quinta-feira, 7 de março de 2013
A F-1 precisa se reaproximar do público*
* Por Luis Fernando Ramos
Para uma categoria que fez no ano passado um dos melhores campeonatos de sua história, com uma decisão de título de infartar, é sintomático que a Fórmula 1 esteja no meio de uma crise. Uma equipe fechou, as que ficaram relatam grandes dificuldades em conseguir atrair patrocinadores - uma solução paliativa tem sido a contratação de pilotos que trazem consigo grandes orçamentos, algo que não é uma novidade na história da categoria.
Pior: Bernie Ecclestone, que vive vendendo a ideia de que tem quase uma dezena de países loucos para fazer seu grande prêmio, não conseguiu achar alguém que pagasse a organização de uma 20ª etapa que estava no calendário inicial - a temporada terá 19 corridas.
Neste cenário, o chefe da McLaren Martin Whitmarsh deu uma interessante entrevista ao site da revista “Autosport”, sublinhando que a época de excessos da Fórmula 1 acabou. Nada de eventos extravagantes para o lançamento de novos carros ou de motorhomes que parecem naves espaciais - a ideia é gastar menos e com mais eficiência.
Por mais que seja bem-intencionado, assusta o fato do pensamento de um sujeito inteligente como Whitmarsh se concentrar apenas na questão da crise econômica e jamais passar pelo público. Pois o que a F-1 mais fez na sua “era da gastança” foi se distanciar do torcedor, isolando completamente o paddock, reservando acesso aos boxes apenas aos endinheirados frequentadores das arquibancadas VIP, criando uma geração de pilotos treinada a dizer o que os patrocinadores querem ouvir, mas não o que pensam de verdade.
Reconhecer e mudar isto é o único caminho para a categoria resolver seus problemas. A qualidade das corridas existe, mas faltam personagens de apelo. Falta também presença na Internet, um erro absurdo de Bernie Ecclestone. A geração que vê a vida através das telas de seus tablets e smartphones mal sabe que a F-1 existe. Ao contrário, o velho dirigente empurra a categoria cada vez mais para as transmissões em canais por assinatura. E isto é condená-la a um público velho, abandonado e que não será renovado. Qual patrocinador mira uma faixa como esta? Seria o fim.
Para uma categoria que fez no ano passado um dos melhores campeonatos de sua história, com uma decisão de título de infartar, é sintomático que a Fórmula 1 esteja no meio de uma crise. Uma equipe fechou, as que ficaram relatam grandes dificuldades em conseguir atrair patrocinadores - uma solução paliativa tem sido a contratação de pilotos que trazem consigo grandes orçamentos, algo que não é uma novidade na história da categoria.
Pior: Bernie Ecclestone, que vive vendendo a ideia de que tem quase uma dezena de países loucos para fazer seu grande prêmio, não conseguiu achar alguém que pagasse a organização de uma 20ª etapa que estava no calendário inicial - a temporada terá 19 corridas.
Neste cenário, o chefe da McLaren Martin Whitmarsh deu uma interessante entrevista ao site da revista “Autosport”, sublinhando que a época de excessos da Fórmula 1 acabou. Nada de eventos extravagantes para o lançamento de novos carros ou de motorhomes que parecem naves espaciais - a ideia é gastar menos e com mais eficiência.
Por mais que seja bem-intencionado, assusta o fato do pensamento de um sujeito inteligente como Whitmarsh se concentrar apenas na questão da crise econômica e jamais passar pelo público. Pois o que a F-1 mais fez na sua “era da gastança” foi se distanciar do torcedor, isolando completamente o paddock, reservando acesso aos boxes apenas aos endinheirados frequentadores das arquibancadas VIP, criando uma geração de pilotos treinada a dizer o que os patrocinadores querem ouvir, mas não o que pensam de verdade.
Reconhecer e mudar isto é o único caminho para a categoria resolver seus problemas. A qualidade das corridas existe, mas faltam personagens de apelo. Falta também presença na Internet, um erro absurdo de Bernie Ecclestone. A geração que vê a vida através das telas de seus tablets e smartphones mal sabe que a F-1 existe. Ao contrário, o velho dirigente empurra a categoria cada vez mais para as transmissões em canais por assinatura. E isto é condená-la a um público velho, abandonado e que não será renovado. Qual patrocinador mira uma faixa como esta? Seria o fim.
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