segunda-feira, 16 de abril de 2012
Um vencedor e um equilíbrio históricos*
* Por Luis Fernando Ramos
Nico Rosberg demorou 110 corridas para vencer pela primeira vez na Fórmula 1. Mas, para ele, a espera demorou um pouco mais. "As últimas 30 voltas duraram uma eternidade. Incrível, parecia que a corrida tinha seis horas, nunca tive uma sensação assim", falou o piloto.
O alemão deu à equipe Mercedes o primeiro triunfo na categoria desde 1955. Foi também, o terceiro filho de piloto vencedor de corridas a também ganhar na Fórmula 1, depois de Graham/Damon Hill e Gilles/Jacques Villeneuve. Keke Rosberg, o pai, se tornou o único a ver o triunfo do filho, já que os outros dois faleceram antes que seus herdeiros estreassem na F-1. Ele acompanhou a prova pela televisão de sua casa na Alemanha.
Numa corrida com muitas variantes estratégicas, largar na pole position foi fundamental. Mas o triunfo teve ajuda da estratégia da Mercedes. Com apenas duas paradas, contra três dos adversários, Rosberg jogou por terra a ideia de que o carro do time sofre um desgaste excessivo da borracha em ritmo de corrida.
Além de ter sido ajudado por um erro na última parada nos boxes do seu principal adversário na prova, o inglês Jenson Button. Com isso, o piloto da McLaren ficou preso atrás de um grupo de carros liderado por Kimi Raikkonen, que estava mais lento mas defendeu bem suas posição antes que ficasse com os pneus desgastados demais. Assim, Button só assumiu a segunda colocação a seis voltas do final, quando a diferença para Rosberg era grande demais para ser recuperada.
"Faz parte das corridas. As outras paradas foram muita boas e sempre tentamos ser perfeitos. Mas fizemos um erro no último que nos custou a chance de lutar pela vitória. Não quero diminuir Nico, que fez uma grande corrida, mas poderíamos ter alcançado mais".
Restou a Button o consolo de deixar Xangai na vice-liderança do campeonato, com 43 pontos. Dois a menos que seu companheiro de equipe Lewis Hamilton, 3º colocado na corrida. Este celebrou o equilíbrio que aconteceu na prova e também o que existe atualmente na F-1 como um todo.
"Incrível como nessa corrida tudo foi muito equilibrado entre Lotus, Red Bull, Sauber, Ferrari, Mercedes e nós. É um baita campeonato. E isso é divertido, eu gosto".
Hamilton está coberto de razão. Em um momento de decisões políticas equivocadas tomadas pelos dirigentes da categoria, a beleza da disputa esportiva mostra que o esporte ainda encanta. E muito.
Do lado dos brasileiros, a corrida da China começou com um susto para ambos. Uma fritada de pneus na primeira curva por parte de Bruno Senna não impediu que ele tivesse um leve toque com a traseira da Ferrari de Felipe Massa e perdesse um pedaço da asa dianteira:
"São coisas que acontecem em corrida, especialmente quando se chega a 280 km/h na primeira curva no meio de um monte de carros. Uma Lotus cruzou na frente do Felipe e ele teve de frear. Acabei espalhando e infelizmente toquei também no (Pastor) Maldonado. A asa do meu carro danificou um pouco mas fizemos um ajuste na primeira parada e isso melhorou o equilíbrio do carro".
A partir dali, o brasileiro da Williams conseguiu imprimir um bom ritmo e ganhou posições no pelotão intermediário mais compacto que a F-1 já viu. A dez voltas do final da prova, apenas 15 segundos separavam o 2º colocado do 14º. Era um gigantesco trem de carros em que os vagões trocaram posições de forma frenética. Bruno encerrou a prova em sétimo e comemorou a segunda prova consecutiva nos pontos.
"Foi uma grande corrida, em que tive de defender e atacar ao mesmo tempo. Passamos do ponto no segundo jogo de pneus e eu perdi posições ali. Quase estragou minha corrida, foi meio no limite. Mas o carro teve potencial para esse resultado".
Já Felipe Massa terminou em 13º lugar depois de tentar uma estratégia diferente. Mas enquanto Fernando Alonso já operou alguns milagres com o F2012, o brasileiro tem no carro a sua cruz e é o único piloto a não ter pontuado neste ano, com exceção dos que defendem as três equipes pequenas da categoria. E as perspectivas para o domingo que vem, no Bahrein, não são de mudanças não. "Teremos o mesmo carro daqui, mas para Barcelona esperamos melhorar e ter um carro mais competitivo".
