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segunda-feira, 24 de março de 2014
DESCONFIEM*
* Por Victor Martins
A notícia surgiu rápido lá de Interlagos, onde Renan do Couto e grande trupe se encontram para a cobertura da Stock Car: a Indy estava para anunciar um acordo com a Bandeirantes que, além de livrar a cara da emissora naquele processo movido no fim do ano passado pela não realização da SP Indy 300 deste ano, coloca o Brasil de volta ao calendário da categoria em 2015 com uma corrida em Brasília.
Depois da publicação da notícia no Grande Prêmio, surgiu a confirmação via Band, mesmo. O governador Agnelo Queiroz esteve presente a uma convenção que o grupo de comunicação faz em São Paulo e assinou o acordo de comprometimento com a Indy por cinco temporadas — até 2019.
Mais interessante: a corrida, segundo o comunicado, vai acontecer no autódromo local.
Essa coisa aí de corrida acontecer em Brasília, quem está por dentro sabe que não é bem assim. Nosso pessoal levou ao ar no fim do ano passado um dossiê que mostrou bem como a coisa toda em todas as esferas. Em meio a isso, anunciaram — o mesmo Agnelo e tal — que o Brasil voltava a figurar no calendário da MotoGP, dando a Brasília uma data em setembro. O governo local teria mais ou menos um ano para realizar as reformas mais do que necessárias no autódromo de quatro décadas de existência.
O destino, por assim dizer, torna a colocar Brasília na rota de uma categoria máster e com outro ano de prazo para retocar aquele lugar que nunca recebeu cuidado algum. De novo: para começarem as obras, é necessária uma licitação. Abrir o processo e depois analisá-lo, se as vias foram lisas e corretas, leva um tempo. Pelo histórico brasileiro de realização de obras, se ficar pronto, vai ser bem em cima, fevereiro do ano que vem. E, então, será necessária a homologação da nova pista, que tem de obedecer aos padrões FIA e FIM.
No mês passado, a Dorna rifou a corrida brasileira do calendário porque nada foi feito. Aguardemos junho ou julho para uma posição mais clara. Por ora, a prudência e a experiência se fazem mais do que necessárias: desconfiem da realização desta corrida.
A notícia surgiu rápido lá de Interlagos, onde Renan do Couto e grande trupe se encontram para a cobertura da Stock Car: a Indy estava para anunciar um acordo com a Bandeirantes que, além de livrar a cara da emissora naquele processo movido no fim do ano passado pela não realização da SP Indy 300 deste ano, coloca o Brasil de volta ao calendário da categoria em 2015 com uma corrida em Brasília.
Depois da publicação da notícia no Grande Prêmio, surgiu a confirmação via Band, mesmo. O governador Agnelo Queiroz esteve presente a uma convenção que o grupo de comunicação faz em São Paulo e assinou o acordo de comprometimento com a Indy por cinco temporadas — até 2019.
Mais interessante: a corrida, segundo o comunicado, vai acontecer no autódromo local.
Essa coisa aí de corrida acontecer em Brasília, quem está por dentro sabe que não é bem assim. Nosso pessoal levou ao ar no fim do ano passado um dossiê que mostrou bem como a coisa toda em todas as esferas. Em meio a isso, anunciaram — o mesmo Agnelo e tal — que o Brasil voltava a figurar no calendário da MotoGP, dando a Brasília uma data em setembro. O governo local teria mais ou menos um ano para realizar as reformas mais do que necessárias no autódromo de quatro décadas de existência.
O destino, por assim dizer, torna a colocar Brasília na rota de uma categoria máster e com outro ano de prazo para retocar aquele lugar que nunca recebeu cuidado algum. De novo: para começarem as obras, é necessária uma licitação. Abrir o processo e depois analisá-lo, se as vias foram lisas e corretas, leva um tempo. Pelo histórico brasileiro de realização de obras, se ficar pronto, vai ser bem em cima, fevereiro do ano que vem. E, então, será necessária a homologação da nova pista, que tem de obedecer aos padrões FIA e FIM.
