* Por Victor Martins
A confirmação de que, de fato, as coisas não caminhavam bem para Razia vieram no último sábado, quando o nasal Fábio Seixas revelou na Folha que o brasileiro foi afastado pela Marussia dos treinos coletivos em Barcelona por falta de pagamento — desmentindo até a equipe, que optou pelo eufemismo de dar ao inglês Chilton mais tempo em pista pelos problemas enfrentados nos dias iniciais.
Relegado a treinos físicos e à conformidade da situação, Luiz passou o fim de semana nos arredores da pista catalã. Pelo telefone, algumas trocas de mensagens ajudaram a dar o tom da situação a três semanas do início da temporada 2013.
“Infelizmente tivemos alguns contratempos que não estava programado. Mas está se resolvendo”, comentou diante do dinheiro que não caiu na conta da Marussia, que, segundo Razia, empenha-se em solucionar a pendenga sem propor uma data-limite. “Não existe um prazo, a equipe está nos ajudando resolver a situação. Como o pessoal me disse, eles estão satisfeitos com os pilotos. Agora é resolver.”
Por mais que se reconheça como um piloto de fácil familiarização com estilo de pilotagem, traquejo e volante do carro, naturalmente Luiz não viu com bons olhos o fato de não ter andado em Barcelona. “Ruim que não testei essa semana passada. Fazer o quê? Tenho limitações no que posso fazer”, disse.
Ainda sobre o problema, Luiz afirmou que “tem outras pessoas trabalhando nessa parte, e eu sempre sou um dos últimos a saber” porque “não gosto de me envolver muito com essa parte que me deixa chateado”. Razia falou que não sabe exatamente o que levou à falta de pagamento — “se eu soubesse, já tinha resolvido” —, mas que se tratou de alguma coisa “burocrática”. As pessoas que citou são um casal de brasileiros.
O dinheiro, vindo ou não, é oriundo de “um investidor e pequenos apoiadores”. Solicitado a revelá-los, não quis. “Eles têm projetos em lançar um produto para este ano, e depois vão acompanhar nas corridas”, respondeu. Alguma razão para que não se fale deles? “É escolha deles, não posso fazer nada.”
Duas frases se seguiram na sequência. “A questão nem é essa, a questão é nenhum patrocinador brasileiro. Isso é que eu queria que enfatizasse. Quando é pra pisar na gente, tem um monte de gente, só esperando nos cairmos ou tropeçar pra mandar o cacete.”
No fim da conversa, questionei se a Globo o havia auxiliado em algo. “Em certa parte tentou.”
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