segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
UMA LUZ SOBRE O FW33*
* Por Luis Fernando Ramos
Rubens Barrichello jamais perdeu a calma. Enquanto o carro da Williams colecionou problema nos boxes nos primeiros dias de testes, o brasileiro insistiu que os tempos obtidos eram irrelevantes comparando com os outros times e que, se andasse com pouca gasolina, faria um tempo muito bom com o FW33. No último dia de testes em Jerez de la Frontera, ele comprovou isto ao registrar a melhor marca da semana.
A volta em 1min19s832 veio no início de uma série de nove voltas consecutivas, o que indica que o carro poderia estar leve, mas não tanto como num treino de classificação. Mas não dá para concluir nada em cima das marcas do dia (clique aqui para vê-las). Com os tanques de gasolina abrigando até 120 litros, há um leque muito grande para possíveis diferença de peso entre os carros. De qualquer jeito, o tempo de Barrichello joga uma luz positiva sobre um dos carros mais inovadores de 2011. Afinal, pela primeira vez ele pôde trabalhar mais em cima do acerto do carro.
O modelo da Williams chama a atenção pela traseira praticamente plana. Para ganhar mais pressão aerodinâmica naquela área, os engenheiros do time criaram uma caixa de câmbio extremamente compacta e montada junto com o diferencial, o conjunto colocado numa altura bem mais baixa que o normal. A suspensão traseira também é diferente da dos outros times, com alguns braços saindo do elemento lateral da asa traseira até a roda.
Conversei com Barrichello sobre o conceito do FW33 quando estive em Valência. “Esse carro tem ideias diferentes, muitas delas vindas de conversas minhas com a equipe em cima do trabalho feito no ano passado. O comportamento é diferente do modelo anterior, mas isso também tem relação com os pneus, que são bem distintos agora. É difícil comparar com as outras equipes, mas em relação ao modelo anterior, estamos com um carro bem melhor”, apontou.
Até a abertura da temporada no Bahrein, porém, a equipe ainda tem alguns problemas para resolver. O KERS ainda não funcionou a contento (o tempo de hoje foi sem o dispositivo), mas o time aposta em uma nova solução para os trabalhos da semana que vem em Barcelona. E deixa Jerez de la Frontera animado com as mais de cem voltas completadas hoje por Barrichello.
Afinal, a quilometragem conta mais que a performance num momento em que as equipes ainda buscam conhecer melhor seus modelos e escondem alguns trunfos na manga. Uma parte deles deve vir à tona em Barcelona, uma pista fundamental para aferir o potencial aerodinâmico das máquinas - ali, uma pressão aerodinâmica eficiente é tudo, como mostra o segundo de vantagem que a Red Bull colocou no resto no GP da Espanha do ano passado.
O pouco que dá para concluir até agora é que o carro da Ferrari apresenta uma excelente confiabilidade - que, aliás, já foi a principal marca do antecessor - e o da Red Bull é o mais equilibrado nas curvas, algo que é confirmado pelo olhar de pilotos, engenheiros e jornalistas que se colocaram na beira delas durante estes dias em Jerez. Já McLaren, Williams (menos hoje) e Mercedes perderam tempo demais nos boxes esta semana com defeitos e levam uma lista grande de lição de casa para fazer até Barcelona. Mas dá tempo de sobra, nunca duvide da capacidade dos engenheiros e especialistas de uma equipe de F-1.
Interessante é o que se desenha em relação aos pneus. Mesmo o composto mais duro não está conseguindo durar mais que cem quilômetros - mas vamos levar em conta também que Jerez é uma pista “comedora” de borracha. Nos bastidores circula a informação de que a Pirelli vai jogar na segurança e optar pela combinação “macios-duros” para as quatro primeiras provas do ano. Uma boa escolha já que mantem o degrau entre os compostos com o “médio” ficando de fora. E, pelos dados de Jerez, aponta para a possibilidade de corridas com três paradas, quebrando a estratégia lógica que teríamos com duas na ordem “macio-duro-duro”. Mas a Pirelli já anunciou revisões nos compostos “super-macio” e “macio” para Barcelona, meio que reconhecendo que o desgaste deles está acentuado demais. Normal, vamos ver o resultado disso na semana que vem.
