quarta-feira, 20 de março de 2013
Acerto que privilegie classificação e corrida, o segredo este ano*
* Por Lívio Oricchio
Os treinos livres, a classificação e a corrida de Melbourne começaram a expor várias verdades da Fórmula 1, na 64.ª temporada da sua história, embora não de forma definitiva. Por exemplo: encontrar o acerto do carro capaz de desfrutar o melhor dos novos pneus Pirelli é o principal desafio que está em jogo nessa fase inicial do campeonato. E esses acertos são bastante específicos e decisivos.
A Red Bull estabeleceu com Sebastian Vettel, ontem de manhã, a pole position do GP da Austrália com tanta facilidade que, junto da ótima impressão deixada já nos treinos livres de sexta-feira, fez muita gente acreditar que dominaria a corrida, programada para apenas cinco horas depois da definição do grid. A classificação foi disputada domingo de manhã por causa da chuva intensa no sábado.
Mas o que assistimos na prova foi Vettel recorrer a todo seu talento para acabar na terceira colocação, distante do vencedor, o ótimo Kimi Raikkonen, do equilibrado modelo E21-Renault da Lotus. Vale lembrar que Vettel e todos os demais foram para a largada com o mesmo acerto usado na classificação, pois o regulamento não permite mudanças. Depois da definição do grid os monopostos ficam em regime de parque fechado. Não é possível alterar as regulagens.
Com a Lotus ocorreu o contrário da Red Bull. Raikkonen não tinha um carro muito acertado para a definição do grid, haja vista que foi sétimo, 1 segundo e 331 milésimos atrás de Vettel, uma eternidade para os padrões da Fórmula 1. Mas o mesmo acerto da classificação foi um dos maiores responsáveis por vencer com uma vantagem de 22 segundos e 346 milésimos para Vettel.
Por quê? Principalmente por causa da forma regular e constante como explorou as potencialidades dos novos pneus Pirelli, a ponto de fazer uma parada a menos dos concorrentes e a melhor volta a duas da bandeirada, quando quase todos tinham os pneus já bem desgastados, menos os seus, o que chamou a atenção da Fórmula 1.
Essa realidade técnica da Fórmula 1 atual sugere que já no próximo fim de semana poderemos ter panorama distinto, senão oposto do evidenciado no circuito Albert Park. Parece que vai demorar um pouco para ser possível estabelecer algum tipo de lógica entre o que assistimos num GP e o que podemos projetar para a etapa seguinte. Mais: entre uma classificação e a corrida já no dia seguinte.
Enquanto na Austrália os pilotos receberam os pneus médios e os supermacios, no GP da Malásia, sempre sob temperaturas muito elevadas, a Pirelli levará os mesmos médios e agora os duros.
Já ficou claro para os pilotos e os engenheiros que o que lhes está sendo cobrado é descobrir um acerto que faça seu carro ser medianamente eficiente na classificação e na corrida. Um acerto que privilegie demais a definição do grid não funciona, como a Red Bull demonstrou. Já uma má classificação como o da Lotus, ainda que inconveniente, traz menos prejuízos.
Mas se a pista for daquelas onde é muito difícil ultrapassar, a exemplo do Circuito da Catalunha, em Barcelona, Mônaco, Nurburgring, e Budapeste, dentre outros, o mau desempenho na tomada de tempos não deverá permitir ascender na corrida como Raikkonen ontem, que pulou de sétimo para primeiro. Mas já não era assim na Fórmula 1? Sim, desde que impuseram o regime de parque fechado. Ocorre que agora, diante das características dos novos pneus Pirelli, esse desafio ganhou dimensão ainda maior. Ficou comprovado com números em Melbourne.
Na classificação, em Melbourne, Red Bull, Ferrari e Mercedes foram as mais rápidas. A Lotus ficou distante. Na corrida, repito: apenas 5 horas depois do fim da definição do grid, não é exagero dizer que a Lotus quase passeou na pista. Raikkonen tinha reserva de performance enquanto Alonso, Vettel, Massa, Hamilton, Webber, classificados na sequência, lutavam para perder pouco ritmo.
Será interessante acompanhar a resposta que cada grupo de engenheiros vai desenvolver para afrontar esse exercício que, pelo comprovado no GP da Austrália, será o que vai definir o vencedor da etapa no bem mais exigente circuito de Sepang, na Malásia.
