* Por Flávio Gomes
Felipe Nasr é o único brasileiro entre os 24 pilotos que começam, amanhã, a pré-temporada da GP2 em Jerez. Vai para seu segundo ano na categoria, que costuma ser aquele em que resultados são cobrados dos que pretendem chegar à F-1.
A ausência de pilotos do país na série que tem renovado a F-1 com altíssima taxa de acesso nos últimos anos tem relação direta com a estiagem que se vive por aqui em termos de categorias de base. Quando eu digo que daqui a pouco tempo a chance de não haver ninguém de verde-amarelo nas categorias de ponta é grande, não é chute. A Indy, que já foi porto seguro de tanta gente, terá como representantes desta linda terra ensolarada em 2013 apenas dois pilotos, Hélio Castroneves (Castro Neves/Cas Troneves/Castrone Ves), 37 anos, e Tony Kanaan, 38. Poderíamos incluir Bia Figueiredo, 27, mas ela não vai disputar a temporada toda. Na F-1, sobrou Felipe Massa, 31 — vamos deixar Luiz Razia, 23, de stand-by; a coisa anda meio malparada (existe “malparada”?) no seu caso com a Marussia, como relata Victor Martins aqui.
Nos últimos tempos, muita gente que hoje tem quase 30 desistiu dos monopostos e foi cantar em outras freguesias. Como exemplos podem ser citados Augusto Farfus (DTM), 29, Nelsinho Piquet (Nascar), 27, Lucas di Grassi (WEC), 28, e Bruno Senna (WEC), 29.
Por onde anda a garotada? Sumiu. Nasr, de 20 anos, vai carregar um fardo de algum peso nesta temporada. E resta, aos brasilinos, confiar em quem tem mais de 30.
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