terça-feira, 17 de abril de 2012
McLaren, Red Bull e, agora, Mercedes na luta pelo título*
* Por Lívio Oricchio
A impossibilidade de poder lutar pela vitória com Nico Rosberg, ontem no circuito de Xangai, diante da impressionante superioridade demonstrada pela Mercedes, passou um recado a Jenson Button, segundo colocado, Lewis Hamilton, terceiro, ambos da McLaren, e demais candidatos ao título, como os pilotos da Red Bull, Mark Webber, quarto no GP da China, e Sebastian Vettel, quinto: ‘Considerem-me com muita atenção, bem como a meu companheiro, Michael Schumacher’.
O próprio Rosberg comentou depois de extravasar no rádio sua alegria pela primeira vitória na carreira, no seu 111.º GP: “Estou surpreso. Sabíamos que poderíamos ser muito velozes na classificação, como foi o caso (largou na pole position), mas ao longo da corrida poder manter um ritmo tão forte não esperava”. O alemão largou em primeiro e impôs uma vantagem que deixou Button e Hamilton, que pensavam possuir o melhor carro da temporada, em alerta: 20 segundos e 626 milésimos.
“É uma sensação maravilhosa vencer na Fórmula 1”, disse Rosberg. Seu pai, Keke, ganhou cinco GPs e conquistou o Mundial de 1982, pela Williams. Além dos Rosberg, dois outros pai e filho também venceram na Fórmula 1, Graham e Damon Hill e Gilles e Jacques Villeneuve. Nico Rosberg explicou a razão de estar surpreso: “Nossos pneus apresentavam elevada degradação em corrida (na Malásia largou em 8.º e chegou em 13.º, principalmente por esse motivo). Mas aqui conseguimos um acerto que modificou o comportamento do carro”. E concluiu com informação fundamental: “As condições aqui nos ajudaram muito”. Rosberg referia-se à temperatura baixa do asfalto, 24 na largada e 22 na chegada, o que colaborou de forma decisiva para o menor desgaste dos pneus.
Na sexta-feira, Schumacher declarou ao Estado que faltava apenas acertar algumas questões para ele e Rosberg lutarem pelas vitórias. Ontem, ao que parece, a Mercedes fez tudo funcionar com o seu veloz modelo F1 W03. Só não foi perfeita com o próprio Schumacher. O heptacampeão abandonou, o único piloto a não concluir a prova, na 13.ª volta de um total de 56, por causa de um erro da equipe no pit stop. O liberaram de volta à pista sem a porca da roda dianteira direita estar apertada. Schumacher era o segundo colocado. “Lamento por esses rapazes que trabalham tanto e sempre dão o máximo de si” comentou o alemão.
O histórico da Mercedes nesse início de campeonato se assemelha ao experimentado pela Benetton, de Schumacher, em 1995. Ross Brawn, diretor técnico da Mercedes, hoje, e da Benetton, naquela época, explicou: “Passamos a adotar outra filosofia no ajuste das suspensões, em especial dos amortecedores, e o carro mostrou-se bem mais veloz e constante”. Em 1995, Damon Hill, da Williams, havia vencido as duas etapas anteriores, Argentina e San Marino. “A partir da corrida seguinte, Espanha, adotamos nova forma de ajuste e o ano mudou completamente para nós”, disse Brawn. Schumacher foi primeiro, depois, em oito provas.
A razão de a Mercedes passar a preservar tantos os pneus, a ponto de Rosberg se dar o luxo de realizar dois pit stops diante de três de Button e Hamilton, foi dada por Brawn e ratificada por Rosberg: “O que mudou foi a nossa compreensão de como o carro trabalha e o acerto que fizemos para sermos rápido na classificação sem comprometer demais seu comportamento na corrida. E funcionou.”
O pouco simpático diretor da Mercedes, Norbert Haug, até sorriu ontem, em seguida ao banho de champanhe que Rosberg lhe deu no pódio. Não era para menos. “Button e Hamilton também correm com motor Mercedes. Portanto, três Mercedes no pódio”, lembrou. Desde a volta da montadora alemã à Fórmula 1, em 2010, a de o ontem foi a primeira vitória. Antes disso, havia disputado e vencido os campeonatos de 1954 e 1955 com Juan Manuel Fangio. E a última vitória marcou a despedida da Mercedes da Fórmula 1, na etapa de encerramento do Mundial de 1955, em Monza, com Fangio.
O GP da China foi a prova mais emocionante do campeonato até agora. Se Rosberg não teve adversários, a disputa pelas demais colocações se estendeu da largada à bandeira. E o público ajudou o evento ser espetacular: o maior da história da corrida, inserida no calendário em 2004, com 185 mil espectadores nos três dias de competição. A quarta etapa será, a princípio, no próximo fim de semana, o GP de Bahrein. Mas espera-se exaltada reação dos manifestantes barenitas por considerarem a realização da prova uma vitória dos governantes, com quem se defrontam desde o ano passado.