Os treinos livres, a classificação e a corrida de Melbourne começaram a expor várias verdades da Fórmula 1, na 64.ª temporada da sua história, embora não de forma definitiva. Por exemplo: encontrar o acerto do carro capaz de desfrutar o melhor dos novos pneus Pirelli é o principal desafio que está em jogo nessa fase inicial do campeonato. E esses acertos são bastante específicos e decisivos.
A Red Bull estabeleceu com Sebastian Vettel, ontem de manhã, a pole position do GP da Austrália com tanta facilidade que, junto da ótima impressão deixada já nos treinos livres de sexta-feira, fez muita gente acreditar que dominaria a corrida, programada para apenas cinco horas depois da definição do grid. A classificação foi disputada domingo de manhã por causa da chuva intensa no sábado.
Mas o que assistimos na prova foi Vettel recorrer a todo seu talento para acabar na terceira colocação, distante do vencedor, o ótimo Kimi Raikkonen, do equilibrado modelo E21-Renault da Lotus. Vale lembrar que Vettel e todos os demais foram para a largada com o mesmo acerto usado na classificação, pois o regulamento não permite mudanças. Depois da definição do grid os monopostos ficam em regime de parque fechado. Não é possível alterar as regulagens.
Com a Lotus ocorreu o contrário da Red Bull. Raikkonen não tinha um carro muito acertado para a definição do grid, haja vista que foi sétimo, 1 segundo e 331 milésimos atrás de Vettel, uma eternidade para os padrões da Fórmula 1. Mas o mesmo acerto da classificação foi um dos maiores responsáveis por vencer com uma vantagem de 22 segundos e 346 milésimos para Vettel.
Por quê? Principalmente por causa da forma regular e constante como explorou as potencialidades dos novos pneus Pirelli, a ponto de fazer uma parada a menos dos concorrentes e a melhor volta a duas da bandeirada, quando quase todos tinham os pneus já bem desgastados, menos os seus, o que chamou a atenção da Fórmula 1.
Essa realidade técnica da Fórmula 1 atual sugere que já no próximo fim de semana poderemos ter panorama distinto, senão oposto do evidenciado no circuito Albert Park. Parece que vai demorar um pouco para ser possível estabelecer algum tipo de lógica entre o que assistimos num GP e o que podemos projetar para a etapa seguinte. Mais: entre uma classificação e a corrida já no dia seguinte.
Enquanto na Austrália os pilotos receberam os pneus médios e os supermacios, no GP da Malásia, sempre sob temperaturas muito elevadas, a Pirelli levará os mesmos médios e agora os duros.
Já ficou claro para os pilotos e os engenheiros que o que lhes está sendo cobrado é descobrir um acerto que faça seu carro ser medianamente eficiente na classificação e na corrida. Um acerto que privilegie demais a definição do grid não funciona, como a Red Bull demonstrou. Já uma má classificação como o da Lotus, ainda que inconveniente, traz menos prejuízos.
Mas se a pista for daquelas onde é muito difícil ultrapassar, a exemplo do Circuito da Catalunha, em Barcelona, Mônaco, Nurburgring, e Budapeste, dentre outros, o mau desempenho na tomada de tempos não deverá permitir ascender na corrida como Raikkonen ontem, que pulou de sétimo para primeiro. Mas já não era assim na Fórmula 1? Sim, desde que impuseram o regime de parque fechado. Ocorre que agora, diante das características dos novos pneus Pirelli, esse desafio ganhou dimensão ainda maior. Ficou comprovado com números em Melbourne.
Na classificação, em Melbourne, Red Bull, Ferrari e Mercedes foram as mais rápidas. A Lotus ficou distante. Na corrida, repito: apenas 5 horas depois do fim da definição do grid, não é exagero dizer que a Lotus quase passeou na pista. Raikkonen tinha reserva de performance enquanto Alonso, Vettel, Massa, Hamilton, Webber, classificados na sequência, lutavam para perder pouco ritmo.
Será interessante acompanhar a resposta que cada grupo de engenheiros vai desenvolver para afrontar esse exercício que, pelo comprovado no GP da Austrália, será o que vai definir o vencedor da etapa no bem mais exigente circuito de Sepang, na Malásia.
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