quarta-feira, 12 de março de 2014
Volta por cima da Red Bull parece ser uma questão de tempo*
* Por Julianne Cerasoli
Terceira equipe que menos andou na pré-temporada, atrás da nanica Marussia e da Lotus, que só participou dois terços dos testes. Dona da sétima volta mais rápida, a quase 2s5 da Williams. Oitava mais veloz em reta, a mais de 20km/h da líder Ferrari. Nem rápida, nem confiável, a Red Bull começa, quem diria, como a grande incógnita do ano. Mas será um caso de game over para os fãs de Vettel e companhia?
Há quem se apresse em lembrar de um famoso projeto errado de Adrian Newey: em 2003, com a McLaren – um erro tão grave que o MP418 foi para o museu sem uma corridinha sequer no currículo. Com aquele MP418, o RB10 tem a semelhança de apresentar entradas de ar pequenas demais e, consequentemente, ter problemas de arrefecimento. Porém, há indícios de que as coincidências param por aí.
É bem verdade que as dificuldades dos tetracampeões foram se proliferando à medida que o carro ganhou quilômetros – mesmo que a passos lentos – durante os testes. Primeiro, questões de software da unidade de potência, de responsabilidade da Renault; depois, falta de refrigeração suficiente – novamente, acredita-se, algo relacionado à imprecisão e à demora das informações passadas pelos franceses a respeito das dimensões das entradas dos radiadores – e, por fim, comportamentos inconsistentes do novo sistema de freio eletrônico. Ufa!
Certamente, a lista de problemas a resolver é extensa e o próprio consultor da equipe, Helmut Marko, reconheceu que “a temporada está começando dois meses do que deveria” para o time, mas é o potencial demonstrado pelo RB10 quando ele conseguiu ir à pista que dá a impressão de que a Red Bull pode, se não virar, ao menos igualar o jogo.
Os rivais não cansam de repetir isso. “Tenho certeza de que eles têm um carro muito rápido”, disse Hamilton. “É sempre legal dizer que a Red Bull está em dificuldades e que pode lutar com a Caterham, mas pode esquecer. Não será assim. Eles têm um problema para resolver, mas quando estiver resolvido, estarão lá”, endossou Massa. Contudo, o depoimento mais interessante veio de Jenson Button, que se impressionou com a maneira como foi ultrapassado por Daniel Ricciardo durante os testes:
“Estava pilotando com Ricciardo por algumas voltas e ele não conseguia me passar nas retas. Ele me passou por fora na curva 11, que é de alta. Nunca tinha visto algo assim. É um carro que parece funcionar bem do ponto de vista aerodinâmico e acho que, quando eles tiverem confiabilidade, serão muito, muito competitivos.”
A recuperação passa pela Renault, que precisa fazer sua lição de casa, e o espaço para melhora de todos os rivais também é grande. Mas o que está claro é que não se trata de um carro totalmente equivocado, como o MP418. Isso, junto de um poder de recuperação já demonstrado em campanhas como dos últimos anos, faz crer que é mais uma questão de “quando” e não de “se” eles vão se reerguer.
Terceira equipe que menos andou na pré-temporada, atrás da nanica Marussia e da Lotus, que só participou dois terços dos testes. Dona da sétima volta mais rápida, a quase 2s5 da Williams. Oitava mais veloz em reta, a mais de 20km/h da líder Ferrari. Nem rápida, nem confiável, a Red Bull começa, quem diria, como a grande incógnita do ano. Mas será um caso de game over para os fãs de Vettel e companhia?
Há quem se apresse em lembrar de um famoso projeto errado de Adrian Newey: em 2003, com a McLaren – um erro tão grave que o MP418 foi para o museu sem uma corridinha sequer no currículo. Com aquele MP418, o RB10 tem a semelhança de apresentar entradas de ar pequenas demais e, consequentemente, ter problemas de arrefecimento. Porém, há indícios de que as coincidências param por aí.
É bem verdade que as dificuldades dos tetracampeões foram se proliferando à medida que o carro ganhou quilômetros – mesmo que a passos lentos – durante os testes. Primeiro, questões de software da unidade de potência, de responsabilidade da Renault; depois, falta de refrigeração suficiente – novamente, acredita-se, algo relacionado à imprecisão e à demora das informações passadas pelos franceses a respeito das dimensões das entradas dos radiadores – e, por fim, comportamentos inconsistentes do novo sistema de freio eletrônico. Ufa!
Certamente, a lista de problemas a resolver é extensa e o próprio consultor da equipe, Helmut Marko, reconheceu que “a temporada está começando dois meses do que deveria” para o time, mas é o potencial demonstrado pelo RB10 quando ele conseguiu ir à pista que dá a impressão de que a Red Bull pode, se não virar, ao menos igualar o jogo.
Os rivais não cansam de repetir isso. “Tenho certeza de que eles têm um carro muito rápido”, disse Hamilton. “É sempre legal dizer que a Red Bull está em dificuldades e que pode lutar com a Caterham, mas pode esquecer. Não será assim. Eles têm um problema para resolver, mas quando estiver resolvido, estarão lá”, endossou Massa. Contudo, o depoimento mais interessante veio de Jenson Button, que se impressionou com a maneira como foi ultrapassado por Daniel Ricciardo durante os testes:
“Estava pilotando com Ricciardo por algumas voltas e ele não conseguia me passar nas retas. Ele me passou por fora na curva 11, que é de alta. Nunca tinha visto algo assim. É um carro que parece funcionar bem do ponto de vista aerodinâmico e acho que, quando eles tiverem confiabilidade, serão muito, muito competitivos.”
A recuperação passa pela Renault, que precisa fazer sua lição de casa, e o espaço para melhora de todos os rivais também é grande. Mas o que está claro é que não se trata de um carro totalmente equivocado, como o MP418. Isso, junto de um poder de recuperação já demonstrado em campanhas como dos últimos anos, faz crer que é mais uma questão de “quando” e não de “se” eles vão se reerguer.
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Um comentário:
muito bom texto, bem informativo. excelente!
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