segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Carros e humanos. Dê uma chance a eles*
* Por Bruno Vicária
Antigamente, os carros da Fórmula 1 eram considerados perfeitos. Mesmo não sendo funcionais, esteticamente eram perfeitos. O primor da engenharia em linhas suaves que, além de gerar um desenho visivelmente agradável, busca trazer o mínimo de lentidão possível quando o carro está em alta velocidade.
Porém, neste ano, como pudemos ver, os carros carregam um defeito. Um gritante defeito. Um nariz que torceu o nariz do mundo todo. E, como tem gente que não vive diariamente o universo da Fórmula 1, vou explicar um pouco o que provocou essa estética tão feia desta nova geração de máquinas.
Desde 2010, a categoria andava muito preocupada com a altura da frente dos carros, que, de tão elevada, chegava à ficar na altura dos capacetes dos pilotos. E, em um acidente, principalmente em "T" (quando um carro acerta o outro no meio", isso poderia ter consequências fatais.
Isso acabou obrigando, em 2012, os times a adotarem os chamados degraus. Uma solução que transformou alguns carros em projetos de Lego (aquele brinquedo infantil). No ano passado, quando as equipes já buscavam apresentar opções mais harmoniosas, veio o regulamento que estipulou que a frente do carro deveria ter uma certa altura do solo.
Pronto. Isso acabou provocando todas as situações vistas até o momento em carros como Force India, Williams, McLaren e Toro Rosso, que acrescentaram um nariz de tamanduá (ou do "Gonzo", da famosa série Muppets). A Lotus foi mais longe, colocando "antenas assimétricas de formiga" na frente, enquanto a Ferrari foi a mais conservadora em seu desenho, mas não escapando do apelido de "aspirador de pó".
Em uma visão bem longe de ser técnica, posso dizer que os carros de Fórmula 1 ficaram mais humanos. Agora eles têm um defeito, que é o nariz grande e desproporcional. Assim como as pessoas de nariz grande, esse carro sofrerá bullying por tempo indeterminado e sempre terá algum engraçadinho para fazer uma piadinha. A diferença é que carro não é gente, assim não reage. Ainda bem, senão seria um estrago.
Mas assim como as pessoas narigudas, a estética aos poucos será deixada de lado em prol das qualidades. Não é pelo fato de alguém, ou algo, ter um nariz feio que não exista coisas boas ali. Ou que esse alguém, ou algo, não tenha qualidades que podem não ser vistas, mas podem ser sentidas ou demonstradas, seja em gestos (como os humanos) quanto em resultados (como as máquinas).
Ou seja, você que torceu o nariz para os carros por conta de um nariz feio (desculpem a repetição), ou se incomodou com alguém por conta de alguma coisa que não tenha sido perfeita ou como esperava, dê uma segunda chance, aceite, entenda. Eles podem te surpreender ou mostrar que podem valer tanto, ou até mais, que o carrinho bonito ou aquela pessoa aparentemente perfeita. Eles podem te surpreender tanto que você não vai nem ligar para o defeito. Capaz até de achar bonito.
Não elimine algo ou alguém por causa de um defeito, você pode perder momentos únicos. Vai por mim.
Antigamente, os carros da Fórmula 1 eram considerados perfeitos. Mesmo não sendo funcionais, esteticamente eram perfeitos. O primor da engenharia em linhas suaves que, além de gerar um desenho visivelmente agradável, busca trazer o mínimo de lentidão possível quando o carro está em alta velocidade.
Porém, neste ano, como pudemos ver, os carros carregam um defeito. Um gritante defeito. Um nariz que torceu o nariz do mundo todo. E, como tem gente que não vive diariamente o universo da Fórmula 1, vou explicar um pouco o que provocou essa estética tão feia desta nova geração de máquinas.
Desde 2010, a categoria andava muito preocupada com a altura da frente dos carros, que, de tão elevada, chegava à ficar na altura dos capacetes dos pilotos. E, em um acidente, principalmente em "T" (quando um carro acerta o outro no meio", isso poderia ter consequências fatais.
Isso acabou obrigando, em 2012, os times a adotarem os chamados degraus. Uma solução que transformou alguns carros em projetos de Lego (aquele brinquedo infantil). No ano passado, quando as equipes já buscavam apresentar opções mais harmoniosas, veio o regulamento que estipulou que a frente do carro deveria ter uma certa altura do solo.
Pronto. Isso acabou provocando todas as situações vistas até o momento em carros como Force India, Williams, McLaren e Toro Rosso, que acrescentaram um nariz de tamanduá (ou do "Gonzo", da famosa série Muppets). A Lotus foi mais longe, colocando "antenas assimétricas de formiga" na frente, enquanto a Ferrari foi a mais conservadora em seu desenho, mas não escapando do apelido de "aspirador de pó".
Em uma visão bem longe de ser técnica, posso dizer que os carros de Fórmula 1 ficaram mais humanos. Agora eles têm um defeito, que é o nariz grande e desproporcional. Assim como as pessoas de nariz grande, esse carro sofrerá bullying por tempo indeterminado e sempre terá algum engraçadinho para fazer uma piadinha. A diferença é que carro não é gente, assim não reage. Ainda bem, senão seria um estrago.
Mas assim como as pessoas narigudas, a estética aos poucos será deixada de lado em prol das qualidades. Não é pelo fato de alguém, ou algo, ter um nariz feio que não exista coisas boas ali. Ou que esse alguém, ou algo, não tenha qualidades que podem não ser vistas, mas podem ser sentidas ou demonstradas, seja em gestos (como os humanos) quanto em resultados (como as máquinas).
Ou seja, você que torceu o nariz para os carros por conta de um nariz feio (desculpem a repetição), ou se incomodou com alguém por conta de alguma coisa que não tenha sido perfeita ou como esperava, dê uma segunda chance, aceite, entenda. Eles podem te surpreender ou mostrar que podem valer tanto, ou até mais, que o carrinho bonito ou aquela pessoa aparentemente perfeita. Eles podem te surpreender tanto que você não vai nem ligar para o defeito. Capaz até de achar bonito.
Não elimine algo ou alguém por causa de um defeito, você pode perder momentos únicos. Vai por mim.
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