sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Faça sua aposta*
* Por Fábio Seixas
Os dias passam na folhinha, as férias da F-1 vão chegando ao fim e aproxima-se o momento em que a Mercedes terá de tomar uma decisão.
O dilema está diante de Brawn, Lauda, Wolff, Fry e Lowe, o quinteto que comando o time.
Direcionar esforços, atenções e recursos no desenvolvimento do carro de 2013, tentando um possível _mas improvável_ título mundial, ou apostar tudo em 2014?
Da resposta depende o rumo da segunda parte do Mundial, que começa daqui a uma semana, em Spa. Sem a concorrência da
Mercedes, Vettel deve cruzar com facilidade para o tetracampeonato. Com Hamilton e Rosberg no cangote, ficará no mínimo mais complicado.
Após três anos de aprendizado e resultados opacos, a Mercedes é a equipe que mais cresceu ao longo desta temporada. Uma evolução clara, GP a GP.
Primeiro, fez o carro ficar rápido. Depois, tornou-o confiável.
Os números, desta vez, não mentem. Em dez etapas até agora, a equipe alemã conseguiu sete poles (as outras três foram da Red Bull) e três vitórias (todas nas cinco últimas corridas). É a bola da vez. Sua curva é ascendente, enquanto as das rivais estão na mesma.
O problema é o tempo perdido no começo do ano. Enquanto a Mercedes patinava, Vettel e a Red Bull venciam e pontuavam. Hoje, o tricampeão lidera o campeonato com 172 pontos. Hamilton é só quarto, com 124.
Continuando no atual ritmo, o inglês pode até entrar na briga no final do ano. Mas será suficiente? Ou é melhor desistir e mergulhar com tudo em 2014? Eis a questão.
O passado recente da turma que trabalha por lá pode ajudar na decisão.
Em 2008, quando a fachada da fábrica de Milton Keynes exibia o logotipo da Honda, a situação estava feia. Com Button e Barrichello, o time foi apenas o antepenúltimo no Mundial, com um carro que o brasileiro classificou de “porcaria”.
No meio daquele ano, com a vaca já atolada no brejo, a direção técnica jogou a toalha, abandonou o desenvolvimento do RA108. Enquanto Ferrari e McLaren se engalfinhavam na disputa por um campeonato que só terminou na última curva, Brawn, Fry e companhia começaram a planejar o ano seguinte.
Deu certo. Deu muito certo. Mesmo sem o apoio da Honda, a equipe brilhou em 2009. Batizada de Brawn e carregando uma revolução técnica _o difusor duplo_, ganhou seis das sete primeiras corridas, sempre com Button. Foi o suficiente para que o inglês e o time fossem campeões.
Em 2010, nova mudança na fachada: saiu o logo da Brawn, entrou a estrela de cinco pontas.
Mas a receita do sucesso continua lá.
Os dias passam na folhinha, as férias da F-1 vão chegando ao fim e aproxima-se o momento em que a Mercedes terá de tomar uma decisão.
O dilema está diante de Brawn, Lauda, Wolff, Fry e Lowe, o quinteto que comando o time.
Direcionar esforços, atenções e recursos no desenvolvimento do carro de 2013, tentando um possível _mas improvável_ título mundial, ou apostar tudo em 2014?
Da resposta depende o rumo da segunda parte do Mundial, que começa daqui a uma semana, em Spa. Sem a concorrência da
Mercedes, Vettel deve cruzar com facilidade para o tetracampeonato. Com Hamilton e Rosberg no cangote, ficará no mínimo mais complicado.
Após três anos de aprendizado e resultados opacos, a Mercedes é a equipe que mais cresceu ao longo desta temporada. Uma evolução clara, GP a GP.
Primeiro, fez o carro ficar rápido. Depois, tornou-o confiável.
Os números, desta vez, não mentem. Em dez etapas até agora, a equipe alemã conseguiu sete poles (as outras três foram da Red Bull) e três vitórias (todas nas cinco últimas corridas). É a bola da vez. Sua curva é ascendente, enquanto as das rivais estão na mesma.
O problema é o tempo perdido no começo do ano. Enquanto a Mercedes patinava, Vettel e a Red Bull venciam e pontuavam. Hoje, o tricampeão lidera o campeonato com 172 pontos. Hamilton é só quarto, com 124.
Continuando no atual ritmo, o inglês pode até entrar na briga no final do ano. Mas será suficiente? Ou é melhor desistir e mergulhar com tudo em 2014? Eis a questão.
O passado recente da turma que trabalha por lá pode ajudar na decisão.
Em 2008, quando a fachada da fábrica de Milton Keynes exibia o logotipo da Honda, a situação estava feia. Com Button e Barrichello, o time foi apenas o antepenúltimo no Mundial, com um carro que o brasileiro classificou de “porcaria”.
No meio daquele ano, com a vaca já atolada no brejo, a direção técnica jogou a toalha, abandonou o desenvolvimento do RA108. Enquanto Ferrari e McLaren se engalfinhavam na disputa por um campeonato que só terminou na última curva, Brawn, Fry e companhia começaram a planejar o ano seguinte.
Deu certo. Deu muito certo. Mesmo sem o apoio da Honda, a equipe brilhou em 2009. Batizada de Brawn e carregando uma revolução técnica _o difusor duplo_, ganhou seis das sete primeiras corridas, sempre com Button. Foi o suficiente para que o inglês e o time fossem campeões.
Em 2010, nova mudança na fachada: saiu o logo da Brawn, entrou a estrela de cinco pontas.
Mas a receita do sucesso continua lá.
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