Quente. Esse foi o clima dentro e fora das pistas do Autódromo de Interlagos durante as decisões da Copa Clio e da Fórmula Renault 2002. As provas ocorreram no domingo à tarde sob um sol escaldante e muita emoção.
Os primeiros carros que entraram na pista não fizeram uma corrida de verdade, foi apenas uma simulação que contou com a participação de quatro pilotos profissionais e quatro "sortudos" passageiros. A revista Racing e o Portal Carro Online sortearam centenas de ingressos para o GP e entre eles quatro leitores foram "premiados" para dar umas "voltinhas" nos carros da Copa Clio.
Augusto Roque, Fábio Uteschek de Oliveira, Thiago Crivelli Nunes e Leonardo Pecora não conseguiram esconder a emoção de correr nas pistas de Interlagos.
Segundo Roque, que ficou em 1º lugar na "prova", a experiência foi inesquecível.
Depois da "brincadeira" começou a corrida de verdade. O campeão da Copa Clio foi André Bragantini, que venceu a última etapa, em Interlagos, mas o título ficou mesmo com Luís Carreira Júnior, que se classificou em 2º lugar na prova (Luís Frediani foi 3º). Na classificação geral, Carreira Júnior ficou com 132 pontos, Bragantini, com 122, Elias Nascimento, com 101, e Fábio Carreira, com 97.
Mas a prova mais esperada do dia foi a conquistada pelo paulista Sérgio Jimenez, que se consagrou como o primeiro campeão da F-Renault brasileira. Ele garantiu o campeonato ao chegar em 2º lugar. Com o resultado, Jimenez, de 18 anos, superou os favoritos Lucas Di Grassi e Allam Khodair, também paulistas, que começaram a corrida com 13 pontos a mais que ele na classificação. No entanto, com o abandono de Khodair e o 10º lugar de Di Grassi, o piloto da equipe Bassani Racing assegurou a conquista histórica.
No domingo, na pista, Jimenez, na realidade, ficou em 3º lugar. A vitória foi do polonês Robert Kubica, com Marcos Gomes, piloto paulista, em 2º lugar. No entanto, Kubica não tem o resultado computado para a classificação, por ser convidado. Assim, Gomes ficou com os 30 pontos atribuídos ao vencedor e Jimenez com os 25 do 2º lugar (já havia ganho um pela pole, apesar de se colocar em 2º lugar no grid), o que foi suficiente para lhe dar o título. Num campeonato que teve muito equilíbrio, Jimenez foi campeão em função de se manter regular. Ele não venceu nenhuma corrida. Mas pontuou em 8 das 10 etapas e teve três segundas colocações e duas terceiras como seus melhores resultados.
Na largada, Jimenez não saiu bem e perdeu a 2ª posição para Gomes, 3º no grid. Depois, na maioria das 17 voltas da corrida, tentou recuperar o posto, arriscando demais algumas vezes na entrada do "S" do Senna, até que se convenceu que ficar onde estava já lhe daria o título. Enquanto isso, Kubica ficava sozinho na frente. Ele venceu a prova com 12s244 de vantagem para Gomes. Mas o que o polonês fazia parecia não importar a Jimenez. O campeonato terminou com Jimenez com 144 pontos, Di Grassi com 137, Khodair com 133 e Gomes com 119.
Haja coração!!!
Depois de 5 anos, será que algum destes pilotos vingou???