sexta-feira, 22 de julho de 2011
Como estragar algo que vinha dando certo*
* Por Fábio Seixas - Folha de São Paulo, 22/07/2011
FATO RARO num país em que filiação partidária vale mais que competência, uma instalação esportiva pública era gerida por gente técnica, especialista, abnegada.
Chico Rosa e Roberto Seixas (nenhum parentesco) formaram, por quatro anos, uma dupla afinada no comando do autódromo de Interlagos. O primeiro, um dos maiores experts em automobilismo do país, o homem que um dia levou Emerson à Europa. O segundo, engenheiro que aprendeu a entender as necessidades do autódromo, que acatava sugestões e, principalmente, as realizava.
Enquanto comandaram Interlagos, as críticas recorrentes ao circuito cessaram.
O problema crônico de ondulações foi sanado. Arquibancadas de alvenaria foram erguidas. Categorias nacionais puderam correr numa pista em constante manutenção. Com isso, os custos de obras só para a F-1 caíram.
Não se conheciam, eram de mundos diferentes, mas foram colocados para trabalhar juntos e... deu certo. Até que, há um ano, Gilberto Kassab resolveu mexer no time que estava ganhando.
Engenheiro com passagem pela Minardi, Octavio Guazzelli foi indicado pelo deputado federal Eduardo Campos (DEM) e assumiu o lugar de Seixas, deslocado para cargo interno da SPTuris. Nada contra o novo titular. Mas a máquina que funcionava foi desmontada por capricho político. Chico também foi remanejado. E começaram os problemas.
O último, no final de semana. A absurda obra na chicane da Curva do Café. Quem viu conta que o responsável nunca deve ter pisado num autódromo. A zebra estava invertida! E bastava olhar para o lado para ver como fazer.
Chico foi chamado para apagar o incêndio. Que fique. E que o prefeito devolva Seixas ao seu posto. O deputado pode ficar triste, mas o automobilismo agradece.
FATO RARO num país em que filiação partidária vale mais que competência, uma instalação esportiva pública era gerida por gente técnica, especialista, abnegada.
Chico Rosa e Roberto Seixas (nenhum parentesco) formaram, por quatro anos, uma dupla afinada no comando do autódromo de Interlagos. O primeiro, um dos maiores experts em automobilismo do país, o homem que um dia levou Emerson à Europa. O segundo, engenheiro que aprendeu a entender as necessidades do autódromo, que acatava sugestões e, principalmente, as realizava.
Enquanto comandaram Interlagos, as críticas recorrentes ao circuito cessaram.
O problema crônico de ondulações foi sanado. Arquibancadas de alvenaria foram erguidas. Categorias nacionais puderam correr numa pista em constante manutenção. Com isso, os custos de obras só para a F-1 caíram.
Não se conheciam, eram de mundos diferentes, mas foram colocados para trabalhar juntos e... deu certo. Até que, há um ano, Gilberto Kassab resolveu mexer no time que estava ganhando.
Engenheiro com passagem pela Minardi, Octavio Guazzelli foi indicado pelo deputado federal Eduardo Campos (DEM) e assumiu o lugar de Seixas, deslocado para cargo interno da SPTuris. Nada contra o novo titular. Mas a máquina que funcionava foi desmontada por capricho político. Chico também foi remanejado. E começaram os problemas.
O último, no final de semana. A absurda obra na chicane da Curva do Café. Quem viu conta que o responsável nunca deve ter pisado num autódromo. A zebra estava invertida! E bastava olhar para o lado para ver como fazer.
Chico foi chamado para apagar o incêndio. Que fique. E que o prefeito devolva Seixas ao seu posto. O deputado pode ficar triste, mas o automobilismo agradece.
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2 comentários:
favores políticos, rabo preso...
e a conta fica para o contribuinte, sempre!!!
Entre tantas outras cagadas e politicagem dos cartolas, mais uma prova de incompetência.
Enquanto isso, naquele tradicional circuito...
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