segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Webber tem razão na sua crítica?*
* Por Luis Fernando Ramos
A declaração de Mark Webber sobre a qualidade do grid atual da Fórmula 1 gerou polêmica. O australiano condenou a quantidade de pilotos pagantes fazendo número na categoria e destacou que, na sua estreia em 2002, haviam muito mais pilotos de qualidade no meio e no fundo do pelotão.
Li muita gente interpretando a crítica de Webber de maneira errada. Como se ele achasse uma era em que o domínio de Michael Schumacher era absoluto melhor do que a atual, com campeonatos que costumam juntar quatro campeões mundiais na disputa pelo título, às vezes correndo até por equipes distintas.
Mas não foi isso o que ele falou. A crítica do australiano foi em relação ao estado atual que impera nas equipes do meio e do fundo do pelotão. Em 2002, a realidade econômica da Fórmula 1 permitia que as equipes apostassem em jovens talentos. Novatos como Webber, Felipe Massa e Jenson Button faziam suas primeiras temporadas sem precisar trazer patrocinadores para correr. Acabaram se estabelecendo em equipes de ponta depois.
Hoje, as equipes nanicas do grid se tornaram um balcão de vendas para pilotos de talento questionável - Jules Bianchi é a única exceção. E mesmo as equipes médias estão se abrindo cada vez para pilotos com mais dinheiro do que qualidade. A crise financeira está matando o talento e é triste demais ver um piloto como o holandês Robin Frijns, campeão da World Series no ano passado, parando no meio da temporada da GP2 por falta de dinheiro, mesmo tendo vencido uma corrida.
Talvez faltou a Webber reconhecer que, em 2002, sobrava dinheiro na Fórmula 1: a presença de montadoras era cada vez maior, assim como o investimento feito por cada uma delas. A Toyota estava entrando na categoria com um projeto ambicioso, Ford e Renault tinham equipes próprias, BMW e Mercedes eram parceiras importantes de times de ponta.
Hoje o cenário é exatamente o oposto e recorrer a pilotos ricos em detrimento a talentosos virou a solução para a sobrevivência das equipes. Sem luz no fim do túnel da crise econômica, é urgente que equipes e dirigentes da F-1 encontrem uma maneira de cortar gastos drasticamente para que o talento volta a prevalecer.
A declaração de Mark Webber sobre a qualidade do grid atual da Fórmula 1 gerou polêmica. O australiano condenou a quantidade de pilotos pagantes fazendo número na categoria e destacou que, na sua estreia em 2002, haviam muito mais pilotos de qualidade no meio e no fundo do pelotão.
Li muita gente interpretando a crítica de Webber de maneira errada. Como se ele achasse uma era em que o domínio de Michael Schumacher era absoluto melhor do que a atual, com campeonatos que costumam juntar quatro campeões mundiais na disputa pelo título, às vezes correndo até por equipes distintas.
Mas não foi isso o que ele falou. A crítica do australiano foi em relação ao estado atual que impera nas equipes do meio e do fundo do pelotão. Em 2002, a realidade econômica da Fórmula 1 permitia que as equipes apostassem em jovens talentos. Novatos como Webber, Felipe Massa e Jenson Button faziam suas primeiras temporadas sem precisar trazer patrocinadores para correr. Acabaram se estabelecendo em equipes de ponta depois.
Hoje, as equipes nanicas do grid se tornaram um balcão de vendas para pilotos de talento questionável - Jules Bianchi é a única exceção. E mesmo as equipes médias estão se abrindo cada vez para pilotos com mais dinheiro do que qualidade. A crise financeira está matando o talento e é triste demais ver um piloto como o holandês Robin Frijns, campeão da World Series no ano passado, parando no meio da temporada da GP2 por falta de dinheiro, mesmo tendo vencido uma corrida.
Talvez faltou a Webber reconhecer que, em 2002, sobrava dinheiro na Fórmula 1: a presença de montadoras era cada vez maior, assim como o investimento feito por cada uma delas. A Toyota estava entrando na categoria com um projeto ambicioso, Ford e Renault tinham equipes próprias, BMW e Mercedes eram parceiras importantes de times de ponta.
Hoje o cenário é exatamente o oposto e recorrer a pilotos ricos em detrimento a talentosos virou a solução para a sobrevivência das equipes. Sem luz no fim do túnel da crise econômica, é urgente que equipes e dirigentes da F-1 encontrem uma maneira de cortar gastos drasticamente para que o talento volta a prevalecer.
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