Desmotivado pela data marcada e pelos acontecimentos da última etapa em Interlagos, confesso que não estava disposto a pagar o preço cobrado pela segunda corrida da Stock Car em Ribeirão Preto. Mas eis que uma oportunidade surgiu e aí o vício sempre fala mais alto (ele grita mesmo). Então, lá fui eu representar a GGOO no evento.
Chegando nos arredores da pista no sábado à tarde, poucos minutos antes de começar o interminável treino classificatório, a voz do locutor oficial "Chicão" (chato é apelido) ecoava alto pelas arquibancadas praticamente vazias. O belo fim de tarde ficou ainda melhor com o ronco dos motores do carros passando muito perto do muro e com a pole de Luciano Burti, mais rápido que o piloto do carro nº0 por um milésimo de segundo, fato que já fez valer a viagem desse que vos escreve. Para encerrar o dia, os lindos carros (de verdade) da Mini Challenge largam para a primeira corrida do final de semana, se tocando e rodando bem na minha frente.
Domingo, quente, quente mesmo, um típico dia ribeirão-pretano. E a cidade vive horas de metrópole, com trânsito parado e muito mal organizado pela Polícia Militar local. O acesso à pista, que no ano passado foi feito através do anel viário da cidade, foi modificado e a única opção eram as estreitas ruas próximas à Unip, estava na cara que não iria funcionar.
Arquibancadas lotadas, show de manobras para distrair o público até que chega a hora da largada. O ronco dos 32 carros passando a poucos metros dos ouvidos compensa a visão limitada típica dos circuitos de rua, fato minimizado por dois telões que foram instalados dessa vez e pelo sinal da TV digital no celular. Posicionado na arquibancada da segunda curva do circuito foi bonito assistir ao show dos discos de freios trabalhando. incandescentes e sentir o cheiro das fortes freadas.
A pista, mais larga e com um trecho modificado proporcionou uma corrida, fato que praticamente não existiu no ano passado. Houve ação e disputas em vários momentos da prova, foi bem mais divertido. Átila Abreu ultrapassou o piloto do carro nº0 e depois assumiu a liderança na estratégia de pit stops, venceu novamente em Ribeirão Preto. Depois do pódio, a maioria do público vai embora, se atracando no trânsito e perdendo a segunda corrida da Mini Challenge que é mais quente que o sol que maltrata aos que lá permanecem, disputadíssima e com alguns acidentes sem maior gravidade além da financeira. E porque o vício sempre fala mais alto, continuei lá, até o final!
* Esse texto reflete apenas a opnião de seu autor e não necessariamente de todos os colaboradores deste Blog.
Um comentário:
Ó, nobre diretor, mas suas opiniões são sempre muito sensatas, principalmente quando acompanha os eventos "in loco", nos passa suas impressões de maneira sempre transparente e que reflete bem a realidade.
Obrigado por nos representar em mais essa.
Deve ter sido um grande sacrifício passar o findi em Ribeirão...
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