segunda-feira, 31 de março de 2014
O dia do fico*
* Por Julianne Cerasoli
Quem é que ganhou a corrida mesmo? Sim, Lewis Hamilton teve um final de semana dos sonhos e sequer pareceu forçar muito para colocar mais de 17s no próprio companheiro de equipe, que em momento algum da corrida teve ritmo para assustá-lo. Mas o clima azedo na Williams ao final da prova (não estou na Malásia, mas conto com o testemunho do Ico para dizer isso) roubou a cena de um GP que parece predestinado a rebeldias.
Analisando racionalmente, a Williams esteve correta em avisar Felipe Massa de que Valtteri Bottas vinha mais rápido. Primeiro, porque era verdade, e segundo, porque havia a possibilidade real de superar Button. Mais correta ainda seria a postura indicada por Rod Nelson de que a intenção era dar a Bottas um prazo para ele fazer a ultrapassagem. Se não o fizesse, devolveria o sétimo lugar a Massa.
É sempre difícil gerir uma corrida quando seus dois pilotos estão correndo juntos, como aconteceu com a Williams no início da prova. Sentindo-se mais rápido, mas não o suficiente para passar – com dois carros iguais, as armas para defender e atacar são as mesmas – Bottas fez uma prova bastante inteligente, alargando seu primeiro stint ao máximo para fazer a terceira parada o mais tarde possível e voar no final. Foi assim que o finlandês saiu do box no 44º giro 5s6 atrás de Massa, que parara duas voltas antes, e chegou no brasileiro três voltas depois.
Quando veio a ordem, menos de três segundos separavam Button, Massa e Bottas. A prioridade da equipe, claro, é maximizar seu resultado e, naquele momento, era o finlandês que demonstrava ter mais chances de obter isso.
Mas havia um ser humano dentro daquele carro da Williams. No final de uma corrida extenuante e com uma marca inquestionável na memória das diversas vezes em que se sentiu deixado de lado na Ferrari, Massa não quis saber de lógica nenhuma. Teve de ouvir por quatro anos que se tornou capacho quando levou aquela ultrapassagem oportunista de Alonso na entrada do box na China e não deixaria que a história se repetisse.
A Williams sabia de tudo isso quando o contratou. E Massa sempre destacou o quanto o respeito com que foi tratado desde o primeiro momento no time lhe era importante. Portanto, como parece que o brasileiro e Bottas ainda se encontrarão bastante pelas pistas por aí, seria inteligente a equipe levar isso em consideração daqui em diante.
No mais, em mais uma corrida morna, a novidade do gráfico com o consumo de combustível foi um alento. Mas ainda é pouco para compreender o que realmente está acontecendo na pista.
Quem é que ganhou a corrida mesmo? Sim, Lewis Hamilton teve um final de semana dos sonhos e sequer pareceu forçar muito para colocar mais de 17s no próprio companheiro de equipe, que em momento algum da corrida teve ritmo para assustá-lo. Mas o clima azedo na Williams ao final da prova (não estou na Malásia, mas conto com o testemunho do Ico para dizer isso) roubou a cena de um GP que parece predestinado a rebeldias.
Analisando racionalmente, a Williams esteve correta em avisar Felipe Massa de que Valtteri Bottas vinha mais rápido. Primeiro, porque era verdade, e segundo, porque havia a possibilidade real de superar Button. Mais correta ainda seria a postura indicada por Rod Nelson de que a intenção era dar a Bottas um prazo para ele fazer a ultrapassagem. Se não o fizesse, devolveria o sétimo lugar a Massa.
É sempre difícil gerir uma corrida quando seus dois pilotos estão correndo juntos, como aconteceu com a Williams no início da prova. Sentindo-se mais rápido, mas não o suficiente para passar – com dois carros iguais, as armas para defender e atacar são as mesmas – Bottas fez uma prova bastante inteligente, alargando seu primeiro stint ao máximo para fazer a terceira parada o mais tarde possível e voar no final. Foi assim que o finlandês saiu do box no 44º giro 5s6 atrás de Massa, que parara duas voltas antes, e chegou no brasileiro três voltas depois.
Quando veio a ordem, menos de três segundos separavam Button, Massa e Bottas. A prioridade da equipe, claro, é maximizar seu resultado e, naquele momento, era o finlandês que demonstrava ter mais chances de obter isso.
Mas havia um ser humano dentro daquele carro da Williams. No final de uma corrida extenuante e com uma marca inquestionável na memória das diversas vezes em que se sentiu deixado de lado na Ferrari, Massa não quis saber de lógica nenhuma. Teve de ouvir por quatro anos que se tornou capacho quando levou aquela ultrapassagem oportunista de Alonso na entrada do box na China e não deixaria que a história se repetisse.
A Williams sabia de tudo isso quando o contratou. E Massa sempre destacou o quanto o respeito com que foi tratado desde o primeiro momento no time lhe era importante. Portanto, como parece que o brasileiro e Bottas ainda se encontrarão bastante pelas pistas por aí, seria inteligente a equipe levar isso em consideração daqui em diante.
No mais, em mais uma corrida morna, a novidade do gráfico com o consumo de combustível foi um alento. Mas ainda é pouco para compreender o que realmente está acontecendo na pista.
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