* Por Victor Martins
Parte de mais um capítulo desta F1 imparável nos bastidores, a Sauber é a nova bola da vez não só para os pilotos, mas para sua sobrevivência.
Foi em julho que a equipe suíça anunciou uma megaparceria com empresas ligadas ao governo russo que lhe dariam uma garantia de continuidade sólida. Os preços atingiam marcas superiores a meio bilhão de euros e colocavam Sirotkin, um fedelho sem experiência da GP3, como titular em 2014. Enquanto o mundo se preocupava com Räikkönen na Ferrari, Massa na Williams e o nebuloso caso da Quantum com a Lotus, a Sauber evoluía nas pistas com esse excepcional Hülkenberg, mas com um ponto de interrogação que se via lustroso até na careca de Peter Sauber: o negócio não fluía.
Sirotkin, ao que se fala, pagou 14,5 milhões de merkels por suas aparições na Sauber – 4,5 mi pelas voltas de demonstração e o teste na Ferrari para pegar a superlicença e outros 10 mi que permitiram ao time pagar seus fornecedores. Só nestas andadas aí, a Sauber também percebeu que o moleque era muito verde – “apesar de ter o incrível Hülk lá” – BECKER, Hugo. Então, a coisa voltava a ser a mesma que antes: vida dura.
A escuderia comandada por Monisha Kaltenborn não anunciou nenhum piloto e não vai continuar com Hülk, que recebeu seu salário pago via Ferrari para que não fosse disputar as últimas duas provas do ano pela Lotus. No caso desta, os milhões petrolíferos da PDVSA e de Maldonado foram o paliativo de quem esperava a grana inexistente de Mansoor Ijaz. E como a Lotus, a Sauber precisa de um salvador – ou de alguns, inclusos os pilotos.
Nasr aparece bem na lista por isso: são 7 milhões de velhos continentes que estão à disposição do Banco do Brasil. É pouco, claro, mas é o que tem para hoje de melhor. A roda está girando, dizem pessoas próximas a ele. Mas a história é que a Sauber tem uma parceria sendo amarrada à boca pequena. Algo provavelmente nos moldes do que vinha fazendo a própria Lotus, com um grupo que vai ter uma parcela minoritária na equipe e permita um respiro de alguns anos.
Sabe-se que a Marussia procurou algumas colegas de trabalho para uma fusão, apesar de ter garantido o tutu correspondente ao décimo lugar no Mundial. A quantia é menor que o cheque-caução que tem de depositar para disputar o campeonato do ano que vem, de 48 milhões de obamas. A Marussia procurou a Sauber – também havia procurado a Williams e a Caterham. Já não seria de todo estranho, pois, a existência da ‘Sauberussia’ ou da ‘Marussauber’.
Um ponto positivo para uma eventual fusão: tanto Marussia quanto Sauber têm acordo com a Ferrari para fornecimento de motores. E Bianchi, piloto Ferrari, já está assinado com o time rubronegro e pobre para 2014.
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