No mês passado, a Dorna rifou a corrida brasileira do calendário porque nada foi feito. Aguardemos junho ou julho para uma posição mais clara. Por ora, a prudência e a experiência se fazem mais do que necessárias: desconfiem da realização desta corrida.
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Simona: o importante é ser melhor*
* Por Luis Fernando Ramos
Houve o frenesi habitual quando a Sauber anunciou a suíça Simona de Silvestro como “piloto afiliada” do time nesta temporada. Foi algo parecido no ano retrasado, quando a Williams colocou Susie Wolff em posição similar. Há anos que a possibilidade de uma mulher no grid mexe com as pessoas. É preciso voltar até Lella Lombardi para ver a última corrida de uma mulher: o GP da Áustria de 1976.
O que as pessoas precisam entender é que o gênero em si não significa nada. Depois da italiana, ainda tivemos na F-1 Divina Galica nos anos 70, Desiré Wilson em 1980 e Giovanna Amati, há vinte anos. Mas nenhuma delas se classificou para a largada nas tentativas que fizeram. Atraíram algum interesse pelo gênero. Mas apenas Wilson, que fez uma única participação com um carro privado, tinha qualidade que justificasse sua presença na categoria.
A inutilidade de rótulos também ficou clara no caso de Lewis Hamilton. Antes de sua estreia, em 2007, a cobertura da categoria se referia constantemente ao “primeiro negro a correr na F-1”. Depois da primeira curva em Melbourne, quando ele passou o bicampeão mundial Fernando Alonso por fora, essa questão foi completamente esquecida. No ano seguinte, ninguém escreveu algo como “o primeiro negro a ser campeão na F-1”. A qualidade de Hamilton na pista tornou irrelevante aos olhos da mídia o que era realmente irrelevante. Negro, branco, oriental, marsupial, marciano, cachorro: o que interessa é que ele é um bom piloto.
Seria bom também se Simona de Silvestro alinhasse no grid como titular no ano que vem exclusivamente por seus méritos. O que é bem possível. Na base, ganhou corridas de Fórmula BMW e de Fórmula Atlantic. Andou bem na Indy, especialmente em circuitos mistos. Não é imbuída do talento natural de um Alonso, Hamilton, Raikkonen ou Vettel. Mas certamente tem cacife para correr no meio do pelotão.
O mais importante: no cenário da Sauber, subir para ser titular na próxima temporada é realista. Esteban Gutierrez ganhou uma nova chance, mas não convenceu completamente. Se falhar neste ano, pode abrir uma vaga no time suíço que, além da moça, conta também com Giedo Van Der Garde e Sergey Sirotkin como pilotos em desenvolvimento. Ela é sem dúvida melhor que estes dois.
Ainda não está claro como a Sauber vai prepará-la. Mas espero que ela tenha a chance de andar em algumas sextas-feiras. Assim, o time teria também a chance do time compará-la com Gutierrez numa circunstância mais válida. Se ela prevalecer na pista, ganharia a vaga no time por ser melhor, não por ser mulher.
Houve o frenesi habitual quando a Sauber anunciou a suíça Simona de Silvestro como “piloto afiliada” do time nesta temporada. Foi algo parecido no ano retrasado, quando a Williams colocou Susie Wolff em posição similar. Há anos que a possibilidade de uma mulher no grid mexe com as pessoas. É preciso voltar até Lella Lombardi para ver a última corrida de uma mulher: o GP da Áustria de 1976.
O que as pessoas precisam entender é que o gênero em si não significa nada. Depois da italiana, ainda tivemos na F-1 Divina Galica nos anos 70, Desiré Wilson em 1980 e Giovanna Amati, há vinte anos. Mas nenhuma delas se classificou para a largada nas tentativas que fizeram. Atraíram algum interesse pelo gênero. Mas apenas Wilson, que fez uma única participação com um carro privado, tinha qualidade que justificasse sua presença na categoria.
