sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
E O BAR, HEIN?*
* Por Flavio Gomes
Daniel queria mais. Damerum também. Vettel, idem. Os três se encontraram hoje cedo com olheiras e voz pastosa no autódromo. “E o bar, hein?”, perguntou Raikkonen, todo animado. “Fechou cedo”, resmungou o engenheiro. Kimi, falante, retrucou: “Melhor fechar cedo o bar do que os boxes”, e depois mandou um whatsapp para o grupo que ele batizou como “Red Bomb” dizendo apenas “kkk”.
Os boxes da Red Bull fecharam cedo hoje de novo. Até reabriram no final, mas a saideira foi de apenas sete voltas. Ricardão conseguiu 25 numa manhã relativamente calma. Mas aí os sensores de temperatura começaram a apitar. Um engraçadinho da telemetria baixou um aplicativo que imita uma chaleira. Para tudo. Segundo a equipe, o problema foi o escapamento. Segundo todo mundo, superaquecimento na unidade de força Renault, popularmente conhecida como motor.
Foi dia da Force India, no Bahrein. Não por acaso, uma das equipes mercêdicas de 2014. Pérez completou 105 voltas, fez longas e curtas sequências de voltas e testou vários tipos de pneus. A Red Bull ainda nem sabe a cor das faixas dos pneus. Na Austrália, daqui a duas semanas, quando a Pirelli perguntar alguma coisa, o time de Tião Alemão vai dizer que usa qualquer um, desde que seja redondo. “Mas e os compostos?”, insistirá o piréllico. “Que sejam compostos de borracha e do que mais vocês quiserem colocar na fórmula”, ouvirá de Helmut Marko. “Não nos incomodem com essas questões.”
Pérez, a Maria do Bairro, comemorou o primeiro ligar dizendo que sua equipe “precisava muito disso”, sendo “disso” começar e terminar um dia sem dificuldades técnicas, para poder explorar tudo que o bom carro indiano tem.
Mais ainda andou Sapattos, 128 voltas, e a Williams parecia estar escarnecendo da Red Bull ao descrever tudo que foi feito hoje: teste de novos componentes aerodinâmicos, simulação de corrida com procedimento de largada e pit stops, avaliação de compostos para a Pirelli, sessão de prova de novos uniformes para mecânicos e funcionários do motorhome, testes com novas marcas de macarrão e degustação de vinhos. “A gente só experimentou novas cervejas”, falou Vettel, que trabalhou como porta-voz da equipe já que só pega o carro amanhã. “E estavam quentes, e a polícia muçulmana ainda veio dar uma dura na gente. Aí eu falei: porque não pode beber aqui e pode no bar, hein?”.
Na Ferrari, Raikkonen respondeu um extenso questionário preparado pelos engenheiros depois do treino. O dia não foi 100%, porque um defeito antes do almoço, não revelado, fez o time perder algum tempo na garagem. Como Kimi não se expressa com muita desenvoltura quando precisa falar de coisas do carro, a equipe elencou 56 perguntas técnicas e 14 comportamentais, e cada uma tinha ao lado três quadradinhos para ele assinalar as respostas: “OK”, “+/-” e “BAD”. Raikkonen respondeu “OK” para todas, o que irritou Stefano Domenicali. Ele rasgou o papel, pegou outro e disse, energicamente: “Lê direito isso aí e responde direito”. Aí Kimi assinalou “BAD” para todas, o que deixou o pessoal de análise de dados e comportamento bem confusos.
“Uma hora, uma hora!”, gritava Paddy Lowe, na Mercedes, o homem que controla o tempo. “Perdemos uma hora!” De fato, o treino de Rosberguinho terminou antes do previsto. “Não foi um bom dia”, admitiu o piloto. A ideia era simular “um dia em Melbourne”. Pela simulação, Nico não terminou a corrida. Hamilton vai tentar amanhã.
Na McLaren, céu de brigadeiro. Acertos de carro pela manhã, simulação de GP à tarde. A cada passagem pelo pitwall da Red Bull, Magnussen fazia tchauzinho e Vettel devolvia com o dedo do meio. Foram 109 dedos do meio. A Sauber ficou contente com as 89 voltas de Sutil. “O carro aguenta bem, agora precisa ser rápido”, falou. Vettel, que na condição de porta-voz da Red Bull foi à coletiva do rival, pediu para fazer uma pergunta: “Como é um carro que aguenta bem? Ele não grita quando tem alguém por trás?”. Os seguranças da Sauber retiraram o alemão, visivelmente alterado, do recinto.
A Lotus tentou um novo escapamento, Kadron, e quebrou. Volta ao antigo, Roncar, amanhã. Maldonado foi quem andou hoje. De Marussia, Toro Rosso e Caterham, não tenho grandes informações. Sei que Kobayashi andou perguntando se seria possível fazer uma nova vaquinha na internet para ele comprar um GP2.
