* Por Luis Fernando Ramos
Na semana passada, a FIA publicou o regulamento esportivo da F-1 para 2014, consolidando uma mudança anunciada há tempos: a introdução de um sistema de pontos para cada infração cometida por um piloto. Estes vão sendo acumulados e resultam em uma suspensão automática de uma corrida quando chegarem a um total de doze. A saber: as punições aplicadas pela FIA dão pontos diferentes de acordo com a gravidade do ocorrido, variando de um a cinco pontos por infração.
É uma novidade cujo efeito ainda precisa ser comprovado. Para alguns, o sistema de punição é positivo pois estabelece um limite para pilotos que cometem irregularidades constantemente. Outros vêem nela uma oportunidade para alguns “espertalhões” explorarem ao máximo os limites do regulamento, podendo abusar de infrações até chegarem perto da suspensão.
A revista alemã “Auto Motor Und Sport” fez um levantamento de como teria sido o ano de 2013 se esta novidade já estivesse em vigor, e o resultado dá razão para o segundo grupo citado. Apenas um piloto teria sido suspenso: o mexicano Esteban Gutierrez, da Sauber, que teria acumulado um total de 15 pontos ao longo do ano.
Outros três chegariam perto: Giedo Van der Garde, da Caterham, levou punições que lhe dariam onze pontos na carteira - faltaria um para uma eventual suspensão. Já os erráticos Romain Grosjean e Pastor Maldonado teriam fechado 2013 com nove pontos. Do outro lado da lista estariam Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Paul di Resta e Valtteri Bottas, que teriam recebido apenas um ponto na carteira. Numa F-1 cada vez mais punitiva, nenhum piloto do grid teria zerado neste ano.
Por enquanto, fica a impressão de que doze pontos é uma margem muito grande para inibir a ação de pilotos que abusam dos limites da esportividade. Pode até incentivá-los. Vamos ver como será na prática.
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