A inutilidade de rótulos também ficou clara no caso de Lewis Hamilton. Antes de sua estreia, em 2007, a cobertura da categoria se referia constantemente ao “primeiro negro a correr na F-1”. Depois da primeira curva em Melbourne, quando ele passou o bicampeão mundial Fernando Alonso por fora, essa questão foi completamente esquecida. No ano seguinte, ninguém escreveu algo como “o primeiro negro a ser campeão na F-1”. A qualidade de Hamilton na pista tornou irrelevante aos olhos da mídia o que era realmente irrelevante. Negro, branco, oriental, marsupial, marciano, cachorro: o que interessa é que ele é um bom piloto.
Seria bom também se Simona de Silvestro alinhasse no grid como titular no ano que vem exclusivamente por seus méritos. O que é bem possível. Na base, ganhou corridas de Fórmula BMW e de Fórmula Atlantic. Andou bem na Indy, especialmente em circuitos mistos. Não é imbuída do talento natural de um Alonso, Hamilton, Raikkonen ou Vettel. Mas certamente tem cacife para correr no meio do pelotão.
O mais importante: no cenário da Sauber, subir para ser titular na próxima temporada é realista. Esteban Gutierrez ganhou uma nova chance, mas não convenceu completamente. Se falhar neste ano, pode abrir uma vaga no time suíço que, além da moça, conta também com Giedo Van Der Garde e Sergey Sirotkin como pilotos em desenvolvimento. Ela é sem dúvida melhor que estes dois.
Ainda não está claro como a Sauber vai prepará-la. Mas espero que ela tenha a chance de andar em algumas sextas-feiras. Assim, o time teria também a chance do time compará-la com Gutierrez numa circunstância mais válida. Se ela prevalecer na pista, ganharia a vaga no time por ser melhor, não por ser mulher.
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Mulher no volante*
* Por Tatiana Cunha
Várias já tentaram, mas só duas podem dizer que realmente chegaram lá. Que disputaram um GP de F-1, sonho de dez entre dez pilotos.
Nos últimos anos, o número de mulheres que chegaram perto da F-1 aumentou, e muito. Primeiro foi Maria de Villota, reserva da Marussia, que em 2012 tornou-se a primeira inscrita num Mundial desde que Giovanna Amati havia tentado se classificar (sem sucesso) para as três primeiras corridas do campeonato de 1992.
Mas Maria não teve sorte. Em seu primeiro teste em linha reta com o carro da equipe na Inglaterra sofreu um grave acidente. Perdeu um olho, mas sobreviveu. No ano passado, porém, morreu em decorrência de sequelas daquele acidente (fiz um post sobre ela aqui).
No fundo sempre achei que era mais jogada de marketing da Marussia, nanica e com pouco espaço na mídia, do que aposta real da equipe em uma mulher.
Depois veio Susie Wolff, reserva da Williams, que no ano passado tornou-se a primeira mulher desde 2005 a participar de um teste normal com um F-1.
Mas, verdade seja dita, Susie só chegou à categoria porque seu marido é ninguém menos que Toto Wolff, acionista e ex-diretor da Williams (coincidência, né?) e que hoje está na Mercedes.
Eis que hoje a Sauber anuncia Simona de Silvestro como “piloto afiliada” a partir deste ano. E aí você vai perguntar: o que faz este anúncio de hoje diferente dos últimos?
Pois eu digo que é bem diferente e que desta vez, de fato, temos a chance de ver uma mulher em ação na F-1. Os motivos são vários.
Primeiro porque Simona é uma boa piloto. Ficou quatro anos na Indy e no ano passado herdou a vaga de Barrichello na KV e tornou-se companheira de Kanaan (fiz uma matéria com ela que você pode ler aqui). O brasileiro não teve vida fácil ao lado dela e para se ter uma ideia, ele terminou o campeonato em 11º, com 397 pontos. Simona foi a 13ª colocada e fez 362 pontos. Hmmm…
Mas não é só isso que me faz acreditar neste “projeto”. Não por coincidência, a chefe da Sauber é uma mulher, Monisha Kaltenborn. E ela não só é competente em seu cargo como também é um dos membros mais atuantes da Comissão para Mulheres no Automobilismo, que cada vez ganha mais importância e reconhecimento na FIA. Ou seja, tem todo o interesse em colocar uma mulher para correr em sua equipe.
