terça-feira, 22 de outubro de 2013
Um russo na Toro Rosso*
* Por Rodrigo Mattar
Nem Antônio Félix da Costa, nem Stoffel Vandoorne. A bola da vez na equipe Toro Rosso para a próxima temporada da Fórmula 1 é Daniil Kvyat. O piloto de 19 anos apenas acaba de ser confirmado como o futuro companheiro do francês Jean-Eric Vergne na escuderia B da Red Bull.
Confesso que estou surpreso com esse anúncio. Afinal de contas, Félix da Costa também faz parte do programa mantido pela marca de energéticos para revelar jovens talentos no automobilismo, tem 22 anos (portanto, mais experiente) e vinha de uma boa temporada na World Series by Renault, em que pese a derrota sofrida ante o dinamarquês Kevin Magnussen. Algo pode ter dado muito errado para o luso nos bastidores, pois todos os rumores apontavam para a sua contratação.
Kvyat tem tudo para ser o que chamamos de um tiro no escuro, uma aposta pra lá de arriscada. Por mais que seja talentoso, o salto que a Red Bull está promovendo em sua carreira é imenso. Vice-campeão da Fórmula Renault ano passado, o russo disputa a GP3 Series e pode chegar ao título da temporada deste ano. Correndo pela MW Arden, equipe cuja participação societária é dividida entre Mark Webber e Christian Horner, Daniil tem 131 pontos, sete a menos que o líder – o argentino Facundo Regalia – e duas vitórias, em Spa-Francorchamps e Monza.
Neste ano, inclusive, Kvyat correu também no Europeu de Fórmula 3, mas como a Carlin não previra a participação do carro onde foi inscrito, o russo não pôde correr com direito a pontos. Na qualidade de hors-concours, ele foi ao pódio sete vezes e inclusive venceu uma das 30 corridas da temporada, em Zandvoort, na Holanda.
É bem possível que Kvyat tenha conquistado a vaga por dois motivos: o primeiro, a entrada da Rússia no calendário da Fórmula 1 em 2014, o que trará mídia para si e para a Toro Rosso. E o segundo, o possível investimento de patrocinadores do país, Lukoil à frente, cacifando a contratação do russo em detrimento ao favoritíssimo Antônio Félix da Costa, que levou uma rasteira e tanto, entrando pelo cano.
Daniil Kvyat entra verde demais, no meu entender, numa categoria que muda radicalmente seu regulamento para o próximo ano. Ele terá que fazer muita quilometragem na pré-temporada e nos simuladores para poder se familiarizar melhor com um carro de dinâmica muito distinta do GP3 e do Fórmula 3, ainda mais com as restrições que serão impostas pelo regulamento.
Nem Antônio Félix da Costa, nem Stoffel Vandoorne. A bola da vez na equipe Toro Rosso para a próxima temporada da Fórmula 1 é Daniil Kvyat. O piloto de 19 anos apenas acaba de ser confirmado como o futuro companheiro do francês Jean-Eric Vergne na escuderia B da Red Bull.
Confesso que estou surpreso com esse anúncio. Afinal de contas, Félix da Costa também faz parte do programa mantido pela marca de energéticos para revelar jovens talentos no automobilismo, tem 22 anos (portanto, mais experiente) e vinha de uma boa temporada na World Series by Renault, em que pese a derrota sofrida ante o dinamarquês Kevin Magnussen. Algo pode ter dado muito errado para o luso nos bastidores, pois todos os rumores apontavam para a sua contratação.
Kvyat tem tudo para ser o que chamamos de um tiro no escuro, uma aposta pra lá de arriscada. Por mais que seja talentoso, o salto que a Red Bull está promovendo em sua carreira é imenso. Vice-campeão da Fórmula Renault ano passado, o russo disputa a GP3 Series e pode chegar ao título da temporada deste ano. Correndo pela MW Arden, equipe cuja participação societária é dividida entre Mark Webber e Christian Horner, Daniil tem 131 pontos, sete a menos que o líder – o argentino Facundo Regalia – e duas vitórias, em Spa-Francorchamps e Monza.
Neste ano, inclusive, Kvyat correu também no Europeu de Fórmula 3, mas como a Carlin não previra a participação do carro onde foi inscrito, o russo não pôde correr com direito a pontos. Na qualidade de hors-concours, ele foi ao pódio sete vezes e inclusive venceu uma das 30 corridas da temporada, em Zandvoort, na Holanda.
É bem possível que Kvyat tenha conquistado a vaga por dois motivos: o primeiro, a entrada da Rússia no calendário da Fórmula 1 em 2014, o que trará mídia para si e para a Toro Rosso. E o segundo, o possível investimento de patrocinadores do país, Lukoil à frente, cacifando a contratação do russo em detrimento ao favoritíssimo Antônio Félix da Costa, que levou uma rasteira e tanto, entrando pelo cano.
Daniil Kvyat entra verde demais, no meu entender, numa categoria que muda radicalmente seu regulamento para o próximo ano. Ele terá que fazer muita quilometragem na pré-temporada e nos simuladores para poder se familiarizar melhor com um carro de dinâmica muito distinta do GP3 e do Fórmula 3, ainda mais com as restrições que serão impostas pelo regulamento.
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