sexta-feira, 28 de março de 2014
A ameaça do dono da Red Bull é real?*
* Por Luis Fernando Ramos
Dentro do paddock da Fórmula 1, falar bem ou mal do novo pacote técnico da categoria já não é mais uma questão de gosto, mas de alinhamento político. A Mercedes, que mostrou na Austrália ter saído bem na frente nesse campeonato, se alinha à política do presidente da FIA Jan Todt e não cansa de reforçar seu apoio aos motores V6. Já a Red Bull, que despencou do domínio para uma pré-temporada frustrante e uma desclassificação polêmica, vive falando mal de tudo, assim como anda fazendo Bernie Ecclestone.
O capítulo mais recente dessa queda-de-braço veio quando Dietrich Mateschitz, o dono da fabricante de energéticos, numa entrevista ao jornal austríaco “Kurier”, sinalizou que o time poderia até deixar a F-1 se ela não voltasse a ter um perfil mais extremo.
- A Fórmula 1 precisa voltar a ser o que sempre foi: a categoria suprema. Não estamos lá para estabelecer novos recordes no consumo de gasolina, nem para sussurrar durante uma corrida porque o barulho mais alto nos boxes é o de pneus cantando - atacou.
A tática de ameaçar deixar a Fórmula 1 como pressão por mudanças no regulamento não é novidade. O lendário Enzo Ferrari era mestre em fazer isso. Quando as coisas não iam bem para o seu time, criava um protótipo de turismo ou mesmo de Fórmula Indy e ameaçava puxar o carro. Quase sempre conseguia o que queria.
No caso de Mateschitz, o cenário é diferente. Montadoras como Mercedes, Renault e Honda buscam uma F-1 mais próxima aos veículos de série para o desenvolvimento de novas tecnologias. Já o dono da Red Bull prefere um perfil mais “radical” para a categoria, combinando com o marketing de seu produto. Se alinhar a Bernie Ecclestone é também um gesto de agradecimento pela oportunidade de ganhou de organizar seu próprio GP com a volta da corrida na Áustria neste ano.
Mas ainda que as coisas fiquem como estão, é improvável que a ameaça de Mateschitz se concretize. O investimento de sua empresa no esporte já foi longe demais para jogar tudo para o alto. E o novo carro demonstra grande potencial. Quando o RB10 começar a ganhar corridas, vai ser difícil vê-lo reclamando do barulho. Como era com Enzo Ferrari.
Dentro do paddock da Fórmula 1, falar bem ou mal do novo pacote técnico da categoria já não é mais uma questão de gosto, mas de alinhamento político. A Mercedes, que mostrou na Austrália ter saído bem na frente nesse campeonato, se alinha à política do presidente da FIA Jan Todt e não cansa de reforçar seu apoio aos motores V6. Já a Red Bull, que despencou do domínio para uma pré-temporada frustrante e uma desclassificação polêmica, vive falando mal de tudo, assim como anda fazendo Bernie Ecclestone.
O capítulo mais recente dessa queda-de-braço veio quando Dietrich Mateschitz, o dono da fabricante de energéticos, numa entrevista ao jornal austríaco “Kurier”, sinalizou que o time poderia até deixar a F-1 se ela não voltasse a ter um perfil mais extremo.
- A Fórmula 1 precisa voltar a ser o que sempre foi: a categoria suprema. Não estamos lá para estabelecer novos recordes no consumo de gasolina, nem para sussurrar durante uma corrida porque o barulho mais alto nos boxes é o de pneus cantando - atacou.
A tática de ameaçar deixar a Fórmula 1 como pressão por mudanças no regulamento não é novidade. O lendário Enzo Ferrari era mestre em fazer isso. Quando as coisas não iam bem para o seu time, criava um protótipo de turismo ou mesmo de Fórmula Indy e ameaçava puxar o carro. Quase sempre conseguia o que queria.
No caso de Mateschitz, o cenário é diferente. Montadoras como Mercedes, Renault e Honda buscam uma F-1 mais próxima aos veículos de série para o desenvolvimento de novas tecnologias. Já o dono da Red Bull prefere um perfil mais “radical” para a categoria, combinando com o marketing de seu produto. Se alinhar a Bernie Ecclestone é também um gesto de agradecimento pela oportunidade de ganhou de organizar seu próprio GP com a volta da corrida na Áustria neste ano.
Mas ainda que as coisas fiquem como estão, é improvável que a ameaça de Mateschitz se concretize. O investimento de sua empresa no esporte já foi longe demais para jogar tudo para o alto. E o novo carro demonstra grande potencial. Quando o RB10 começar a ganhar corridas, vai ser difícil vê-lo reclamando do barulho. Como era com Enzo Ferrari.
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