A Sauber, aliás, é conhecida por dar chances a jovens promessas. Raikkonen, Massa, Kobayashi, Perez…
E há ainda mais um motivo. Pela primeira vez leio em um comunicado divulgado sobre uma piloto que a equipe tem intenção de colocá-la como titular, como fez a Sauber na nota divulgada hoje. Ok, dizer não é a mesma coisa que fazer, mas acho que é um início.
E a pergunta que fica é: mas Simona tem condições de disputar de igual para igual com os demais pilotos do grid? É fácil criar teorias e especular sobre o tema, mas a resposta só teremos quando _e se_ ela for para a pista.
Tomara que seja mesmo em 2015.
Várias já tentaram, mas só duas podem dizer que realmente chegaram lá. Que disputaram um GP de F-1, sonho de dez entre dez pilotos.
Nos últimos anos, o número de mulheres que chegaram perto da F-1 aumentou, e muito. Primeiro foi Maria de Villota, reserva da Marussia, que em 2012 tornou-se a primeira inscrita num Mundial desde que Giovanna Amati havia tentado se classificar (sem sucesso) para as três primeiras corridas do campeonato de 1992.
Mas Maria não teve sorte. Em seu primeiro teste em linha reta com o carro da equipe na Inglaterra sofreu um grave acidente. Perdeu um olho, mas sobreviveu. No ano passado, porém, morreu em decorrência de sequelas daquele acidente (fiz um post sobre ela aqui).
No fundo sempre achei que era mais jogada de marketing da Marussia, nanica e com pouco espaço na mídia, do que aposta real da equipe em uma mulher.
Depois veio Susie Wolff, reserva da Williams, que no ano passado tornou-se a primeira mulher desde 2005 a participar de um teste normal com um F-1.
Mas, verdade seja dita, Susie só chegou à categoria porque seu marido é ninguém menos que Toto Wolff, acionista e ex-diretor da Williams (coincidência, né?) e que hoje está na Mercedes.
Eis que hoje a Sauber anuncia Simona de Silvestro como “piloto afiliada” a partir deste ano. E aí você vai perguntar: o que faz este anúncio de hoje diferente dos últimos?
Pois eu digo que é bem diferente e que desta vez, de fato, temos a chance de ver uma mulher em ação na F-1. Os motivos são vários.
Primeiro porque Simona é uma boa piloto. Ficou quatro anos na Indy e no ano passado herdou a vaga de Barrichello na KV e tornou-se companheira de Kanaan (fiz uma matéria com ela que você pode ler aqui). O brasileiro não teve vida fácil ao lado dela e para se ter uma ideia, ele terminou o campeonato em 11º, com 397 pontos. Simona foi a 13ª colocada e fez 362 pontos. Hmmm…
Mas não é só isso que me faz acreditar neste “projeto”. Não por coincidência, a chefe da Sauber é uma mulher, Monisha Kaltenborn. E ela não só é competente em seu cargo como também é um dos membros mais atuantes da Comissão para Mulheres no Automobilismo, que cada vez ganha mais importância e reconhecimento na FIA. Ou seja, tem todo o interesse em colocar uma mulher para correr em sua equipe.
A Sauber, aliás, é conhecida por dar chances a jovens promessas. Raikkonen, Massa, Kobayashi, Perez…
E há ainda mais um motivo. Pela primeira vez leio em um comunicado divulgado sobre uma piloto que a equipe tem intenção de colocá-la como titular, como fez a Sauber na nota divulgada hoje. Ok, dizer não é a mesma coisa que fazer, mas acho que é um início.
E a pergunta que fica é: mas Simona tem condições de disputar de igual para igual com os demais pilotos do grid? É fácil criar teorias e especular sobre o tema, mas a resposta só teremos quando _e se_ ela for para a pista.
Tomara que seja mesmo em 2015.
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sexta-feira, 14 de junho de 2013
A continuidade da base do sucesso*
* Por Luis Fernando Ramos
Então Sebastian Vettel renovou com a Red Bull até o final da temporada de 2015. O que significa, afinal, que ele estará lá também em 2014, algo que não aconteceria de acordo com o noticiado por gente que não entende como funciona a Fórmula 1 - por estar lá e noticiar inverdades de acordo com uma agenda pessoal ou por simplesmente por não estar lá e reproduzir estas inverdades já que discernimento se ganha com a experiência do dia-a-dia. Ao longo do ano passado, quando a ida do alemão para a Ferrari era cravada aqui e ali, eu escrevi por duas vezes (em junho e em outubro) que a notícia não fazia o menor sentido. Não fez.
Até porque, o que faz todo o sentido é a permanência do alemão na equipe anglo-austríaca por mais tempo. Especialmente com a mudança grande que acontecerá nos carros no ano que vem, com a adoção dos V6 turbo. Vettel é um dos pilares do sucesso recente da Red Bull e sua permanência no time até 2015 garante dois anos para que este monte uma base desta “nova era técnica” da F-1. Se a base se mostrar boa e vencedora como a atual, aposto que o veremos por lá também em 2016 e 17, 18...
Ainda que não fique, vai ser interessante observar qual será o estágio de Sebastian Vettel na Red Bull de 2015. Se no ano passado ele terminou campeão mas muitos apontando Fernando Alonso como o piloto mais completo do ano, neste ano está difícil encontrar algum defeito na temporada do alemão. Nas pistas boas para o RB9, ele vence; nas outras, consegue sempre o melhor resultado possível para o carro. Pelas características das próximas pistas, Silverstone e Nürburgring, dá para antever uma Red Bull sofrendo mais que o normal. Nas anteriores de caráter similar, Xangai e Barcelona, ele teve um final de semana difícil. E terminou ambas em quarto lugar. É assim que se ganha títulos.
Então Sebastian Vettel renovou com a Red Bull até o final da temporada de 2015. O que significa, afinal, que ele estará lá também em 2014, algo que não aconteceria de acordo com o noticiado por gente que não entende como funciona a Fórmula 1 - por estar lá e noticiar inverdades de acordo com uma agenda pessoal ou por simplesmente por não estar lá e reproduzir estas inverdades já que discernimento se ganha com a experiência do dia-a-dia. Ao longo do ano passado, quando a ida do alemão para a Ferrari era cravada aqui e ali, eu escrevi por duas vezes (em junho e em outubro) que a notícia não fazia o menor sentido. Não fez.
Até porque, o que faz todo o sentido é a permanência do alemão na equipe anglo-austríaca por mais tempo. Especialmente com a mudança grande que acontecerá nos carros no ano que vem, com a adoção dos V6 turbo. Vettel é um dos pilares do sucesso recente da Red Bull e sua permanência no time até 2015 garante dois anos para que este monte uma base desta “nova era técnica” da F-1. Se a base se mostrar boa e vencedora como a atual, aposto que o veremos por lá também em 2016 e 17, 18...
Ainda que não fique, vai ser interessante observar qual será o estágio de Sebastian Vettel na Red Bull de 2015. Se no ano passado ele terminou campeão mas muitos apontando Fernando Alonso como o piloto mais completo do ano, neste ano está difícil encontrar algum defeito na temporada do alemão. Nas pistas boas para o RB9, ele vence; nas outras, consegue sempre o melhor resultado possível para o carro. Pelas características das próximas pistas, Silverstone e Nürburgring, dá para antever uma Red Bull sofrendo mais que o normal. Nas anteriores de caráter similar, Xangai e Barcelona, ele teve um final de semana difícil. E terminou ambas em quarto lugar. É assim que se ganha títulos.
