sexta-feira, 1 de março de 2013
Entendendo a situação de Razia*
* Por Luis Fernando Ramos
As equipes da Fórmula 1 iniciaram hoje em Barcelona a última bateria de testes da pré-temporada. Presente no circuito, o brasileiro Luiz Razia vive dias de apreensão. Sua participação nas sessões, e na própria temporada, não está assegurada por um impasse envolvendo o pagamento de um de seus patrocinadores. Os próximos dias serão decisivos para o desfecho da situação.
A situação é complicada. Questões burocráticas atrasaram o pagamento do sinal de entrada que havia sido acordado no contrato do piloto. Sua entourage garante que é uma questão operacional que necessita apenas um pouco mais de tempo para ser finalizada.
Parte da equipe, incluindo o chefe da parte esportiva John Booth, era favorável a que Razia testasse mesmo assim, confiante numa solução posterior. Mas gente das áreas administrativa e financeira permaneceram irredutíveis e sua participação nos testes desta semana pode não acontecer. A declaração do diretor-executivo Graeme Lowdon num fórum com torcedores ontem em Barcelona ilustra a situação atual da equipe:
“A situação econômica atual não pode ser ignorada. Temos responsabilidades não apenas com os pilotos, mas com um grande número de funcionários”, afirmou. Vale lembrar que o time abriu mão de contar com o alemão Timo Glock justamente por necessitar cortar gastos - e o salário do piloto era um dos maiores dentro do time.
Problemas ocorridos com pagamentos não-honrados são mais frequentes na Fórmula 1 do que se pensa. As grandes somas envolvidas geram complicações no momento da transferência. Também existem patrocinadores que não cumprem a palavra. No meio da temporada do ano passado, Vitaly Petrov balançou na Caterham por falta de pagamento. Sua empresária fez malabarismos para conseguir cumprir o que havia sido acordado e o episódio certamente pesou na decisão do time em não permanecer com o russo neste ano.
No caso da Marussia, um episódio do passado a levou a adotar esta postura mais dura com Razia. Em 2010, a Unilever, que patrocinava Lucas di Grassi com a marca Clear, não cumpriu o que havia sido acordado inicialmente e o logotipo do produto sumiu do carro na metade da temporada. O brasileiro só terminou o ano depois de arrumar o apoio de outras empresas para as etapas finais.
Razia busca apresentar garantias do pagamento nesta semana para resolver o impasse. Mas sua situação pode se complicar ainda mais com a chegada de um concorrente. Preterido pela Force Índia - que oficialmente ainda não confirmou a contratação de Adrian Sutil -, o francês Jules Bianchi pode conseguir sua chance de entrar na F-1 na vaga do brasileiro. Resta saber se ele vai atrás desta opção ou preferirá permanecer como piloto de testes da Force Índia. Ninguém sabe os detalhes do contrato do brasileiro, mas o não-pagamento deste sinal deve abrir uma brecha para a equipe negociar a vaga com outros pilotos se ela quiser.
As equipes da Fórmula 1 iniciaram hoje em Barcelona a última bateria de testes da pré-temporada. Presente no circuito, o brasileiro Luiz Razia vive dias de apreensão. Sua participação nas sessões, e na própria temporada, não está assegurada por um impasse envolvendo o pagamento de um de seus patrocinadores. Os próximos dias serão decisivos para o desfecho da situação.
A situação é complicada. Questões burocráticas atrasaram o pagamento do sinal de entrada que havia sido acordado no contrato do piloto. Sua entourage garante que é uma questão operacional que necessita apenas um pouco mais de tempo para ser finalizada.
Parte da equipe, incluindo o chefe da parte esportiva John Booth, era favorável a que Razia testasse mesmo assim, confiante numa solução posterior. Mas gente das áreas administrativa e financeira permaneceram irredutíveis e sua participação nos testes desta semana pode não acontecer. A declaração do diretor-executivo Graeme Lowdon num fórum com torcedores ontem em Barcelona ilustra a situação atual da equipe:
“A situação econômica atual não pode ser ignorada. Temos responsabilidades não apenas com os pilotos, mas com um grande número de funcionários”, afirmou. Vale lembrar que o time abriu mão de contar com o alemão Timo Glock justamente por necessitar cortar gastos - e o salário do piloto era um dos maiores dentro do time.
Problemas ocorridos com pagamentos não-honrados são mais frequentes na Fórmula 1 do que se pensa. As grandes somas envolvidas geram complicações no momento da transferência. Também existem patrocinadores que não cumprem a palavra. No meio da temporada do ano passado, Vitaly Petrov balançou na Caterham por falta de pagamento. Sua empresária fez malabarismos para conseguir cumprir o que havia sido acordado e o episódio certamente pesou na decisão do time em não permanecer com o russo neste ano.
No caso da Marussia, um episódio do passado a levou a adotar esta postura mais dura com Razia. Em 2010, a Unilever, que patrocinava Lucas di Grassi com a marca Clear, não cumpriu o que havia sido acordado inicialmente e o logotipo do produto sumiu do carro na metade da temporada. O brasileiro só terminou o ano depois de arrumar o apoio de outras empresas para as etapas finais.
Razia busca apresentar garantias do pagamento nesta semana para resolver o impasse. Mas sua situação pode se complicar ainda mais com a chegada de um concorrente. Preterido pela Force Índia - que oficialmente ainda não confirmou a contratação de Adrian Sutil -, o francês Jules Bianchi pode conseguir sua chance de entrar na F-1 na vaga do brasileiro. Resta saber se ele vai atrás desta opção ou preferirá permanecer como piloto de testes da Force Índia. Ninguém sabe os detalhes do contrato do brasileiro, mas o não-pagamento deste sinal deve abrir uma brecha para a equipe negociar a vaga com outros pilotos se ela quiser.
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