segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Cheque-mate em duas jogadas*
* Por Luis Fernando Ramos
Foi um jogo de xadrez disputado a mais de 300 km/h no tabuleiro mais espetacular do mundo. O Grande Prêmio do Japão, em Suzuka, foi marcado por um duelo estratégico entre os três primeiros colocados após a largada. E o vencedor, o de sempre, foi aquele que fez a primeira curva da prova na terceira colocação: Sebastian Vettel.
O triunfo o deixou numa situação muito confortável para garantir o tetracampeonato já na próxima etapa, o GP da Índia no dia 27. Se Fernando Alonso ganhar a prova, um quinto lugar basta para o alemão. Se o espanhol ficar em segundo lugar, um oitavo para Vettel liquida a disputa. Com o ferrarista de 3º para baixo, o campeonato se decide mesmo com um abandono do piloto da Red Bull.
Nesta temporada de superlativos, Vettel demonstrou ontem em Suzuka que também sabe vencer uma corrida mesmo tendo que trabalhar para reverter um início ruim. Sua largada não foi boa, mas ele soube preservar os pneus na parte inicial e esticou ao máximo suas duas paradas. Com isso, superou Mark Webber, que era o segundo na fase inicial, na estratégia - o australiano fez três paradas nos boxes contra duas do alemão. E fez uso dos pneus em melhores condições para ultrapassar Romain Grosjean a treze voltas do final.
- Foi uma corrida fantástica, eu amo este circuito. Quero curtir este dia e não pensar na próxima corrida. O título é o objetivo maior que estabelecemos no início do ano quando vimos que tínhamos um bom carro. E é estranho porque ainda resta muito para acabar e tenho a chance de conquistá-lo na Índia, mas a melhor maneira para fazer isso é não pensar no assunto - receitou.
Derrotado mais uma vez por Vettel, Mark Webber se mostrou resignado depois da prova e rebateu a sugestão de que teria atuado como “coelho” para distrair o então líder Romain Grosjean para abrir caminho para o companheiro.
- Este segundo lugar foi o melhor que pude pelas circunstâncias. Foi um risco maior fazer três paradas para pressionar Grosjean pela vitória, mas Sebastian fez uma estratégia diferente com a qual ele se comprometeu na parte inicial da corrida.
Fernando Alonso chegou atrás de Grosjean em quarto, adiando a festa de Vettel e admitindo que o resultado era mesmo o máximo que poderia almejar:
- Os três primeiros tinham um ritmo inalcançável e, mesmo que eu tivesse largado mais à frente do que o oitavo lugar do grid, não teria subido no pódio - reconheceu.
O GP do Japão também trouxe um fato inédito: pela primeira vez em oito temporadas correndo pela Ferrari, Felipe Massa não atendeu a uma ordem de equipe. Isto aconteceu na fase inicial da prova. O brasileiro fez as 19 primeiras voltas atrás de Fernando Alonso até ser ultrapassado na vigésima. Bem antes disso, havia ouvido de seu engenheiro pelo rádio a frase “Multifunction Strategy A”. Perguntei o significado dela:
- Estava tendo ordem sim - admitiu - Tentei fazer minha corrida. Não achei que seria a ocasião certa de fazer isso. Alonso me ultrapassou na pista e acho que isto é o mais certo de acontecer numa corrida.
A Ferrari minimizou o episódio. Começando por Fernando Alonso:
- Não tem nenhum problema. Não podemos fazer isso ficar maior do que é. Estávamos disputando, e, independente do que fizéssemos, chegaríamos mais ou menos nas mesmas posições. Não sei exatamente o que aconteceu, mas zero problema. Estamos tentando fazer nosso melhor - ele, eu e a equipe - para marcar tantos pontos quanto o possível - afirmou o espanhol.
O chefe de equipe Stefano Domenicali também colocou panos quentes na polêmica, destacando que preocupação do time agora é a briga com a Mercedes pelo vice-campeonato de Contrutores - a diferença a favor da Ferrari é de apenas dez pontos.
- Não fiquei decepcionado com Felipe, honestamente. Não devemos criar uma tempestade sobre este fato, há outras coisas para nos preocuparmos. Temos um carro para melhorar e uma briga forte com a Mercedes. Precisamos melhorar principalmente nas classificações.
A insubordinação de Massa acabou não surtindo muito efeito. Além da ultrapassagem feita por Alonso, o brasileiro ainda sofreu um “drive-through” por ter superado o limite de velocidade nos boxes e acabou a prova apenas em décimo.