Nico Rosberg demorou 110 corridas para vencer pela primeira vez na Fórmula 1. Mas, para ele, a espera demorou um pouco mais. "As últimas 30 voltas duraram uma eternidade. Incrível, parecia que a corrida tinha seis horas, nunca tive uma sensação assim", falou o piloto.
O alemão deu à equipe Mercedes o primeiro triunfo na categoria desde 1955. Foi também, o terceiro filho de piloto vencedor de corridas a também ganhar na Fórmula 1, depois de Graham/Damon Hill e Gilles/Jacques Villeneuve. Keke Rosberg, o pai, se tornou o único a ver o triunfo do filho, já que os outros dois faleceram antes que seus herdeiros estreassem na F-1. Ele acompanhou a prova pela televisão de sua casa na Alemanha.
Numa corrida com muitas variantes estratégicas, largar na pole position foi fundamental. Mas o triunfo teve ajuda da estratégia da Mercedes. Com apenas duas paradas, contra três dos adversários, Rosberg jogou por terra a ideia de que o carro do time sofre um desgaste excessivo da borracha em ritmo de corrida.
Além de ter sido ajudado por um erro na última parada nos boxes do seu principal adversário na prova, o inglês Jenson Button. Com isso, o piloto da McLaren ficou preso atrás de um grupo de carros liderado por Kimi Raikkonen, que estava mais lento mas defendeu bem suas posição antes que ficasse com os pneus desgastados demais. Assim, Button só assumiu a segunda colocação a seis voltas do final, quando a diferença para Rosberg era grande demais para ser recuperada.
"Faz parte das corridas. As outras paradas foram muita boas e sempre tentamos ser perfeitos. Mas fizemos um erro no último que nos custou a chance de lutar pela vitória. Não quero diminuir Nico, que fez uma grande corrida, mas poderíamos ter alcançado mais".
Restou a Button o consolo de deixar Xangai na vice-liderança do campeonato, com 43 pontos. Dois a menos que seu companheiro de equipe Lewis Hamilton, 3º colocado na corrida. Este celebrou o equilíbrio que aconteceu na prova e também o que existe atualmente na F-1 como um todo.
"Incrível como nessa corrida tudo foi muito equilibrado entre Lotus, Red Bull, Sauber, Ferrari, Mercedes e nós. É um baita campeonato. E isso é divertido, eu gosto".
Hamilton está coberto de razão. Em um momento de decisões políticas equivocadas tomadas pelos dirigentes da categoria, a beleza da disputa esportiva mostra que o esporte ainda encanta. E muito.
Do lado dos brasileiros, a corrida da China começou com um susto para ambos. Uma fritada de pneus na primeira curva por parte de Bruno Senna não impediu que ele tivesse um leve toque com a traseira da Ferrari de Felipe Massa e perdesse um pedaço da asa dianteira:
"São coisas que acontecem em corrida, especialmente quando se chega a 280 km/h na primeira curva no meio de um monte de carros. Uma Lotus cruzou na frente do Felipe e ele teve de frear. Acabei espalhando e infelizmente toquei também no (Pastor) Maldonado. A asa do meu carro danificou um pouco mas fizemos um ajuste na primeira parada e isso melhorou o equilíbrio do carro".
A partir dali, o brasileiro da Williams conseguiu imprimir um bom ritmo e ganhou posições no pelotão intermediário mais compacto que a F-1 já viu. A dez voltas do final da prova, apenas 15 segundos separavam o 2º colocado do 14º. Era um gigantesco trem de carros em que os vagões trocaram posições de forma frenética. Bruno encerrou a prova em sétimo e comemorou a segunda prova consecutiva nos pontos.
"Foi uma grande corrida, em que tive de defender e atacar ao mesmo tempo. Passamos do ponto no segundo jogo de pneus e eu perdi posições ali. Quase estragou minha corrida, foi meio no limite. Mas o carro teve potencial para esse resultado".
Já Felipe Massa terminou em 13º lugar depois de tentar uma estratégia diferente. Mas enquanto Fernando Alonso já operou alguns milagres com o F2012, o brasileiro tem no carro a sua cruz e é o único piloto a não ter pontuado neste ano, com exceção dos que defendem as três equipes pequenas da categoria. E as perspectivas para o domingo que vem, no Bahrein, não são de mudanças não. "Teremos o mesmo carro daqui, mas para Barcelona esperamos melhorar e ter um carro mais competitivo".
Marcadores:
Formula 1,
GGOO,
gp china,
temporada 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário