segunda-feira, 9 de julho de 2012
O destino de Maria*
* Por Luis Fernando Ramos
Uma coisa curiosa que a gente aprende no contato dos pilotos é como eles têm uma visão diferente que os “normais” em relação à consequências de acidentes no automobilismo. De maneira nenhuma é uma frieza, mas até certo ponto é uma resignação de que se machucar - ou mesmo morrer - é um risco aceito como parte da profissão. Quando isso acontece, o importante é entender, aprender e tomar medidas para que consequências parecidas não se repitam em um novo acidente de similar dinâmica.
Mas eu nunca tinha visto esta certa ponta de revolta com que eles falaram hoje aqui em Silverstone. Por conta da bizarrice do acidente de Maria de Villota: uma batida em baixa velocidade, na volta de instalação de um teste em linha reta numa base aérea ter gerado consequências tão graves é algo difícil de aceitar.
Hoje estava conversando com uma jornalista espanhola e o aperto no peito por tudo que está acontecendo ficou ainda maior. “Desde que ela fechou o acordo com a equipe, ela falava de Silverstone. Pela possibilidade de andar no teste de jovens pilotos, seu primeiro teste de verdade. Agora ela está num hospital. Falei com o primo dela, o estado é crítico, ela está sedada mas os sinais vitais estão em ordem, o que é muito bom. Ele me disse que cada minuto que passa é uma vitória”.
Ainda é cedo para entender exatamente o que aconteceu, mas a notícia de perda de um olho e reconstrução da face indica que a viseira foi perfurada pela lâmina do caminhão onde o carro bateu. Como em todo acidente grave, foi uma conjunção muito infeliz de fatores. Assim como nos casos de Felipe Massa (Hungria 2009), Robert Kubica (Rali 2011) e Marco Simoncelli (Malásia 2011), só para citar exemplos mais recentes.
Mas, no acidente desta semana, muitos deles poderiam ser facilmente evitáveis. No fim, o que revolta foi que Maria precisasse sofrer tanto para que vissem isto. Ela não merecia. Ninguém merecia.
Uma coisa curiosa que a gente aprende no contato dos pilotos é como eles têm uma visão diferente que os “normais” em relação à consequências de acidentes no automobilismo. De maneira nenhuma é uma frieza, mas até certo ponto é uma resignação de que se machucar - ou mesmo morrer - é um risco aceito como parte da profissão. Quando isso acontece, o importante é entender, aprender e tomar medidas para que consequências parecidas não se repitam em um novo acidente de similar dinâmica.
Mas eu nunca tinha visto esta certa ponta de revolta com que eles falaram hoje aqui em Silverstone. Por conta da bizarrice do acidente de Maria de Villota: uma batida em baixa velocidade, na volta de instalação de um teste em linha reta numa base aérea ter gerado consequências tão graves é algo difícil de aceitar.
Hoje estava conversando com uma jornalista espanhola e o aperto no peito por tudo que está acontecendo ficou ainda maior. “Desde que ela fechou o acordo com a equipe, ela falava de Silverstone. Pela possibilidade de andar no teste de jovens pilotos, seu primeiro teste de verdade. Agora ela está num hospital. Falei com o primo dela, o estado é crítico, ela está sedada mas os sinais vitais estão em ordem, o que é muito bom. Ele me disse que cada minuto que passa é uma vitória”.
Ainda é cedo para entender exatamente o que aconteceu, mas a notícia de perda de um olho e reconstrução da face indica que a viseira foi perfurada pela lâmina do caminhão onde o carro bateu. Como em todo acidente grave, foi uma conjunção muito infeliz de fatores. Assim como nos casos de Felipe Massa (Hungria 2009), Robert Kubica (Rali 2011) e Marco Simoncelli (Malásia 2011), só para citar exemplos mais recentes.
Mas, no acidente desta semana, muitos deles poderiam ser facilmente evitáveis. No fim, o que revolta foi que Maria precisasse sofrer tanto para que vissem isto. Ela não merecia. Ninguém merecia.
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