. O quarto seguido de um piloto de apenas 26 anos abre uma perspectiva completamente diferente daquela de 2010 para esta geração. E o que parecia um novo final de anos 1980 de repente mais parece uma repeteco da era Schumacher.
Concordo com Hamilton que isso é uma pena. “Eu e Fernando em quinto e sexto lugares no final, tenho nossa corridinha... temos mais calibre do que isso, deveríamos estar mais adiante e lutando por campeonatos mundiais com Sebastian”, se resignou após o GP da Coreia. É inegável o mérito do conjunto Red Bull/Vettel, que não pode ser culpado por nada disso, mas certamente a sequência de títulos vai deturpar a noção histórica do que representaram os grandes talentos que estamos vendo nas pistas.
Lendo comentários sobre a noção geral da época de domínio do “outro” alemão, normalmente vemos a depreciação de seus rivais. O único que costuma escapar é Hakkinen, que acabou tendo apenas três temporadas de “embate direto” com Schumi.
Por outro lado, a geração dos anos 1980 é lembrada pelos grandes embates entre Mansell e Piquet, Prost e Senna – e um tirando vantagem da rivalidade do outro.
Mas como será que a geração atual será lembrada? Seria Alonso um novo Fittipaldi, um piloto de agressividade controlada que foi campeão muito jovem e depois tomou decisões na carreira que o afastaram dos títulos? E Hamilton, será apontado como um Mansell tatuado ao invés de bigodudo ou terá tempo para se reerguer junto da Mercedes? Raikkonen vai mesmo ser o baladeiro “one hit wonder” como seu ídolo James Hunt?
Façam suas apostas.
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