A impossibilidade de poder lutar pela vitória com Nico Rosberg, ontem no circuito de Xangai, diante da impressionante superioridade demonstrada pela Mercedes, passou um recado a Jenson Button, segundo colocado, Lewis Hamilton, terceiro, ambos da McLaren, e demais candidatos ao título, como os pilotos da Red Bull, Mark Webber, quarto no GP da China, e Sebastian Vettel, quinto: ‘Considerem-me com muita atenção, bem como a meu companheiro, Michael Schumacher’.
O próprio Rosberg comentou depois de extravasar no rádio sua alegria pela primeira vitória na carreira, no seu 111.º GP: “Estou surpreso. Sabíamos que poderíamos ser muito velozes na classificação, como foi o caso (largou na pole position), mas ao longo da corrida poder manter um ritmo tão forte não esperava”. O alemão largou em primeiro e impôs uma vantagem que deixou Button e Hamilton, que pensavam possuir o melhor carro da temporada, em alerta: 20 segundos e 626 milésimos.
“É uma sensação maravilhosa vencer na Fórmula 1”, disse Rosberg. Seu pai, Keke, ganhou cinco GPs e conquistou o Mundial de 1982, pela Williams. Além dos Rosberg, dois outros pai e filho também venceram na Fórmula 1, Graham e Damon Hill e Gilles e Jacques Villeneuve. Nico Rosberg explicou a razão de estar surpreso: “Nossos pneus apresentavam elevada degradação em corrida (na Malásia largou em 8.º e chegou em 13.º, principalmente por esse motivo). Mas aqui conseguimos um acerto que modificou o comportamento do carro”. E concluiu com informação fundamental: “As condições aqui nos ajudaram muito”. Rosberg referia-se à temperatura baixa do asfalto, 24 na largada e 22 na chegada, o que colaborou de forma decisiva para o menor desgaste dos pneus.
Na sexta-feira, Schumacher declarou ao Estado que faltava apenas acertar algumas questões para ele e Rosberg lutarem pelas vitórias. Ontem, ao que parece, a Mercedes fez tudo funcionar com o seu veloz modelo F1 W03. Só não foi perfeita com o próprio Schumacher. O heptacampeão abandonou, o único piloto a não concluir a prova, na 13.ª volta de um total de 56, por causa de um erro da equipe no pit stop. O liberaram de volta à pista sem a porca da roda dianteira direita estar apertada. Schumacher era o segundo colocado. “Lamento por esses rapazes que trabalham tanto e sempre dão o máximo de si” comentou o alemão.
O histórico da Mercedes nesse início de campeonato se assemelha ao experimentado pela Benetton, de Schumacher, em 1995. Ross Brawn, diretor técnico da Mercedes, hoje, e da Benetton, naquela época, explicou: “Passamos a adotar outra filosofia no ajuste das suspensões, em especial dos amortecedores, e o carro mostrou-se bem mais veloz e constante”. Em 1995, Damon Hill, da Williams, havia vencido as duas etapas anteriores, Argentina e San Marino. “A partir da corrida seguinte, Espanha, adotamos nova forma de ajuste e o ano mudou completamente para nós”, disse Brawn. Schumacher foi primeiro, depois, em oito provas.
A razão de a Mercedes passar a preservar tantos os pneus, a ponto de Rosberg se dar o luxo de realizar dois pit stops diante de três de Button e Hamilton, foi dada por Brawn e ratificada por Rosberg: “O que mudou foi a nossa compreensão de como o carro trabalha e o acerto que fizemos para sermos rápido na classificação sem comprometer demais seu comportamento na corrida. E funcionou.”
O pouco simpático diretor da Mercedes, Norbert Haug, até sorriu ontem, em seguida ao banho de champanhe que Rosberg lhe deu no pódio. Não era para menos. “Button e Hamilton também correm com motor Mercedes. Portanto, três Mercedes no pódio”, lembrou. Desde a volta da montadora alemã à Fórmula 1, em 2010, a de o ontem foi a primeira vitória. Antes disso, havia disputado e vencido os campeonatos de 1954 e 1955 com Juan Manuel Fangio. E a última vitória marcou a despedida da Mercedes da Fórmula 1, na etapa de encerramento do Mundial de 1955, em Monza, com Fangio.
O GP da China foi a prova mais emocionante do campeonato até agora. Se Rosberg não teve adversários, a disputa pelas demais colocações se estendeu da largada à bandeira. E o público ajudou o evento ser espetacular: o maior da história da corrida, inserida no calendário em 2004, com 185 mil espectadores nos três dias de competição. A quarta etapa será, a princípio, no próximo fim de semana, o GP de Bahrein. Mas espera-se exaltada reação dos manifestantes barenitas por considerarem a realização da prova uma vitória dos governantes, com quem se defrontam desde o ano passado.
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