Daniel queria mais. Damerum também. Vettel, idem. Os três se encontraram hoje cedo com olheiras e voz pastosa no autódromo. “E o bar, hein?”, perguntou Raikkonen, todo animado. “Fechou cedo”, resmungou o engenheiro. Kimi, falante, retrucou: “Melhor fechar cedo o bar do que os boxes”, e depois mandou um whatsapp para o grupo que ele batizou como “Red Bomb” dizendo apenas “kkk”.
Os boxes da Red Bull fecharam cedo hoje de novo. Até reabriram no final, mas a saideira foi de apenas sete voltas. Ricardão conseguiu 25 numa manhã relativamente calma. Mas aí os sensores de temperatura começaram a apitar. Um engraçadinho da telemetria baixou um aplicativo que imita uma chaleira. Para tudo. Segundo a equipe, o problema foi o escapamento. Segundo todo mundo, superaquecimento na unidade de força Renault, popularmente conhecida como motor.
Foi dia da Force India, no Bahrein. Não por acaso, uma das equipes mercêdicas de 2014. Pérez completou 105 voltas, fez longas e curtas sequências de voltas e testou vários tipos de pneus. A Red Bull ainda nem sabe a cor das faixas dos pneus. Na Austrália, daqui a duas semanas, quando a Pirelli perguntar alguma coisa, o time de Tião Alemão vai dizer que usa qualquer um, desde que seja redondo. “Mas e os compostos?”, insistirá o piréllico. “Que sejam compostos de borracha e do que mais vocês quiserem colocar na fórmula”, ouvirá de Helmut Marko. “Não nos incomodem com essas questões.”
Pérez, a Maria do Bairro, comemorou o primeiro ligar dizendo que sua equipe “precisava muito disso”, sendo “disso” começar e terminar um dia sem dificuldades técnicas, para poder explorar tudo que o bom carro indiano tem.
Mais ainda andou Sapattos, 128 voltas, e a Williams parecia estar escarnecendo da Red Bull ao descrever tudo que foi feito hoje: teste de novos componentes aerodinâmicos, simulação de corrida com procedimento de largada e pit stops, avaliação de compostos para a Pirelli, sessão de prova de novos uniformes para mecânicos e funcionários do motorhome, testes com novas marcas de macarrão e degustação de vinhos. “A gente só experimentou novas cervejas”, falou Vettel, que trabalhou como porta-voz da equipe já que só pega o carro amanhã. “E estavam quentes, e a polícia muçulmana ainda veio dar uma dura na gente. Aí eu falei: porque não pode beber aqui e pode no bar, hein?”.
Na Ferrari, Raikkonen respondeu um extenso questionário preparado pelos engenheiros depois do treino. O dia não foi 100%, porque um defeito antes do almoço, não revelado, fez o time perder algum tempo na garagem. Como Kimi não se expressa com muita desenvoltura quando precisa falar de coisas do carro, a equipe elencou 56 perguntas técnicas e 14 comportamentais, e cada uma tinha ao lado três quadradinhos para ele assinalar as respostas: “OK”, “+/-” e “BAD”. Raikkonen respondeu “OK” para todas, o que irritou Stefano Domenicali. Ele rasgou o papel, pegou outro e disse, energicamente: “Lê direito isso aí e responde direito”. Aí Kimi assinalou “BAD” para todas, o que deixou o pessoal de análise de dados e comportamento bem confusos.
“Uma hora, uma hora!”, gritava Paddy Lowe, na Mercedes, o homem que controla o tempo. “Perdemos uma hora!” De fato, o treino de Rosberguinho terminou antes do previsto. “Não foi um bom dia”, admitiu o piloto. A ideia era simular “um dia em Melbourne”. Pela simulação, Nico não terminou a corrida. Hamilton vai tentar amanhã.
Na McLaren, céu de brigadeiro. Acertos de carro pela manhã, simulação de GP à tarde. A cada passagem pelo pitwall da Red Bull, Magnussen fazia tchauzinho e Vettel devolvia com o dedo do meio. Foram 109 dedos do meio. A Sauber ficou contente com as 89 voltas de Sutil. “O carro aguenta bem, agora precisa ser rápido”, falou. Vettel, que na condição de porta-voz da Red Bull foi à coletiva do rival, pediu para fazer uma pergunta: “Como é um carro que aguenta bem? Ele não grita quando tem alguém por trás?”. Os seguranças da Sauber retiraram o alemão, visivelmente alterado, do recinto.
A Lotus tentou um novo escapamento, Kadron, e quebrou. Volta ao antigo, Roncar, amanhã. Maldonado foi quem andou hoje. De Marussia, Toro Rosso e Caterham, não tenho grandes informações. Sei que Kobayashi andou perguntando se seria possível fazer uma nova vaquinha na internet para ele comprar um GP2.
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