sexta-feira, 2 de agosto de 2013
ANO DE MUDANÇAS*
* Por Victor Martins
As férias da F1 começam tão quentes quanto o tempo na Europa no noticiário, e os boatos e as consequências que brotam aos montes surgiram – diferentemente do que acontece – de um fato concreto: a reunião do empresário de Alonso com Christian Horner no motorhome da Red Bull em Hungaroring. Seja qual for a opinião de cada um, não há como negar o simbologismo do ato: o de que o espanhol não está nada contente com o trabalho da Ferrari, também expresso em suas incisivas e cutucantes palavras após a corrida.
Alonso tem 32 anos e, contando com este, está num vácuo de sete sem ganhar um título. Quando aposentou Schumacher, ali se via o novo Schumacher, ainda mais indo para uma McLaren forte para enfrentar um novato Hamilton. Pois seu temperamento difícil e forte se chocou com o da cria da casa, e Fernando foi procurar a Renault de volta. Lá, ficou marcado pelo episódio de Cingapura. Aí, em 2010, chegou à Ferrari, onde esperava começar, com cinco temporadas de atraso, a era Schumacher e a ser o novo Schumacher.
Mas Vettel e a Red Bull riscaram estes planos desde então. No braço, Alonso conseguiu se equiparar à falta de equipamento da Ferrari, que nunca conseguiu manter um equilíbrio de desenvolvimento. Por mais que leia livros em que aprenda se conhecer e ter paciência, uma hora o saco enche. Também porque o tempo passa e é implacável. O amor eterno a Maranello já acabou como qualquer casamento d’hoje em dia, e o encontro da última sexta à noite na casa taurina dá, sim, algum indício de que um contrato pode ser quebrado para o ano que vem – histórico não falta. O puxão de orelha dado por Montezemolo não é só pela língua solta.
Do lado da Red Bull já surgem as declarações de que pretendem ter a dupla mais forte possível e de que não há a necessidade de ter alguém da Toro Rosso. Assim, aquela anterior de que a disputa estava provavelmente entre Räikkönen e Ricciardo cai por terra. O australiano passa a ser, na realidade, a última opção da equipe e torce para que seus oponentes simplesmente fiquem onde estão – o que, na prática, é quase impossível.
Da Alemanha e da Itália pintaram os primeiros rumores, que colocam Räikkönen na Ferrari e mudam todo o cenário. O ‘Sport Bild’ fala já que o finlandês “concordou” em voltar, e seria para o lugar de Massa. Já é algo que é muito distante de verossímil. Primeiro que a informação é muito vaga – seria ligeiramente diferente se tivessem cravado o acordo –, segundo, que Kimi sabe como toca a banda naquela casa e que foi nela que perdeu totalmente o gosto pela F1 e, terceiro, Alonso não permitiria. No meio tempo, a Ferrari soltou um comunicado negando tudo, o que é sinal de quem tem algo na parada. Para completar, um segundo fato: Anthony Hamilton esteve em Maranello. Hamilton lá? Dificílimo, neste momento. Mas é só mais mais uma semente.
Antes, o grande passo do mercado era o de Räikkönen. Agora, divide com Alonso em seu movimento friamente calculado. E já que 2014 vai apresentar uma série de mudanças técnicas nos carros, o quadro entre os pilotos começa a apontar a mesma interessante direção.
Adendo 1: à dúvida recorrente, Anthony Hamilton não é empresário de Di Resta há mais de um ano, e o caso foi até parar na justiça.
As férias da F1 começam tão quentes quanto o tempo na Europa no noticiário, e os boatos e as consequências que brotam aos montes surgiram – diferentemente do que acontece – de um fato concreto: a reunião do empresário de Alonso com Christian Horner no motorhome da Red Bull em Hungaroring. Seja qual for a opinião de cada um, não há como negar o simbologismo do ato: o de que o espanhol não está nada contente com o trabalho da Ferrari, também expresso em suas incisivas e cutucantes palavras após a corrida.
Alonso tem 32 anos e, contando com este, está num vácuo de sete sem ganhar um título. Quando aposentou Schumacher, ali se via o novo Schumacher, ainda mais indo para uma McLaren forte para enfrentar um novato Hamilton. Pois seu temperamento difícil e forte se chocou com o da cria da casa, e Fernando foi procurar a Renault de volta. Lá, ficou marcado pelo episódio de Cingapura. Aí, em 2010, chegou à Ferrari, onde esperava começar, com cinco temporadas de atraso, a era Schumacher e a ser o novo Schumacher.
Mas Vettel e a Red Bull riscaram estes planos desde então. No braço, Alonso conseguiu se equiparar à falta de equipamento da Ferrari, que nunca conseguiu manter um equilíbrio de desenvolvimento. Por mais que leia livros em que aprenda se conhecer e ter paciência, uma hora o saco enche. Também porque o tempo passa e é implacável. O amor eterno a Maranello já acabou como qualquer casamento d’hoje em dia, e o encontro da última sexta à noite na casa taurina dá, sim, algum indício de que um contrato pode ser quebrado para o ano que vem – histórico não falta. O puxão de orelha dado por Montezemolo não é só pela língua solta.
Do lado da Red Bull já surgem as declarações de que pretendem ter a dupla mais forte possível e de que não há a necessidade de ter alguém da Toro Rosso. Assim, aquela anterior de que a disputa estava provavelmente entre Räikkönen e Ricciardo cai por terra. O australiano passa a ser, na realidade, a última opção da equipe e torce para que seus oponentes simplesmente fiquem onde estão – o que, na prática, é quase impossível.
Da Alemanha e da Itália pintaram os primeiros rumores, que colocam Räikkönen na Ferrari e mudam todo o cenário. O ‘Sport Bild’ fala já que o finlandês “concordou” em voltar, e seria para o lugar de Massa. Já é algo que é muito distante de verossímil. Primeiro que a informação é muito vaga – seria ligeiramente diferente se tivessem cravado o acordo –, segundo, que Kimi sabe como toca a banda naquela casa e que foi nela que perdeu totalmente o gosto pela F1 e, terceiro, Alonso não permitiria. No meio tempo, a Ferrari soltou um comunicado negando tudo, o que é sinal de quem tem algo na parada. Para completar, um segundo fato: Anthony Hamilton esteve em Maranello. Hamilton lá? Dificílimo, neste momento. Mas é só mais mais uma semente.
Antes, o grande passo do mercado era o de Räikkönen. Agora, divide com Alonso em seu movimento friamente calculado. E já que 2014 vai apresentar uma série de mudanças técnicas nos carros, o quadro entre os pilotos começa a apontar a mesma interessante direção.
Adendo 1: à dúvida recorrente, Anthony Hamilton não é empresário de Di Resta há mais de um ano, e o caso foi até parar na justiça.
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