Rubens Barrichello jamais perdeu a calma. Enquanto o carro da Williams colecionou problema nos boxes nos primeiros dias de testes, o brasileiro insistiu que os tempos obtidos eram irrelevantes comparando com os outros times e que, se andasse com pouca gasolina, faria um tempo muito bom com o FW33. No último dia de testes em Jerez de la Frontera, ele comprovou isto ao registrar a melhor marca da semana.
A volta em 1min19s832 veio no início de uma série de nove voltas consecutivas, o que indica que o carro poderia estar leve, mas não tanto como num treino de classificação. Mas não dá para concluir nada em cima das marcas do dia (clique aqui para vê-las). Com os tanques de gasolina abrigando até 120 litros, há um leque muito grande para possíveis diferença de peso entre os carros. De qualquer jeito, o tempo de Barrichello joga uma luz positiva sobre um dos carros mais inovadores de 2011. Afinal, pela primeira vez ele pôde trabalhar mais em cima do acerto do carro.
O modelo da Williams chama a atenção pela traseira praticamente plana. Para ganhar mais pressão aerodinâmica naquela área, os engenheiros do time criaram uma caixa de câmbio extremamente compacta e montada junto com o diferencial, o conjunto colocado numa altura bem mais baixa que o normal. A suspensão traseira também é diferente da dos outros times, com alguns braços saindo do elemento lateral da asa traseira até a roda.
Conversei com Barrichello sobre o conceito do FW33 quando estive em Valência. “Esse carro tem ideias diferentes, muitas delas vindas de conversas minhas com a equipe em cima do trabalho feito no ano passado. O comportamento é diferente do modelo anterior, mas isso também tem relação com os pneus, que são bem distintos agora. É difícil comparar com as outras equipes, mas em relação ao modelo anterior, estamos com um carro bem melhor”, apontou.
Até a abertura da temporada no Bahrein, porém, a equipe ainda tem alguns problemas para resolver. O KERS ainda não funcionou a contento (o tempo de hoje foi sem o dispositivo), mas o time aposta em uma nova solução para os trabalhos da semana que vem em Barcelona. E deixa Jerez de la Frontera animado com as mais de cem voltas completadas hoje por Barrichello.
Afinal, a quilometragem conta mais que a performance num momento em que as equipes ainda buscam conhecer melhor seus modelos e escondem alguns trunfos na manga. Uma parte deles deve vir à tona em Barcelona, uma pista fundamental para aferir o potencial aerodinâmico das máquinas - ali, uma pressão aerodinâmica eficiente é tudo, como mostra o segundo de vantagem que a Red Bull colocou no resto no GP da Espanha do ano passado.
O pouco que dá para concluir até agora é que o carro da Ferrari apresenta uma excelente confiabilidade - que, aliás, já foi a principal marca do antecessor - e o da Red Bull é o mais equilibrado nas curvas, algo que é confirmado pelo olhar de pilotos, engenheiros e jornalistas que se colocaram na beira delas durante estes dias em Jerez. Já McLaren, Williams (menos hoje) e Mercedes perderam tempo demais nos boxes esta semana com defeitos e levam uma lista grande de lição de casa para fazer até Barcelona. Mas dá tempo de sobra, nunca duvide da capacidade dos engenheiros e especialistas de uma equipe de F-1.
Interessante é o que se desenha em relação aos pneus. Mesmo o composto mais duro não está conseguindo durar mais que cem quilômetros - mas vamos levar em conta também que Jerez é uma pista “comedora” de borracha. Nos bastidores circula a informação de que a Pirelli vai jogar na segurança e optar pela combinação “macios-duros” para as quatro primeiras provas do ano. Uma boa escolha já que mantem o degrau entre os compostos com o “médio” ficando de fora. E, pelos dados de Jerez, aponta para a possibilidade de corridas com três paradas, quebrando a estratégia lógica que teríamos com duas na ordem “macio-duro-duro”. Mas a Pirelli já anunciou revisões nos compostos “super-macio” e “macio” para Barcelona, meio que reconhecendo que o desgaste deles está acentuado demais. Normal, vamos ver o resultado disso na semana que vem.
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Um comentário:
um carro com poucos patrocínios fazendo o melhor tempo nos testes... todo ano vemos esse filme!!!
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