Foi um jogo de xadrez disputado a mais de 300 km/h no tabuleiro mais espetacular do mundo. O Grande Prêmio do Japão, em Suzuka, foi marcado por um duelo estratégico entre os três primeiros colocados após a largada. E o vencedor, o de sempre, foi aquele que fez a primeira curva da prova na terceira colocação: Sebastian Vettel.
O triunfo o deixou numa situação muito confortável para garantir o tetracampeonato já na próxima etapa, o GP da Índia no dia 27. Se Fernando Alonso ganhar a prova, um quinto lugar basta para o alemão. Se o espanhol ficar em segundo lugar, um oitavo para Vettel liquida a disputa. Com o ferrarista de 3º para baixo, o campeonato se decide mesmo com um abandono do piloto da Red Bull.
Nesta temporada de superlativos, Vettel demonstrou ontem em Suzuka que também sabe vencer uma corrida mesmo tendo que trabalhar para reverter um início ruim. Sua largada não foi boa, mas ele soube preservar os pneus na parte inicial e esticou ao máximo suas duas paradas. Com isso, superou Mark Webber, que era o segundo na fase inicial, na estratégia - o australiano fez três paradas nos boxes contra duas do alemão. E fez uso dos pneus em melhores condições para ultrapassar Romain Grosjean a treze voltas do final.
- Foi uma corrida fantástica, eu amo este circuito. Quero curtir este dia e não pensar na próxima corrida. O título é o objetivo maior que estabelecemos no início do ano quando vimos que tínhamos um bom carro. E é estranho porque ainda resta muito para acabar e tenho a chance de conquistá-lo na Índia, mas a melhor maneira para fazer isso é não pensar no assunto - receitou.
Derrotado mais uma vez por Vettel, Mark Webber se mostrou resignado depois da prova e rebateu a sugestão de que teria atuado como “coelho” para distrair o então líder Romain Grosjean para abrir caminho para o companheiro.
- Este segundo lugar foi o melhor que pude pelas circunstâncias. Foi um risco maior fazer três paradas para pressionar Grosjean pela vitória, mas Sebastian fez uma estratégia diferente com a qual ele se comprometeu na parte inicial da corrida.
Fernando Alonso chegou atrás de Grosjean em quarto, adiando a festa de Vettel e admitindo que o resultado era mesmo o máximo que poderia almejar:
- Os três primeiros tinham um ritmo inalcançável e, mesmo que eu tivesse largado mais à frente do que o oitavo lugar do grid, não teria subido no pódio - reconheceu.
O GP do Japão também trouxe um fato inédito: pela primeira vez em oito temporadas correndo pela Ferrari, Felipe Massa não atendeu a uma ordem de equipe. Isto aconteceu na fase inicial da prova. O brasileiro fez as 19 primeiras voltas atrás de Fernando Alonso até ser ultrapassado na vigésima. Bem antes disso, havia ouvido de seu engenheiro pelo rádio a frase “Multifunction Strategy A”. Perguntei o significado dela:
- Estava tendo ordem sim - admitiu - Tentei fazer minha corrida. Não achei que seria a ocasião certa de fazer isso. Alonso me ultrapassou na pista e acho que isto é o mais certo de acontecer numa corrida.
A Ferrari minimizou o episódio. Começando por Fernando Alonso:
- Não tem nenhum problema. Não podemos fazer isso ficar maior do que é. Estávamos disputando, e, independente do que fizéssemos, chegaríamos mais ou menos nas mesmas posições. Não sei exatamente o que aconteceu, mas zero problema. Estamos tentando fazer nosso melhor - ele, eu e a equipe - para marcar tantos pontos quanto o possível - afirmou o espanhol.
O chefe de equipe Stefano Domenicali também colocou panos quentes na polêmica, destacando que preocupação do time agora é a briga com a Mercedes pelo vice-campeonato de Contrutores - a diferença a favor da Ferrari é de apenas dez pontos.
- Não fiquei decepcionado com Felipe, honestamente. Não devemos criar uma tempestade sobre este fato, há outras coisas para nos preocuparmos. Temos um carro para melhorar e uma briga forte com a Mercedes. Precisamos melhorar principalmente nas classificações.
A insubordinação de Massa acabou não surtindo muito efeito. Além da ultrapassagem feita por Alonso, o brasileiro ainda sofreu um “drive-through” por ter superado o limite de velocidade nos boxes e acabou a prova apenas em décimo.
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