*Publicado na edição de número 2 da revista GGOO NEWS
Nasci na era pós Senna. Como praticamente não o vi correr, meu ídolo naturalmente foi Barrichello, o que nunca escondi de ninguém. Com o passar dos anos fui descobrindo os homens que deram inicio a toda essa história. Soube do Emerson através de meu pai, um simples senhor não fanático por automobilismo, me contara o que tempos depois ficou gravado, como aquela musica chata que vira modinha de um dia para o outro, só que a diferença era que isso não tinha nada de chato.
A nossa cultura sempre congratulou os de resultado mais expressivo. Emerson, Senna e Piquet são nomes que qualquer um conhece, conseguiram fama e glória pelas pistas da F1 e são merecidamente tratados como os grandes nomes do esporte em nosso pais. Mas o Brasil não teve só três grandes nomes, outros vieram antes e fizeram sua história. É o caso de Luiz Pereira Bueno, piloto brasileiro de muito sucesso. Já até escrevi sobre ele em outra oportunidade e praticamente vou repetir o que disse.
Tenho certeza. Se eu fosse perguntar na rua quem conhecia ou lembrava-se do nome de Luiz Pereira Bueno, 95 em cada 100 pessoas não teriam a menor idéia do que eu estaria falando. Tenho apenas 21 anos e apenas tive conhecimento deste piloto aos 18, muito tarde. E olha que eu me considerava um bom entendedor de F1 na época (como se não houvesse outra categoria). A falta de respeito pela história daqueles que tiveram a coragem de abrir a porta de um mundo desconhecido chega a me enojar.
A lembrança desses homens (prefiro homens a heróis, homem soa mais humilde, sem a pompa toda e o “achismo” de um herói) deve ser protegida e divulgada pela nova geração, e eu me incluo nessa parte. Meus filhos saberão desde pequenos o nome deles. Também vão conhecer os já “conhecidos”, mas estes a mídia trata de contar. Temos que fazer algo, eles vão embora um dia, mas seus nomes ficarão.
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