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quarta-feira, 12 de junho de 2013
VETTEL SOBRE O TOURO*
* Por Victor Martins
Vettel e a Red Bull estão unidos até 2015, e ninguém há de separá-los, foi o que a equipe comunicou há pouco ao mundo. Em time que está ganhando não se mexe.
A renovação de acordo por mais um ano — o contrato atual já ia até 2014 — é mais do que natural e sossega, na verdade, a central de boatos de ida para Ferrari ou Mercedes vão ter de ser postergados por alguns anos mais.
Tricampeão pela casa taurina e favorito ao tetra depois da vitória no Canadá, Vettel pode alcançar um feito inédito com esta temporada a mais garantida: conquistar um hexacampeonato seguido pela mesma escuderia, passando seu mentor Michael Schumacher, que faturou cinco pela Ferrari (2000 – 2004). E não é de se duvidar que tenha posto isso em mente ao prolongar seu vínculo.
Já se ouve aqui e ali que o anúncio da Red Bull demonstra até quando Alonso vai ficar sem ser campeão. É brincadeira, OK, mas tem um grande fundo de realidade. Não há previsão de que o cenário seja outro até 2015 — a não ser que Adrian Newey erre totalmente a mão no projeto do ano que vem, o que é dificílimo de acontecer; porque é muito mais fácil achar que a Ferrari não vai conceber o carro dos sonhos para o espanhol.
Vettel e a Red Bull estão unidos até 2015, e ninguém há de separá-los, foi o que a equipe comunicou há pouco ao mundo. Em time que está ganhando não se mexe.
A renovação de acordo por mais um ano — o contrato atual já ia até 2014 — é mais do que natural e sossega, na verdade, a central de boatos de ida para Ferrari ou Mercedes vão ter de ser postergados por alguns anos mais.
Tricampeão pela casa taurina e favorito ao tetra depois da vitória no Canadá, Vettel pode alcançar um feito inédito com esta temporada a mais garantida: conquistar um hexacampeonato seguido pela mesma escuderia, passando seu mentor Michael Schumacher, que faturou cinco pela Ferrari (2000 – 2004). E não é de se duvidar que tenha posto isso em mente ao prolongar seu vínculo.
Já se ouve aqui e ali que o anúncio da Red Bull demonstra até quando Alonso vai ficar sem ser campeão. É brincadeira, OK, mas tem um grande fundo de realidade. Não há previsão de que o cenário seja outro até 2015 — a não ser que Adrian Newey erre totalmente a mão no projeto do ano que vem, o que é dificílimo de acontecer; porque é muito mais fácil achar que a Ferrari não vai conceber o carro dos sonhos para o espanhol.
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quinta-feira, 16 de maio de 2013
A volta da McLaren-Honda*
* Por Rafael Lopes
McLaren-Honda. Confesso que ler estes dois nomes combinados dá uma certa sensação de nostalgia. Afinal, uma das parcerias mais bem-sucedidas da história da Fórmula 1 já tem data marcada para retornar: a temporada de 2015. O anúncio foi feito em Tóquio, capital do Japão, na tarde desta quinta-feira (no horário local). A montadora japonesa quer usar este tempo, cerca de um ano e meio, para desenvolver o novo motor turbo V6 de 1,6 litro, exigido pelo novo regulamento da F-1, e os sistemas de recuperação de energia em sua fábrica na cidade de Tochigi. Com isso, a equipe cumprirá o contrato com a Mercedes até o fim de 2014.
Será a segunda vez que McLaren e Honda estarão juntas. Da primeira vez, entre os anos de 1988 e 1992, sucesso absoluto, com 80% de aproveitamento em campeonatos. A equipe inglesa e a montadora japonesa conquistaram quatro títulos mundiais de pilotos (três de Ayrton Senna e um de Alain Prost) e quatro de construtores em cinco possíveis, além de 44 vitórias (30 de Senna, 11 de Prost e três de Gerhard Berger). Por estar tão viva na memória dos fãs da Fórmula 1 e ter marcado tantos êxitos, a parceria renasce cercada de expectativas. Afinal é a união de uma das melhores equipes com uma das maiores montadoras do mundo.
A volta da Honda à Fórmula 1 mostra o acerto da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na adoção de um novo regulamento técnico em 2014, apesar da forte oposição de Bernie Ecclestone, chefe comercial da categoria. Ao apostar em um motor turbo V6 de baixa cilindrada, nos sistemas de recuperação de energia e na limitação do desenvolvimento aerodinâmico, a FIA tornou a F-1 atrativa novamente para as grandes montadoras, que poderão usar novamente as pistas do mundial como campo de testes para a tecnologia dos carros de rua. A parte mecânica voltará a ter uma grande importância, assim como as tecnologias ditas “limpas”.
A Honda, por sua vez, tinha deixado a categoria no fim de 2008, após duas temporadas frustrantes como dona de sua própria equipe. Mas não foi uma decisão meramente esportiva: a crise mundial afetou fortemente o Japão e a montadora foi praticamente forçada por seus acionistas a se afastar da maior categoria do automobilismo após o fracasso. Para mim, entretanto, estava claro que a Honda voltaria para a Fórmula 1. Não é do feitio dos japoneses deixar um trabalho mal-feito como lembrança. E o retorno teria de ser em grande estilo. A oportunidade apareceu em uma equipe como a McLaren. Alguém aí duvida do sucesso da parceria?
McLaren-Honda. Confesso que ler estes dois nomes combinados dá uma certa sensação de nostalgia. Afinal, uma das parcerias mais bem-sucedidas da história da Fórmula 1 já tem data marcada para retornar: a temporada de 2015. O anúncio foi feito em Tóquio, capital do Japão, na tarde desta quinta-feira (no horário local). A montadora japonesa quer usar este tempo, cerca de um ano e meio, para desenvolver o novo motor turbo V6 de 1,6 litro, exigido pelo novo regulamento da F-1, e os sistemas de recuperação de energia em sua fábrica na cidade de Tochigi. Com isso, a equipe cumprirá o contrato com a Mercedes até o fim de 2014.
Será a segunda vez que McLaren e Honda estarão juntas. Da primeira vez, entre os anos de 1988 e 1992, sucesso absoluto, com 80% de aproveitamento em campeonatos. A equipe inglesa e a montadora japonesa conquistaram quatro títulos mundiais de pilotos (três de Ayrton Senna e um de Alain Prost) e quatro de construtores em cinco possíveis, além de 44 vitórias (30 de Senna, 11 de Prost e três de Gerhard Berger). Por estar tão viva na memória dos fãs da Fórmula 1 e ter marcado tantos êxitos, a parceria renasce cercada de expectativas. Afinal é a união de uma das melhores equipes com uma das maiores montadoras do mundo.
A volta da Honda à Fórmula 1 mostra o acerto da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na adoção de um novo regulamento técnico em 2014, apesar da forte oposição de Bernie Ecclestone, chefe comercial da categoria. Ao apostar em um motor turbo V6 de baixa cilindrada, nos sistemas de recuperação de energia e na limitação do desenvolvimento aerodinâmico, a FIA tornou a F-1 atrativa novamente para as grandes montadoras, que poderão usar novamente as pistas do mundial como campo de testes para a tecnologia dos carros de rua. A parte mecânica voltará a ter uma grande importância, assim como as tecnologias ditas “limpas”.
A Honda, por sua vez, tinha deixado a categoria no fim de 2008, após duas temporadas frustrantes como dona de sua própria equipe. Mas não foi uma decisão meramente esportiva: a crise mundial afetou fortemente o Japão e a montadora foi praticamente forçada por seus acionistas a se afastar da maior categoria do automobilismo após o fracasso. Para mim, entretanto, estava claro que a Honda voltaria para a Fórmula 1. Não é do feitio dos japoneses deixar um trabalho mal-feito como lembrança. E o retorno teria de ser em grande estilo. A oportunidade apareceu em uma equipe como a McLaren. Alguém aí duvida do sucesso da parceria?
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